Por Francisco José dos Santos Braga
DD. Sr. José Cláudio Henriques, presidente do IHG são-joanense,
DD. Dr. Hugo Henrique Aparecido de Castro, presidente do IHG de Pompéu, em cujo nome saúdo a ilustre comitiva que nos honra nesta data com sua nobre presença,
DD. Dr. Hugo Henrique Aparecido de Castro, presidente do IHG de Pompéu, em cujo nome saúdo a ilustre comitiva que nos honra nesta data com sua nobre presença,
DDª. Sra. Ruth do Nascimento Viegas, presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural,
DD. João Bosco de Castro Teixeira, presidente da Academia de Letras de São João del-Rei,
Prezados Confrades,
DD. João Bosco de Castro Teixeira, presidente da Academia de Letras de São João del-Rei,
Prezados Confrades,
No
dia 12 de abril p.p., o presidente José Cláudio Henriques encarregou-me, na
condição de Secretário de Relações Institucionais, de fazer a Dr. Hugo a saudação
nesta sua visita de cortesia à nossa Casa de Cultura e de apresentar-lhe o IHG
são-joanense. Respondi-lhe que me sentia lisonjeado por oportunizar essa honra
a este confrade. Na ocasião, encontrava-me na Capital Federal, aonde me dirigi
para, representando a diretoria do nosso IHG, assistir às comemorações do centenário de vida do Cel. Affonso Heliodoro
dos Santos, atual presidente do IHG-DF e pioneiro e último membro vivo da
equipe do ex-presidente Juscelino Kubitschek (como Subchefe do Gabinete Civil),
a quem o homenageado servira com fidelidade, tendo dado inúmeras provas de
profunda amizade, a ponto de acompanhá-lo quando de seu exílio em Paris e, mais
tarde, assumindo o cargo de Secretário-Geral do Memorial JK durante o período
de 1981 a 1995. Dignas e justas homenagens foram prestadas ao braço-direito de
JK, enquanto palestrantes de diversas partes do País se revezaram no púlpito
para enaltecer as qualidades do aniversariante diamantinense, merecendo
destaque o discurso de encerramento pronunciado por Pe. José Carlos Brandi Aleixo.
Inicialmente
quero dizer que é uma honra e motivo de orgulho para todos os confrades deste
IHG receber a visita de Vossa Senhoria, mormente na qualidade de Coordenador do
Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu, presidente do IHG e presidente do
Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, Artístico e Histórico de Pompéu, sem
ignorar a importância das outras entidades que dirige. A respeito da primeira
mencionada (Centro Cultural D. Joaquina do Pompéu), importa que fixemos um
ponto importante para as nossas duas instituições coirmãs: o estado de Minas
Gerais é pródigo, sem dúvida alguma por parte da historiografia, de matriarcas
que se sobressaíram por terem mudado o curso da História, através de sua
autoridade moral e de sua descendência ilustre. Muito caro a nós são-joanenses
e bastante conhecido é um caso exemplificativo do que acabo de afirmar: o de
Júlia Maria da Caridade (1707-prov. 1786), uma das Três Ilhoas que, no início
do século XVIII, vieram da ilha de Faial nos Açores para povoarem o Sul de
Minas Gerais com ilustres troncos mineiros (os Rezende, os Carvalho Duarte, os Vilela, os Vilela de Andrade, os Junqueira, os Figueiredo, os Guimarães, os Ribeiro, etc., apenas para citar alguns troncos da linhagem de Júlia Maria da Caridade). O
genealogista José Guimarães ¹, nas primeiras páginas (pp. 3-22) do 2º volume de sua monumental obra genealógica sobre as Três Ilhoas, registra o casamento de Júlia com Diogo Garcia em
29/06/1724 no distrito do Rio das Mortes Pequeno, onde passou a morar, tendo
sido também aquela que edificou a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Porto
do Saco. Embora esse seja caso muito ilustre, certamente todos os que aqui nos encontramos guardamos, em nossa memória, em nosso coração e nas fotos de nossas
famílias, matronas memoráveis que, embora não tenham sido tão famosas, foram de
indubitável valor como sustentáculo de seus núcleos familiares.
Há
uns vinte dias atrás, estando eu em Brasília, o romancista, contista e
jornalista Acadêmico Dr. Alaor Barbosa, ao saber que aceitei a missão de saudar Vossa
Senhoria neste IHG, relatou um fato ocorrido durante um congresso de advogados
em São Paulo, de que tomou parte em 1972, que lhe interessará sem dúvida.
Segundo o seu relato, na ocasião, encontrou-se Dr. Alaor com o advogado Dr. Arthur
César Ferreira Borges, natural de Formiga, o qual informou a Dr. Alaor que a
matriarca “Joaquina do Pompéu” difundiu entre seus parentes e afins a sua
crença de que sobrenomes diferentes deviam ser dados à sua prole para que uns
pudessem ajudar-se aos outros, sem que as pessoas de fora da família o
soubessem. Dr. Alaor observou ainda que d. Joaquina do Pompéu se destacara, ao
romper o padrão da sociedade luso-brasileira, dando um novo contorno ao papel
social das mulheres na sua época, acumulando riquezas e poder, em decorrência
das suas atividades como fazendeira e comerciante, a ponto de socorrer o
imperador Dom Pedro I com um exército de 600 homens recrutado na sua região
para auxiliá-lo na sua campanha no Norte. Comentou ainda que, no seu livro “Baú
de Ossos”, Pedro Nava fizera importante referência a Joaquina do Pompéu.
