sábado, 25 de março de 2023

UNIVERSO 25: a experiência científica mais aterrorizante da história

Introdução e tradução do grego por Francisco José dos Santos Braga 
 
Crédito pela imagem: metallicman.com

 
 
I. INTRODUÇÃO 
 
 
Universo 25’, assim chamado por ter sido a vigésima quinta vez (na segunda metade da década de 1950) de um processo em experimento com uma colônia de ratos para verificar como se comportariam em um ambiente controlado, livre de predadores, esterilizado, com baixa probabilidade de doenças e com água, comida e abrigos suficientes, e que será examinado aqui. 
 
Cerca de 10 anos antes, em 1947, observando o aumento vertiginoso na densidade demográfica dos Estados Unidos, o etólogo (biólogo especializado em comportamento animal) John B. Calhoun decidiu iniciar um experimento comportamental com foco em uma análise psicopatológica realizada com ratos para exemplificar como a superpopulação das áreas urbanas poderia contribuir para o fim da humanidade. 
 
O primeiro experimento foi feito numa fazenda em Rockville, Maryland, cujo proprietário lhe permitira erguer um cercado para ratos numa mata atrás de sua casa. Este cercado "cidade dos ratos", nas palavras do etólogo tinha cerca de mil metros quadrados, com capacidade para abrigar até 5.000 ratos. Teve uma surpresa com seu experimento de estreia: em 2 anos de experimento, a população de ratos nunca ultrapassou a cifra de 200 indivíduos. Basicamente, ele colocou cerca de 32 a 56 roedores em uma caixa de 12 metros quadrados dividida em quatro cômodos. Os roedores não teriam escassez: diversão, comida e água; seriam fartos de espaço; também eram disponibilizados locais adequados para reprodução e gestação. 
 
Realizou outros 23 experimentos com os mesmos resultados inesperados. Em todos os experimentos, os ratos chegaram a um pico populacional e, posteriormente, entraram em uma crise. Então, conflitos hierárquicos e incidentes abalando sua saúde mental acometiam a população de forma generalizada, no que Calhoun cunhou como "ralo comportamental". 
 
Em 1954, o etólogo John B. Calhoun teve finalmente a oportunidade de formular sua teoria sobre comportamento animal quando passou a trabalhar no Laboratório de Psicologia do Instituto Nacional de Saúde Mental. Nas novas instalações, poderia observar como os roedores se comportariam em um ambiente controlado, nas condições favoráveis já citadas. O projeto foi chamado por ele mesmo de “utopia dos ratos”. A partir daí, trabalhou durante toda sua vida para entender o efeito de questões demográficas, isto é, investigando como a superpopulação afeta o comportamento individual e social de roedores como ratos e camundongos.
 
Calhoun e sua colônia de ratos utópicos
 
Suas principais conclusões foram reportadas há 60 anos atrás. Vejamos a descrição que o próprio etólogo deu na revista mais tradicional de divulgação científica no mundo, a Scientific American de 1962 sobre o comportamento social dos ratos durante o ápice demográfico dos seus experimentos: 
“Muitas [ratas] eram incapazes de levar uma gravidez até o fim ou, quando conseguiam, de sobreviver ao parir a ninhada. Um número ainda maior, após dar à luz com sucesso, decaía em suas funções maternas. Entre os machos, os distúrbios de comportamento iam desde desvios sexuais até canibalismo e de hiperatividade frenética até um quadro patológico no qual os indivíduos emergiam para comer, beber e se mover apenas quando outros membros da comunidade estivessem dormindo. A organização social dos animais mostrou igual ruptura.” 
E continua:  
“A fonte comum desses distúrbios tornou-se mais aparente e dramática nas populações nas primeiras séries de três de nossos experimentos, no qual observamos o desenvolvimento do que chamamos de ralo comportamental. Os animais se aglomeravam em maior número em um dos quatro cercados interligados nos quais a colônia era mantida. Até 60 dos 80 ratos em cada população experimental se agregavam em um cercado durante períodos de alimentação. Os indivíduos raramente comiam sem estar na companhia de outros ratos. Como resultado, densidades populacionais extremas se desenvolveram no cercado escolhido para comer, deixando as outras com populações esparsas. Nos experimentos em que o ralo comportamental se desenvolvia, a mortalidade infantil chegava a porcentagens de até 96% entre os grupos mais desorientados da população.” 
Segundo Calhoun, a fase da morte consistia em duas etapas: a "primeira morte" e a "segunda morte". A "primeira morte" era caracterizada por uma perda de propósito na vida além da mera existência nenhum desejo de acasalar, criar filhos ou estabelecer um papel na sociedade.  Com o passar do tempo, a mortalidade dos jovens chegou a 100% e a reprodução a zero: instalava-se definitivamente no Paraíso dos Ratos (como Calhoun chamou aquele ambiente controlado para os camundongos) a "segunda morte".
 