Despertada
minha curiosidade, iniciei minha pesquisa sobre a ilustre matriarca na
sociedade mineira setecentista. JOAQUINA BERNARDA DA SILVA DE ABREU CASTELO
BRANCO nasceu a 20 de agosto de 1752 no Arraial do Ribeirão do Carmo (atual
cidade de Mariana, MG), sendo a quinta filha de nove filhos do advogado português
Jorge de Abreu Castelo Branco, parente dos Condes de Valadares, e da açoreana
Jacinta Teresa da Silva. Quando tinha dez anos de idade, ficou órfã de mãe e a
família mudou-se para a Vila de Pitangui, onde, em 20 de agosto de 1764, aos
doze anos de idade, Joaquina se casou com o Capitão-mor Inácio de Oliveira
Campos, com trinta anos de idade, Comandante da Companhia de Ordenanças (parte
da Milícia dos Dragões das Minas Gerais). Após a união, o casal arrendou uma
fazenda (“Lavapés”) e aí, devido ao crescimento vertiginoso que conseguiu,
começou a construir um imenso patrimônio. Além da criação de gado, havia as
lavouras de milho e feijão. Como seu marido precisava ausentar-se durante
longos períodos, esse fato contribuiu para que d. Joaquina precisasse
dedicar-se não só à vida doméstica, cuidando de seus 10 filhos, mas também
gerenciando e administrando a fazenda. Logo, o casal pensou na aquisição de uma
propriedade maior. Foi quando surgiu a oportunidade de comprar as terras da
Fazenda do Pompéu, de Manoel Gomes da Cruz; o negócio se concretizou em 1784,
quando a família passou a residir nas ditas terras. Ao mudar para Pompéu, a
matriarca teve seu nome definitivamente ligado a Pompéu, ficando conhecida em
toda a capitania de Minas. Ali brotou definitivamente seu pendor pela atividade
produtiva rural e pela comercialização. Ao chegar à fazenda, constatou que a
fazenda possuía uma pequena criação e engorda de gado, que imediatamente foi
ampliada pelos novos proprietários. Logo, iniciou plantações de arroz, café,
verduras, legumes e árvores frutíferas e algodão. Além disso, mantinha um
imenso rebanho de caprinos e equinos. Suas fazendas eram não só
auto-suficientes, como também importante núcleo fornecedor de produtos para
abastecimento da Vila de Pitangui e vizinhança e de outras regiões da
capitania. Segundo Agripa Vasconcelos ², “Pompéu foi o primeiro núcleo
organizado da civilização agrária das Gerais”, donde partiam tropas carregando
gêneros alimentícios para diversas localidades de Minas, principalmente boiada para
Vila Rica para amainar a fome que atingiu a capital da Capitania de Minas
Gerais em 1786. Com a morte do marido em 1804, é que d. Joaquina, com 52 anos,
passou a administrar sozinha suas fazendas. Diríamos hoje que, a partir daí,
começou sua carreira solo. Nesse período, ajudou várias vezes a família real
portuguesa. Com a transferência da família real para o Rio de Janeiro,
esgotaram-se todas as reservas alimentícias. O Vice-Rei do Brasil solicitou
auxílio ao presidente da província de Minas, que intercedeu junto à rica
fazendeira, a qual atendeu o pedido, fornecendo carne, farinha, rapadura, milho
e feijão. Com essa atitude, d. Joaquina ganhou prestígio. Agripa Vasconcelos
diz que tamanha era a sua influência que ela obteve Carta Branca, o que lhe
dava total liberdade de ação, inclusive imunidade à censura, processo e penas.
D. Joaquina manteve-se fiel à Casa Real, até mesmo na grande crise que culminou
com a Independência do Brasil. Não titubeou em apoiar a Monarquia, oferecendo
abrigo para os soldados e doações para patrocinar a campanha, razão por que
ficou conhecida como “Heroína Mineira da Independência do Brasil”. Outros
epítetos para ela são “Sinhá Braba” ou “Dama do Sertão”, as duas faces da
matriarca. É esta dualidade que até hoje
povoa a imaginação da posteridade. Quando faleceu a 14 de dezembro de 1824 na
Fazenda do Pompéu, aos 72 anos de idade, tinha 10 filhos, 74 netos e 15
bisnetos; deixou inventário que evidencia que deixou 11 fazendas com área
territorial de 48.400 km², abrangendo atualmente diversas cidades, desde Pompéu,
Abaeté, Dores do Indaiá, Bom Despacho, Pitangui, Pequi, Papagaios, Maravilhas até
Martinho Campos. Suas fazendas possuíam 40 mil cabeças de gado bovino, mil
equinos, cerca de cem escravos avaliados em 150 mil réis cada, baixelas de
prata, bandejas e barras de ouro, entre outros tesouros. Pertenceram a sua
linhagem numerosas famílias dominantes na vida econômica, social e política do
Estado de Minas Gerais. Dessas famílias pode-se citar os seguintes expoentes
máximos: Martinho Álvares da Silva Campos (deputado, presidente da província do Rio de Janeiro, presidente do Conselho de Ministros e Ministro da Fazenda), Afonso Arinos de Melo Franco (ministro, embaixador e político),
Benedito Valadares (governador de Minas Gerais), Gastão da Cunha (embaixador, natural de São João del-Rei), Gustavo Capanema (advogado, interventor federal interino em Minas, Ministro de Educação e Saúde Pública, deputado, ministro do Tribunal de Contas da União, senador), José de Magalhães Pinto (governador de Minas Gerais),
Francisco Campos (ministro e jurista), Olegário Maciel, Roberto Campos (ministro, embaixador e senador), Dom Geraldo de Proença
Sigaud (Arcebispo de Diamantina), Carlos Eloy Carvalho Guimarães (deputado, secretário de Estado e presidente da CEMIG), Alfredo Campos (advogado e senador), Paulo Campos Guimarães (deputado e secretário de Estado),
José Afonso da Silva (jurista constitucional), Ariosvaldo de Campos Pires (advogado criminalista), Valério de Oliveira Mazzuoli (jurista de Direito Internacional)
e Ovídio de Abreu deputado federal, presidente do Departamento do Café e do Banco do Brasil).
D. Bertrand de Orleans e Bragança afirmou, acerca de d. Joaquina do Pompéu, em curta metragem disponível na Internet, que
D. Bertrand de Orleans e Bragança afirmou, acerca de d. Joaquina do Pompéu, em curta metragem disponível na Internet, que
“durante toda a sua vida ou já como viúva, ela fez questão de ajudar a formação do Estado brasileiro. Ela ajudou na Independência, ela ajudou na formação de Minas, ela lançou os fundamentos de toda uma região aqui no Estado de Minas Gerais e é considerada uma das grandes benfeitoras, donde eu considero que a memória da d. Joaquina de Pompéu deveria ser valorizada não só em Minas, como também no resto do Brasil, como um exemplo do que pode ser uma mulher verdadeiramente católica e que tem em vista não só o bem de sua família, mas também o bem do próximo. Como verdadeira católica ela tinha a caridade, isto é, o amor a Deus sobre todas as coisas e o amor ao próximo como a si mesma. Por amor de Deus, ela, durante toda a sua vida, procurou beneficiar não só a sua família e a sua pátria, mas a sua região, os seus empregados, os seus dependentes. É uma das grandes figuras da história nacional.” ³
Recorrendo
ao citado livro de Pedro Nava ⁴, ali encontrei as seguintes linhas que
transcrevo por seu enorme interesse:
“Ninguém pode compreender nada da história social e política de Minas se não entender um pouco de genealogia para estudar os troncos e os colaterais, por exemplo, dos descendentes de d. Joaquina do Pompéu — esses Pinto da Fonseca, Melo Franco, Gastão da Cunha, Laras, Álvares da Silva, Capanemas, Silva Campos, Melo Campos, Valadares, Guimarães, Abreus, Vasconcelos, Cordeiros e Cançados — dominadores, proprietários, mandões, sobas, políticos, diplomatas e estadistas do Oeste. Como, por exemplo, ainda, esses Felício dos Santos, Camargos, Pires, Rabelos, Lessas, Machados, Pimentas, Prates, Sás do Brejo e Sás da Diamantina, outros dominadores, caciques, coronelões, espadachins, poetas, políticos, embaixadores e estadistas do Norte.” A seguir, Navas mostra como o grupo dos Andradas de Minas estava intimamente ligado a esses dois clãs que tomou como exemplo. Cita o governador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, filho de pai homônimo e de d. Adelaide Lima Duarte, descendente de Aires Gomes, e como tal representando duas pontes para o Oeste e para a gente do Pompéu. “Tudo isso representava uma família extremamente solidária e estendendo-se, em distância, da Borda do Campo a Petrópolis e ao Rio, passando por Juiz de Fora e zona mesopotâmica de Minas. Acresce que, além de solidária, essa gente era a possuidora. Das fazendas, das companhias, das empresas, das indústrias, das fábricas, do prestígio nas profissões liberais, das santas casas, das confrarias, das obras pias, das gotas de leite, das sopas dos pobres, das irmandades e dos apostolados. (...) Desses degraus — não precisava esforço para dominar politicamente. É o que aconteceu com essa elite durante uns cem anos da história de Minas e da Mata, e se agora ela começa a perder força, poder e cabedais — é em virtude daquela lei pendular que dá a pais fascistas filhos comunistas, e às gerações poderosas descendências demissionárias... Pois foi contra essa fortaleza que se desfizeram politicamente meu Pai, o tio Paletta e o dr. Duarte de Abreu — quando faltou ao último o viático que lhe vinha do Palácio da Liberdade e do Catete...”