Quando ocorreu o colapso social da colônia de roedores, Calhoun interpretou o fenômeno da seguinte forma: quando todo o senso de necessidade é retirado da vida de um indivíduo, a vida deixa de ter propósito, uma vez que ela não é apenas apoiada em aspectos básicos moradia, água, conforto e comida.
 
Em que pese o maciço apoio da comunidade científica, o estudo de Calhoun também foi questionado e classificado como perigoso. Para o médico e historiador Edmund Ramsden, "os ratos podem sofrer com aglomerações, mas os seres humanos podem lidar com isso. A decadência moral pode surgir não da densidade, mas da interação social excessiva. Nem todos os ratos ficaram furiosos. Aqueles que conseguiram controlar o espaço levaram vidas relativamente normais.”  
 
Apesar disso, é inquestionável o seguinte: ao lado de Freud e Skinner, o experimento de Calhoun entrou para o ranking dos “Quarenta Estudos que Mudaram a Psicologia".
 
É possível traçar paralelos entre o Universo 25 e a humanidade? Acredito que sim. Densidade populacional é um problema inegável a ser seriamente enfrentado pelos governantes e sociólogos urbanos, embora as estruturas sociais façam com que as evidências sejam mais complexas para a humanidade do que para ratos.  No momento presente, estamos testemunhando paralelos diretos na sociedade humana atual: um planejamento urbano e gestão sócio-ambiental deficientes e negligentes em identificar e dificultar o surgimento e propagação crescente de grandes cidades e de formação de metrópoles fenômeno considerado estimulador de surgimento de homens frágeis e efeminados, com pouca ou nenhuma habilidade e instinto protetor, e de mulheres extremamente agitadas e agressivas sem instinto maternal, além de outros tópicos observáveis que serão objeto de próximas publicações.
 
 
II. TRADUÇÃO DO GREGO, DO SPUTNIK NEWS PARA A GRÉCIA
 
"UNIVERSO 25": a história de um dos experimentos mais aterrorizantes da ciência 
 Por Sputnik News (para a Grécia)

Um cientista, uma enorme colônia de ratos e o paralelo com a sociedade humana são as principais características de "Universo 25". Esse experimento é um dos mais aterrorizantes da história da ciência, que, por meio do comportamento de uma colônia de ratos, representou uma tentativa de os cientistas explicarem as sociedades humanas. 

A ideia do "Universo 25" veio do cientista americano John Calhoun, que criou um "mundo ideal" no qual centenas de camundongos viveriam e se reproduziriam. 

Mais especificamente, Calhoun criou o chamado “Paraíso dos Ratos”, um espaço especialmente concebido em que os roedores teriam comida e água em abundância, bem como um grande espaço habitacional. 

A princípio, ele colocou quatro pares de camundongos que em pouco tempo começaram a se reproduzir, fazendo com que sua população crescesse rapidamente. No entanto, após 315 dias, sua reprodução começou a diminuir sensivelmente. 

Quando o número de roedores chegou a 600, formou-se uma hierarquia entre eles, surgindo então os chamados "miseráveis". 