Em
um artigo de Cid Rebelo Horta intitulado "Famílias Governamentais de Minas
Gerais" ⁵ de 1956 e reeditado em 1986 na revista "Análise &
Conjuntura", da Fundação João Pinheiro, encontrei um minucioso trabalho
sobre uma série de famílias que teriam suas origens na grande matriarca
mineira, Joaquina de Pompéu. Muitas dessas famílias têm raízes em Pitangui,
através das quais se pode constatar o domínio político de algumas famílias em
Minas Gerais. É o que se deduz de trechos do artigo citado, transcritos abaixo:
“Antônio Rodrigues Velho, figura legendária, conhecida também pelo nome de “Velho da Taipa”, foi um dos primeiros bandeirantes a chegarem a Pitangui, depois dos primeiros sucessos da luta dos “emboabas”. (...)
Um neto desse Velho da Taipa, chamado Inácio Oliveira Campos, casou-se com Joaquina Bernarda da Silva de Abreu Castelo Branco, filha de um advogado português instalado em Pitangui e parente dos Condes de Valadares. Joaquina Bernarda, que se tomou célebre matriarca, ficou conhecida pelo nome de Joaquina do Pompéu. De seu casamento com Inácio Oliveira Campos, segundo o sr. Jacinto Guimarães, que tem interessante livro a respeito no prelo, descendem as seguintes famílias mineiras largamente difundidas: Álvares da Silva, Cordeiro Valadares, Abreu e Silva, Souza Machado, Oliveira Campos, Castelo Branco, Melo Franco, Campos, entroncando-se ainda nessa descendência os Capanema, Maciel, Vasconcelos, Pinto da Fonseca, Cunha Pereira, Sigaud, Lopes Cançado, Adjuto, Pinto Ribeiro, Caetano Guimarães, Horta, Pereira da Fonseca, Campos Taitson, Mascarenhas, entre outras. (...)
Durante o Império, a política de Pitangui bem cedo se dividiu entre liberais e conservadores. (...) Na 1ª República, os liberais passaram a chamar-se localmente gonçalvistas, dirigidos que eram por José Gonçalves de Souza, que, aparentado com os Lopes Cançado, foi dirigir os Álvares da Silva-Cordeiro Valadares; ao passo que os conservadores se denominaram vasquistas, chefiados por um Lopes Cançado, que se chamava Vasco Azevedo. A luta permanece até hoje e na memória dos velhos é lembrança que não morre na orientação política. (...)
O chamado clã de Joaquina do Pompéu é ainda hoje dono de um vasto domínio político. Tem como seus grandes núcleos Pitangui, onde trava acesa luta, Pompéu, onde a situação nunca deixou de ser inteiramente sua, Dores do Indaiá, onde domina desde 1860, Abaeté, onde os chefes das duas facções pertencem à família, e Pará de Minas, estendendo a sua influência ainda pelos municípios de Curvelo, onde tem elementos chefiando as duas facções antagônicas; São Gonçalo do Pará, Mateus Leme. Em Patos de Minas, os seus parentes Maciel sustentam uma luta quase secular com os Borges, que se destacam entre o primeiros povoadores do Oeste.
O deputado estadual Paulo Campos Guimarães, descendente de Joaquina do Pompéu, respondendo a pergunta sobre os seus parentes e afins que tiveram na vida política do Estado, apresentou-me uma lista de perto de cem nomes. Basta citar os nomes de políticos vivos para se ter idéia expressiva da trama familiar sobre que se sustenta a política de Minas. São eles: Francisco Campos, Benedito Valadares, Gustavo Capanema, Afonso Arinos de Melo Franco, José de Magalhães Pinto, Leopoldo Maciel, José Maria Lopes Cançado, Jacinto Guimarães, Ovídio de Abreu, Vasconcelos Costa, Emílio de Vasconcelos Costa, Simão Viana da Cunha Pereira, Eduardo Lucas Filho, Frederico Campos, Edson Álvares, Amador Álvares, Alberto Álvares, Juvenal Gonzaga. (...)”
Finalmente,
quando
fazia um levantamento das riquezas minerais do Alto São Francisco, a serviço do
rei de Portugal, o viajante Barão de Eschwege, hospedou-se no Solar de Joaquina
do Pompéu, fato narrado no seu livro “Pluto Brasiliensis”. Aí narra a sua
surpresa diante do tamanho da propriedade (“150 léguas quadradas, pelo menos”).
“É ela habitada unicamente pela família da proprietária desse principado, cujos súditos seriam as quarenta mil cabeças de gado que habitam essas regiões despovoadas e anunciam ao viajor a proximidade de habitações humanas. (...) Munidos de todos os víveres possíveis, que davam para diversas semanas, partimos dali para os sertões de novo despovoados onde nada se poderia arranjar.”
O autor
registra, em nota de rodapé, seu agradecimento especial “a Joaquina e a seus
filhos” pela hospitalidade que dispensaram a ele bem bomo a diversos
naturalistas que recomendou e procura dirimir um boato que surgiu a respeito do
mineralogista e da hospitaleira fazendeira: um suposto envolvimento amoroso
seguido de “um presente de mil bois e algumas centenas de cavalos” oferecidos a
ele por Joaquina. Segundo ele, suas constantes hospedagens, “durante semanas às
vezes”, na casa de Joaquina, deram origem a “um boato que corre a meu respeito
espalhado por alguns viajantes e subscritos por outros”. ⁶
Prezado presidente Dr. Hugo,"Joaquina do Pompéu" Imagem: Tela de Yara Tupynambá, acervo do Museu da Cidade Centro Cultural "Dona Joaquina do Pompéu" |
Após
essa digressão, à guisa de aquecimento para a minha apresentação do IHG
são-joanense a Vossa Senhoria, cumpro o dever de informar ao ilustre visitante que houve em São
João del-Rei um movimento literário, artístico e histórico que constituiu o
germe para o surgimento tanto do IHG quanto da Academia de Letras são-joanense.
Reproduzo inicialmente as seguintes expressões candentes de Sebastião de
Oliveira Cintra:
“Em 8 de março de 1959 se deu a fundação do C.A.C.-Centro Artístico e Cultural de São João del-Rei, cujo 1º Presidente foi o Prof. Luiz Zver (SDB). Durante 10 anos prestou o C.A.C. relevantes serviços à cultura sanjoanense. Podemos considerar a citada instituição como precursora da Academia de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico, desta cidade.” ⁷
Observe
que o historiador que fez esse registro foi membro do C.A.C., bem como
sócio-fundador tanto do IHG quanto da Academia são-joanense, sabendo
perfeitamente do que estava falando. O único reparo a ser feito nas suas frases
lapidares é que Cintra se esqueceu certamente de mencionar o Vice-presidente
José Bernardino Peixoto, cujo nome aqui não pode ser negligenciado.
A 26
de julho de 1959 deu-se com extraordinário êxito a solenidade de posse da 1ª
diretoria do C.A.C. ⁸, cabendo à Profª Mercês Bini Couto a direção do
Departamento Artístico, ao Pe. João Bosco de Oliveira o Departamento Literário
e ao Dr. José Norberto Esteves o Departamento Científico. O jornalista Adenor
Simões Coelho Filho, presidente do DASTA-Diretório Acadêmico São Tomás de Aquino,
da Faculdade de Filosofia, assim se expressou em magnífica crônica:
“Legítima artista e professora de piano, eminente professor de Português, jovem e dinâmico engenheiro, eis três personalidades cuja escolha veio ao encontro dos anseios da arte, da cultura e da ciência de São João del-Rei.”
O
C.A.C. foi declarado de utilidade pública pela Lei Municipal nº 546, de 28 de
julho de 1960.
A
seguir, vou apresentar alguns elementos diretamente colhidos por mim junto ao
CSDP-Centro Salesiano de Documentação e Pesquisa, sediado em Barbacena, sob a
direção de Padre Ilário Zandonade, que evidenciam a enorme produção cultural
dessa entidade são-joanense, bem como a efervescência artística daquela época. Quando do II
Salão Sanjoanense de Belas Artes ⁹ instalado em 8/12/1960 e encerrado em
1º/01/1961, já não eram apenas três os diretores do C.A.C., mas seis, ou seja,
aos três primeiros supracitados foram acrescidos um "Departamento de Artes
Plásticas" a cargo de Geraldo Guimarães, um "Departamento Histórico" e Museu “Tomé
Portes del Rei” dirigidos por Fábio Nelson Guimarães e um "Departamento Social" aos cuidados de Zuleika Botelho Braga. Neste II Salão se apresentaram os
seguintes alunos da Escolinha de Arte do C.A.C. sob a orientação da Profª Maria
de Sousa Resende: Antônio Sette, Eduardo Alves do Nascimento, Lígia de Almeida
Magalhães, Maria Denise Boucherville Carvalho, Maria Inês Lordello Teixeira,
Maria Magali Boucherville Carvalho, Márcio de Almeida Magalhães, Moema de
Almeida Magalhães, Neusi Maria Romano e Sílvia Lombardi.
Além
disso, foi possível localizar a Circular nº 1/61, dando conta de que foi eleita
e empossada no dia 24/6/1961 a 1ª diretoria do MADRIGAL VILLA-LÔBOS, assim constituída: Pe. Luiz Zver (Presidente
de Honra), Prof. José do Carmo Barbosa (Presidente), Jorge Chala Sade
(Vice-presidente), Maria Lúcia Monteiro (1º Secretário), Arlette Nely Ávila (2º
Secretário), Adalmir Gomes de Almeida (1º Tesoureiro) e Vicente de Paula B.
Viegas (2º Tesoureiro). Além da diretoria, eram responsáveis
a) pelo
Depart. Artístico: os regentes (titular: Emanuel Coelho Maciel; substitutos:
Hélio Magalhães e Geraldo Barbosa de Souza)
b)
pelo Depart. Social (Miriam Carnaval Morett, Izabel Campos, Júnia Guimarães,
Alzeni Zanetti e Arlene Zanetti)
c)
pelo Conselho Fiscal (Roberto Chala Sade, Marlene Resende e Luiz Carlos Viegas
de Carvalho)
d)
pela Área pedagógico-musical (Prof. de percepção de som, ritmo e teoria
aplicada: Hélio Magalhães e Profª de técnica vocal: Janice Mendonça de Almeida).