Os roedores maiores começaram a atacar esse grupo, fazendo com que muitos machos começassem a "colapsar" psicologicamente. Isso teve como consequência ficarem as fêmeas sem proteção e elas, por sua vez, se tornarem agressivas com seus filhotes. 

Com o passar do tempo, as fêmeas apresentaram comportamento cada vez mais agressivo, evidências de isolamento e falta de impulso reprodutivo. Observou-se uma baixa taxa de natalidade e, ao mesmo tempo, aumento da mortalidade nos roedores mais jovens. 

Surgiu então uma nova classe de roedores machos, chamados "belos". Estes se recusavam a acasalar com as fêmeas ou "lutar" por seu espaço. Tudo o que importava era comer e dormir. 

A certa altura, os "machos belos" e as "fêmeas isoladas" constituíam a maioria da população. 

Com o passar do tempo, a mortalidade dos jovens chegou a 100% e a reprodução a zero. Entre os ratos ameaçados, observou-se a homossexualidade e, ao mesmo tempo, aumentou o canibalismo, apesar de haver comida em abundância. 

No 1.780º dia do experimento, o último camundongo do "Universo 25" morreu.

John Calhoun repetiu o mesmo experimento por 25 vezes e em todas elas o resultado foi o mesmo. 

O trabalho científico de Calhoun tem sido usado como modelo para a interpretação do colapso social, e sua pesquisa serve como ponto focal para o estudo da sociologia urbana.

Link: https://sputniknews.gr/20200608/vinteo-sympan-25-I-istoria-gia-ena-apo-ta-pio-tromaktika-peiramata-tis-epistimis-7492487.html

 

III. BIBLIOGRAFIA

 

ARAÚJO, Júlio Cézar de (2020): "UTOPIA DOS RATOS": Experimento previu a extinção da humanidade?, em 08/09/2020

CALHOUN, J.B. (1971). Space and the strategy of life. Behavior and environment. Springer. 

_______________ (1973). Death squared: the explosive growth and demise of a mouse population. Proceedings of the Royal Society of Medicine. 

FREEDMAN, J. L. (1975). Crowding and behavior. W. H. Freedman. 

KingoLabs: Experimento Universo 25: a utopia dos ratos
RAMSDEN, E. & ADAMS, J. (2009). Escaping the laboratory: the rodent experiments of John B. Calhoun & their cultural influence. Journal of Social History, v. 41, edição 3, primavera de 2009, pp. 761 a 797.

domingo, 12 de março de 2023

O SEGREDO DA LONGEVIDADE EM OKINAWA - JAPÃO

Introdução, tradução do russo e comentários por Francisco José dos Santos Braga 
 
Mapa das Ilhas Ryūkyū - Crédito: Wikimidia Commons
I. INTRODUÇÃO 

As ilhas Okinawa, dotadas de esportes aquáticos emocionantes e um belíssimo cenário natural, são um paraíso tropical sedutor com um passado fascinante. Okinawa é a principal ilha da Província de Okinawa, um arquipélago de 160 ilhas ao sul da principal ilha do território japonês. Naha é a capital das ilhas e a principal porta de entrada para Okinawa. Mas nem sempre foi assim. 

 
A Batalha de Okinawa em 1945 foi um desastre para as ilhas. Junto com as milhares de vidas perdidas, a conflagração da guerra devastou tesouros culturais acumulados ao longo dos séculos. O Castelo de Shuri e muitos outros edifícios históricos foram reduzidos a escombros e cinzas e, após a guerra, a cultura de Okinawa precisou recomeçar do zero. 
 
Graças aos esforços dos sobreviventes, a cultura de Okinawa foi trazida de volta à vida e desde então tem florescido cada vez mais. Quando consideramos a cultura de Okinawa e das ilhas Ryūkyū, nunca devemos esquecer que ela nem sempre viveu tempos de tranquilidade ao longo dos séculos sua sobrevivência hoje é graças ao sacrifício do seu povo, que trabalhou para garantir que sua cultura emergisse das cinzas após passar por tantas adversidades. 
 