A
7/9/1961, no Salão de Festas do Minas Futebol Clube, realizou-se a solenidade
do empossamento da 2ª Diretoria do C.A.C., em que houve a transmissão do cargo
de Presidente para Antônio Elias Cecílio (passando Luiz Zver a membro do
Conselho Fiscal) e de Vice-presidente para Fábio Nelson Guimarães. Os diretores
nessa 2ª diretoria foram: Gentil Palhares (Depart. Literário), Dr. Ronaldo
Simões Coelho (Depart. Científico), Emanuel Coelho Maciel (Depart. Artístico),
Sebastião de Oliveira Cintra (Depart. Histórico), Antonina Gomes (Museu “Tomé
Portes del Rei”), Luiz Dângelo Pugliese (Depart. Teatro), Maria de Sousa
Resende (Depart. Artes Plásticas) e Zoé Simões Coelho (Depart. Social).
Na
página 114 do livro "Notícia
de São João del-Rei", o historiador Augusto Viegas assim se
refere a respeito do CAC:
“Em 6 (sic) de março de 1959, por distinto grupo de intelectuais foi aqui fundado o "Centro Artístico e Cultural de São João del-Rei", brilhante associação literária e artística à altura das tradições da cidade e que neste elevado setor vem prestando inestimáveis serviços. Esta instituição teve como seu primeiro presidente o digno sacerdote salesiano e conceituado homem de letras Pe. Luiz Zver, que em diversos períodos, pelo inestimável zelo e competência, a exerceu e a que de novo volta, depois de a ter, também competentemente, ocupado Antônio Elias Cecílio e, interinamente, durante algum tempo, o vice-presidente e historiador Fábio Nelson Guimarães.” ¹⁰
No 40º aniversário do IHG, na data convencionada de
07/03/2010, a palestra ficou a cargo das confreiras Betânia Maria Monteiro
Guimarães, Maria Lúcia Monteiro Guimarães e Ana Maria de Oliveira Cintra, que
fizeram o seguinte registro histórico:
“(...) Durante 10 anos o CAC promoveu diversos eventos, desde o I Salão São-joanense de Pintura em 12 de dezembro de 1959, premiando pintores da época, como Altivo Sette, Fernando Araujo Gomes, Celeste Campos Araújo Gomes, Geraldo Guimarães, Lígia Velasco de Almeida Magalhães, Gerardo Cid de Castro Valério, Maria Teixeira Marchete, Solange Botelho, Conceição Ferraz, Terezinha Efigênia dos Santos Lotti Vieira, Wilma Duarte, Pe. Sebastião Raimundo de Paiva, Lucila Césari Quaglia e Armando da Silva Carvalho. De 1959 a 1964 (apenas 5 anos) foram lançados 14 livros pelo CAC. O CAC fundou e manteve o Museu Tomé Portes del-Rei, sob a direção do seu sócio Fábio Nelson Guimarães, e criou também uma Escola de Belas Artes. (...)”
Findo
o C.A.C. em 1969, Cintra registrou, a respeito do IHG, que “a 15 de fevereiro
de 1970 uma única reunião entre pessoas interessadas e capacitadas aprovou os
Estatutos e a composição da primeira diretoria.” O convite para fundar um IHG
partiu de Fábio Nelson Guimarães (1932-1996) e Altivo de Lemos Sette Câmara
(1908-1982). ¹¹
Em
1º de março de 1970, no Salão Nobre da Prefeitura Municipal realizou-se a
solene instalação do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, com
a presença de 16 dos 20 sócios-fundadores, cujos nomes são os seguintes: Fábio Nelson Guimarães, Altivo de Lemos
Sette Câmara, Sebastião de Oliveira Cintra, Sebastião Raimundo de Paiva, Carlos
de Oliveira Ribeiro Campos, Luiz de Melo Alvarenga, Gentil Palhares, João
Batista Lopes de Oliveira, Astrogildo Assis, Sílvio de Araújo Padilha, João
Adalberto de Assis Viegas, Esaú de Assis Republicano, Lucila Césari,
Augusto das Chagas Viegas, Djalma Tarcísio de Assis, Adenor Simões Coelho,
Onésimo Guimarães, Tiago Adão Lara, Geraldo Guimarães e Antônio Guerra. De
todos os sócios-fundadores apenas Tiago Adão Lara continua vivo e produzindo
trabalhos intelectuais de grande envergadura, ministrando conferências,
proferindo palestras e escrevendo livros de renovado interesse.
A
fundação do IHG são-joanense parece ter sido uma motivação de alguns
são-joanenses ilustres quando sentiram que a demolição da capela do Senhor Bom
Jesus do Matosinhos era não só uma ameaça mas uma dura realidade, necessitando
arregimentar todos quantos quisessem esboçar uma reação a esse projeto inepto.
Dr. José Antônio de Ávila Sacramento, nosso confrade e ex-presidente do IHG ensina que
“(...) já em 07 de maio do mesmo ano os membros do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei - MG tiveram seu "batismo de fogo": posicionaram-se destemidamente e publicamente contra a derrubada da primitiva Igreja do Sr. Bom Jesus de Matosinhos, tendo sido aprovado o “mais veemente protesto quanto à demolição” daquele que era um bem cultural tombado em nível federal através do processo nº 68-38/SPHAN, inscrito no Livro do Tombo de Belas Artes, Vol. 1, fls. 2, em 04 de março de 1938.”
Portanto, mal tinha sido instalada a entidade, já acontecia o “batismo
de sangue” do IHG no campo de lutas (resgate da portada da capela e caminhada
de Taubaté-SP a São João del-Rei), desafios (projeto "Trem das Águas
Santas", parceria na Capital Brasileira da Cultura-2007, comemoração dos 300 anos da existência do Arraial Novo de Nossa Senhora do Pilar, etc.), convocação
da comunidade ("Não acabem com o trem!" e "Ninguém tira o trem daqui!") e movimentos cívicos ("Salvem o trajeto de São João a Tiradentes!"). As citações anteriores
são apenas exemplificativas, não abrangendo a totalidade das iniciativas do
IHG. ¹²
Tenho
certeza de que é uma honra e motivo de orgulho para todos nós, confrades do
IHG, pertencermos a essa Casa de Cultura por inúmeras razões que seria ocioso
enumerar aqui, mas sobretudo por sua notória respeitabilidade nacional,
administrada por pessoas íntegras no empenho de levar avante a pesquisa
histórica e geográfica. Mas a título apenas exemplificativo, pode-se pelo menos
afirmar que este Sodalício tem como missão precípua a de defender o patrimônio
comum de riquezas artísticas e históricas do município de São João del-Rei e da
região da antiga Comarca do Rio das Mortes. Além disso, pode e deve este IHG
prestar numerosos serviços especializados à Municipalidade, mormente no que
tange a realização de estudos de História, Geografia, Meio Ambiente,
Etnografia, Genealogia, Folclore, Artes e ciências correlatas, como órgão
consultivo do poder público municipal, credenciado pela Lei Municipal 1.558 de
2 de maio de 1977. Devido à prestação desses serviços especializados, nosso IHG foi
reconhecido como uma associação de Utilidade Pública, referendada por Lei
Municipal nº 1.161, de 15 de junho de 1970.
Se
é muito bom recordarmos os primeiros momentos, os feitos e os desafios do nosso
IHG, especialmente quando se aproxima o seu jubileu de ouro, também é forçoso
reconhecer que é preciso recarregarmos nosso espírito com a energia e as boas ações
de seus primeiros sócios para continuarmos na trilha que corajosamente
desbravaram.
Muito obrigado!
NOTAS EXPLICATIVAS
¹ GUIMARÃES, José: "AS TRÊS ILHOAS contendo a descendência de JÚLIA MARIA DA CARIDADE", s/n, 2º Volume (Primeira Parte), 1990, 721 p.
² "Sinhá Braba" é um livro escrito por Agripa Vasconcelos, que relata a vida de Dona Joaquin do Pompéu, uma das mulheres mais ricas e fascinantes do Brasil. A série "Sagas do país das Gerais" é dividida em ciclos, sendo este livro dedicado ao ciclo agropecuário. O livro possui caráter didático, pois os personagens fazem parte da história e da cultura popular do Brasil.
VASCONCELOS, Agripa: SINHÁ BRABA-DONA JOAQUINA DO POMPÉU, da série "Sagas do país das Gerais", Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1966, 373 p.
³ Cf. in https://www.facebook.com/pages/Centro-Cultural-Dona-Joaquina-do-Pomp%C3%A9u/239573986095309
"Dona Joaquina do Pompéu" é um curta metragem produzido por alunos do UNI-BH, com apoio do Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu, no primeiro semestre de 2013.
⁴ NAVA, Pedro: BAÚ DE OSSOS, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1983, p. 320-1.
⁵ Cf. in http://daquidepitangui.blogspot.com.br/2010/01/familias-mineiras-descendentes-de.html
⁶ ESCHWEGE, W.L. von: PLUTO BRASILIENSIS, Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1979, 2º volume, pp. 173 e 295Muito obrigado!
NOTAS EXPLICATIVAS
¹ GUIMARÃES, José: "AS TRÊS ILHOAS contendo a descendência de JÚLIA MARIA DA CARIDADE", s/n, 2º Volume (Primeira Parte), 1990, 721 p.
VASCONCELOS, Agripa: SINHÁ BRABA-DONA JOAQUINA DO POMPÉU, da série "Sagas do país das Gerais", Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1966, 373 p.
³ Cf. in https://www.facebook.com/pages/Centro-Cultural-Dona-Joaquina-do-Pomp%C3%A9u/239573986095309
"Dona Joaquina do Pompéu" é um curta metragem produzido por alunos do UNI-BH, com apoio do Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu, no primeiro semestre de 2013.
⁴ NAVA, Pedro: BAÚ DE OSSOS, Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1983, p. 320-1.
⁵ Cf. in http://daquidepitangui.blogspot.com.br/2010/01/familias-mineiras-descendentes-de.html
⁷ CINTRA, Sebastião de Oliveira: EFEMÉRIDES DE SÃO JOÃO DEL-REI, Belo Horizonte: Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1982, volume I, 2ª edição, p. 112.