A ensolarada Okinawa não é uma típica região japonesa. Por 450 anos, este território foi um estado independente o reino de Ryūkyū com suas próprias leis, costumes e idioma. A ilha tornou-se uma unidade territorial do Japão apenas em 1872. A Okinawa de hoje é uma das menores províncias da Terra do Sol Nascente e o único lugar no Japão onde nunca neva. 
 
Graças ao fato de a população de Okinawa deter índices surpreendentes de longevidade, o Japão moderno mostra uma maravilha que causa inveja a outras nações. Seus cidadãos vivem mais do que todos os habitantes do planeta: em média 82 anos. A tropical Okinawa dá uma contribuição significativa para essa conquista devido a um número crescente de centenários. A mais meridional das ilhas japonesas é a detentora do recorde mundial em número de centenários. 
 
Desde 1975 (quando começou o Estudo de Centenários de Okinawa ou OCS, na sigla em inglês), tem intrigado os pesquisadores de todo o mundo o fato de os centenários de Okinawa, em vez de sofrerem de uma morte prolongada, como costuma acontecer noutras partes do mundo, parece estarem retardando muitos dos efeitos normais do envelhecimento, com quase dois terços vivendo de maneira independente até aos 97 anos. 
 
Essa impressionante longevidade saudável ficou evidente ao se avaliarem várias doenças relacionadas à idade. O típico centenário de Okinawa parece estar livre dos sinais característicos de doenças cardiovasculares, sem construir as placas 'calcificadas' em volta das artérias que podem levar à falência do coração. Os residentes mais velhos de Okinawa também apresentam taxas mais baixas de câncer, diabetes e demência do que outras populações em envelhecimento. 
 
Para estudar e tentar explicar a longevidade dessa população insular, a Universidade Estatal de Kazan, na República do Tartaristão, Rússia, destacou uma equipe de seus especialistas, sob a coordenação do biólogo OLEG GUSEV. Apreciaremos aqui como o grupo elucidará a questão posta, nos próximos itens abaixo. 
 
 
II. TEXTO RUSSO SOBRE O RESULTADO DA PESQUISA, TRADUZIDO PARA O PORTUGUÊS 
 
 
Hoje gostaria de contar um pouco sobre um fenômeno admirável o segredo dos centenários da ilha do sul do Japão Okinawa. Afinal, muitos sabem que os habitantes desta ilha japonesa são famosos em todo o mundo por sua longevidade e saúde. 
 
Na entrada da aldeia de Ogimi, no norte de Okinawa, há um pilar de pedra com uma inscrição eloquente: “Aos 70 anos você ainda é uma criança, aos 80 você é apenas um jovem e aos 90, quando seus ancestrais o convidam para o céu, peça-lhes para esperar até que você tenha 100 anos então você talvez vá pensar sobre isso." 
 
Os okinawanos ocupam o primeiro lugar no mundo em termos de expectativa de vida. Segundo estimativas aproximadas, na Rússia há menos de cinco centenários por 100.000 pessoas, nos EUA 23, ao mesmo tempo em Okinawa eles recrutam 60, e quase 90% deles são mulheres! 
 
Além disso, devido às estatísticas de Okinawa, o Instituto Nacional de População do Japão foi forçado a revisar para cima os indicadores de expectativa de vida no país. 
 
Os cientistas acreditam que o segredo da longevidade dos okinawanos é uma nutrição adequada e água potável local contendo uma grande quantidade de íons de cálcio, bem como a atitude correta perante a vida e certas atividades físicas. 
 

 
Para muitos de nós, chegar aos 100 anos é um sonho inatingível. Mas para os okinawanos, essa é uma ocorrência comum. Os habitantes das ilhas mostram com o seu próprio exemplo que é perfeitamente possível festejar o centenário, mantendo-se lúcidos e bastante saudáveis, e contam como o conseguiram. 
 