⁸ Para maiores informações sobre a posse da 1ª diretoria do C.A.C., recomendo a leitura de trabalho mais abrangente de minha lavra intitulado "Pe. Luiz Zver à frente do C.A.C.-Centro Artístico e Cultural de São João del-Rei", in http://bragamusician.blogspot.com.br/2013/07/pe-luiz-zver-frente-do-cac-centro.html
⁹ Vários destes eventos (II Salão São-joanense de Belas Artes, instalação e apresentações do Madrigal Villa-Lôbos e solenidade de empossamento da 2ª diretoria do C.A.C.), pela primeira vez, foram noticiados em meu trabalho intitulado "Meu mestre inesquecível Pe. Luiz Zver, SDB (1ª parte)", datado de 12/03/2010, in http://bragamusician.blogspot.com.br/2010/03/meu-mestre-inesquecivel-padre-luiz-zver.html
¹⁰ Citação constante da nota 1 da matéria minha de 1º/05/2010, intitulada "Meu mestre inesquecível Pe. Luiz Zver, SDB - 4ª Parte", in http://bragamusician.blogspot.com.br/2010/05/meu-mestre-inesquecivel-padre-luiz-zver.html
¹¹ A citação foi extraída do discurso em homenagem ao 40º aniversário do IHG publicado na minha matéria de 1º/05/2010, intitulada "Meu mestre inesquecível Pe. Luiz Zver, SDB - 4ª Parte", in http://bragamusician.blogspot.com.br/2010/05/meu-mestre-inesquecivel-padre-luiz-zver.html
¹² Para maiores informações sobre o tema da demolição da Capela do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, recomendo a leitura do meu "Discurso de Homenagem ao IHG de São João del-Rei pelo transcurso do 46º aniversário de sua fundação", publicado em 07/03/2016, in http://bragamusician.blogspot.com.br/2016/03/discurso-de-homenagem-ao-ihg-de-sao.html
9 comentários:
O IHG de São João del-Rei sentiu-se muito honrado com a visita de cortesia de uma comitiva da cidade de Pompéu-MG, integrada por membros do IHGP-Instituto Histórico e Geográfico de Pompéu, Centro Cultural Dona Joaquina do Pompéu e Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, Artístico e Histórico de Pompéu.
O presidente do IHG de São João del-Rei, jornalista e escritor José Cláudio Henriques, encarregou-me, na condição de Secretário das Relações Institucionais, de saudar o titular das 3 entidades, Dr. Hugo Henrique Aparecido de Castro, e de apresentar-lhe breve histórico sobre o IHG são-joanense que já conta 46 anos de existência, tendo sido o 5º fundado no Estado de Minas Gerais.
Ilustre Acadêmico Francisco Braga
Só temos que saudar, de pé, esta magnifica e histórica saudação ora proferida por você. Enriquece os anais de nossa história e demonstra mais uma vez, que somos sempre bem representados através de sua pessoa.
Parabéns.
Musse João Hallak
INTERESSANTÍSSIMO, BRAGA. ABS,
RIBAS
Obrigado pelo envio do excelente texto. Fernando Teixeira
Caro amigo Francisco Braga.
Meus abraços afetuosos em você e em Rute.
Obrigado por me mandar o texto da sua saudação à comitiva de Pompéu aí no IHGSJDR. Gostei de ver citada a nossa conversa sobre Joaquima do Pompéu. Você fez um trabalho exaustivo para levantar informações históricas. Há nele uma referência a uma Terezinha Lotti Vieira que me chamou a atenção: deve ser parenta do meu professor de latim e grego, Hélio Lotti Vieira, natural de Conselheiro Lafaiete, que — desagradável notícia que recebi uma semana atrás, — faleceu no ano passado aqui em Brasília. Ele morava em Taguatinga. Ex-padre, acho que jesuíta.
Impressionante e exemplar o zelo com que você vai às fontes de informação. Eu lhe falei da referência de Nava a Joaquina do Pompéu e você foi buscá-la. Parabéns. Seu texto é ótimo.
Alaor Barbosa.
Bravo!
Prezado,
Parabéns!! Belíssimo!
Abraço,
Ruth
Meu prezado amigo FJSBraga ,
Li com inusitado interesse o seu discurso de saudação ao Exmo. Sr. Presidente do IHGP. Tinha certeza plena que você iria falar da ilustre filha da cidade de Mariana, que se mudou para os sertões do Pompéu, onde foi a mais importante agropecuarista do Brasil Colônia e do Brasil Império. Mulher destemida e trabalhadora. Tenho comigo diversos casos acontecidos em suas terras.
Seus feitos deixam as páginas da história para se transformarem em lendas, cantadas em prosa e verso, pelas Minas e pelas Gerais. Os termos de seu inventário descrito nas páginas do livro "Sinhá Braba", de Agripa Vasconcelos, assombra pelo valor astronômico de seus bens.
Parabéns pelo excelente trabalho de pesquisa. Primoroso!
Abraços do Lucio Flavio
Francisco, bom dia. Vc se supera a cada nova intervenção. Parabéns. Feliz da Instituição que conte em seus quadros com pessoas do seu gabarito.
Abraços,
Paulo
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