Proponho assistir a um filme muito interessante e informativo Segredos da Vida de um Centenário, clicando no link abaixo. Não só nos revela os segredos da longa vida dos okinawanos, mas também nos faz reconsiderar nossa própria atitude perante a vida, mudar a filosofia de nosso ser. 
 
Link: https://play.ebc.com.br/programas/215/episodios/3002/segredos-da-vida-de-um-centenario  (texto russo traduzido para o português)  👈

Link: https://www.youtube.com/watch?v=DyrxvwZThYw (texto original russo)  👈
 
Depois de assistir a esse interessante filme e ler vários artigos sobre o segredo da longa vida dos okinawanos, vários fatores principais podem ser identificados: 
1) alimentação saudável (aliás, acredito que isso seja o mais importante e por isso coloco esse fator em primeiro lugar); 
2) educação física e esportes (e isso também é muito importante) 
3) clima 
4) otimismo 
5) vida social ativa (moai) 
6) coisa favorita ou hobby (ikigai)  ¹
 
Resumindo, a dieta dos okinawanos conta com alimentos com poucas calorias. A base da comida de Okinawa é vegetal. Eles comem muitos vegetais e frutas. Eles também comem arroz, tofu e frutos do mar. Preferem a carne de porco. E a palavra carne significa carne de porco em Okinawa. Os habitantes da ilha não recusam o específico vinho de arroz Awamori. Mas lembre-se tudo com moderação! 
 
Além da carne, a ilha adora peixe, e o mais interessante é que, ao contrário do resto do Japão cuja preferência é o peixe cru, os ilhéus o apreciam principalmente com algum processamento prévio (cozido, ensopado ou frito), não cru. Mas o mais importante: eles obtêm o máximo prazer do processo de alimentação. Os okinawanos têm em conta que vale a pena sempre tomar o alimento com boa disposição e ingeri-la com a devida atenção. 
 

 
 
A atividade física tem muito maior importância para os okinawanos (do que para nós). Em Okinawa, muitos praticam artes marciais, porque a ilha de Okinawa é o berço do karatê. Muitos centenários participam de competições e até vencem, apesar da idade avançada. 
 
A propósito, muitos karatecas vêm de todo o mundo para Okinawa com o objetivo de treinar ou participar de competições internacionais de karatê. 
 
Mas também os ilhéus consideram a capacidade de aproveitar cada dia vivido como o principal segredo de uma vida longa, como ensina o Zen Budismo. Eles adoram se comunicar, mantêm laços estreitos com a família. 
 
Em geral, são otimistas notórios, não se preocupam com o futuro e não demonstram alarde e pressa em nada. A vida nas ilhas mais ao sul do Japão é geralmente muito mais calma do que no continente. Não existem multidões de pessoas, nem outdoors luminosos com lâmpadas fluorescentes contendo gás neônio, como na enorme metrópole de Tóquio e outras grandes cidades do Japão. 
 
Embora não haja diferença de horário entre Tóquio e Okinawa, diz-se que Okinawa tem um horário especial chamado "Horário de Okinawa". 
 
E embora seja difícil para nós viver de acordo com as regras dos okinawanos (infelizmente não temos o mesmo clima e alimentação),  apesar disso, acho que devemos aprender muito com eles. Afinal, nós também podemos monitorar nossa dieta, praticar esportes e tratar nossas vidas de maneira diferente. Desejo vida longa a todos os meus leitores! Siga o exemplo do povo de Okinawa! 
 
 
 
III.  NOTA EXPLICATIVA 
 
 
¹  Ikigai é uma filosofia de vida praticada pelos moradores de Okinawa, arquipélago que fica ao sul do Japão e que é conhecido pelo alto nível de felicidade e longevidade de seus moradores. A palavra Ikigai pode ser traduzida do japonês por a razão, propósito ou motivação profunda que nos leva a querer levantar todos os dias, ou mais simplesmente, a razão de ser. Viver em Ikigai significa encontrar sentido para tudo o que se faz, incluindo trabalho, relações sociais e a percepção do valor de nossa existência.