Por Francisco José dos Santos Braga
Ilmos. Srs.
DD. Presidente da Academia Mantiqueira de Estudos Filosóficos-AMEF, Prof. José Cimino,
DD. Presidente da Academia Barbacenense de Letras-ABL, Prof. Mário Celso Rios,
Profª Letícia das Mercês Silveira Costa, neoacadêmica da AMEF, em nome de quem saúdo todos os outros membros de ambas as Academias que nesta noite prestigiam a minha posse.
Inicialmente, tenho o prazer de cumprimentar e render minhas homenagens a esta plêiade de Nobres Acadêmicos desta douta AMEF, em atividade há 21 anos, divulgando as luzes de seu conhecimento e manifestando seu zelo filantrópico, movida pelo generoso sentimento de philia, que, além de sustentar intrinsecamente a filosofia, transborda – enquanto amor à sabedoria – em amor à humanidade.
Na sua origem, como sabem, a designação de Academia provém da escola de filosofia que Platão fundou na Grécia em algum momento depois de 387 a.C., quando supostamente retornou de sua primeira visita à Itália e Sicília, junto a um jardim a noroeste de Atenas, em terreno dedicado à deusa Atena que, segundo a tradição, pertencera a uma personagem mitológica com o nome de Academos.
Honrou-me sobremodo o convite do presidente José Cimino para juntar-me a esta confraria de filósofos: aceitei-o de imediato, convencido da verdade das palavras contidas em provérbios muito conhecidos que dizem: "Junta-te aos bons e serás um deles" e "Dize-me com quem andas e te direi quem és". Parecem ambos serem ecos do livro bíblico de Provérbios 13:20 que diz: "Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição", em tradução de João Ferreira de Almeida.
É com ânimo misto de humildade e simplicidade que adentro esta confraria de amigos da sabedoria, propondo-me a dar minha parcela de contribuição noética para a consecução de seus elevados objetivos, agradecido por ter sido considerado merecedor de partilhar conceitos e ideias com esta plêiade de pensadores seletos.
Mesmo antes de ser membro desta douta Casa de Sabedoria, já tinha sido convidado pelo presidente para falar sobre a Ética de Epicuro. Impossibilitado de dar essa contribuição na data que me fixou, estou pronto a voltar na primeira oportunidade para falar de um tema de interesse dessa Academia.
Se me permitem, neste primeiro contato com vocês, gostaria de oferecer, neste espaço para meu discurso de posse, uma breve introdução geral à palestra de hoje que constará de uma reflexão sobre o pensamento ético de Epicuro, a ser proferida pelo Prof. José Cimino e mais voltada à doutrina de Epicuro.
Poucos dos numerosos e extensos escritos de Epicuro sobreviveram e há muitas lacunas no nosso conhecimento de sua filosofia. Mas, embora estudantes do Epicurismo com razão se queixem da perda do monumental poema Da Natureza, em 37 livros, e outras obras importantes do mestre, consolam-se com o pensamento de que nenhum outro filósofo antigo teve seguidores que produziram obras tão notáveis pela forma como foram publicadas e pelas circunstâncias nas quais sobreviveram. A seguir, apresento os 4 autores aos quais a doutrina de Epicuro deve a sua sobrevivência e a sua transmissão através dos séculos. A figura de Epicuro é uma das mais relevantes do panorama filosófico grego, em especial pelo impacto que seu pensamento tem exercido sobre o homem moderno.
Inicialmente, há Tito Lucrécio Caro (99 a.C.-55 a.C.), o qual, embora tenha usado o tratamento poético da ciência e da filosofia – tarefa mais extremamente difícil –, e ainda que Epicuro tivesse desencorajado a escrita de poesia, logrou transmutar a física epicúrea em um dos mais grandiosos poemas jamais escritos, Da Natureza das Coisas (De Rerum Natura) e assim garantiu a sobrevivência da obra do filósofo grego de Samos. Além de fonte preciosa para o conhecimento do epicurismo, o poema de Lucrécio tem grande importância literária e seus versos consagram o autor como um dos maiores poetas latinos.
Em seguida, há Filodemo de Gádara (110 a.C., Gádara, Síria-40 a.C., Herculano, Itália), ortodoxo na sua escolha da prosa para a sua obra filosófica, embora não-ortodoxo em sua composição de epigramas de amor; seus escritos em prosa eram desconhecidos, até que fragmentos deles foram descobertos entre os rolos da vila dos papiros, em Herculano.
Mais recentemente, nesta breve retrospectiva, na linha do tempo, vem o próximo autor, importantíssimo, porque foi o mais famoso dos biógrafos de filósofos da Antiguidade e porque preservou parte da obra de Epicuro: Diógenes Laércio (225 d.C., Cilícia, Síria-300 d.C., ?). Deu grande importância à filosofia epicúrea, reservando-lhe o capítulo X do seu livro "Vidas, doutrinas e sentenças dos filósofos ilustres", ou mais simplesmente: “Vidas dos filósofos ilustres”. Constam desse capítulo:
A carta escrita pelo filósofo Epicuro a seu discípulo Meneceu, transcrita por Diógenes Laércio no capítulo X (dedicado a Epicuro e especialmente apreciado pelos historiadores e filósofos) é importantíssima, porquanto é uma das poucas fontes referentes ao pensamento de Epicuro (a maior parte das obras do seu autor se perderam) sobre os assuntos ali tratados: a ética e a busca da felicidade.
Diógenes Laércio não salvou apenas a dita carta do olvido; no capítulo X, salvou ainda a carta de Epicuro a Heródoto, onde a física de Epicuro é exposta, e na qual são discutidos os princípios, o método e a constituição do mundo; além disso, preservou da destruição a carta de Epicuro a Pithoclês, cujo eixo é um estudo dos meteoros ou fenômenos naturais; e, finalmente, transcreveu as Máximas Principais (Οι Κύριες Δόξες) de Epicuro.
Sobre a vida de Laércio, o principal biógrafo da filosofia grega, sabe-se pouca coisa: apenas que nasceu na Cilícia, ao norte da Síria. Há quase uma unanimidade sobre seu período de vida, mas ignora-se quais foram seus pais, a sua formação e tendência filosófica, sua profissão e o local de sua morte. Ou seja, é impressionante que esse autor, cuja obra é citada em todos os estudos sobre a história da filosofia, seja um desconhecido biograficamente.
Vejamos o que o doxógrafo Diógenes Laércio diz de Epicuro como autor, segundo [LAÊRTIOS, 2008, 289] ¹:
"Epicuro foi um polígrafo extraordinário, e superou todos os seus antecessores pelo número de obras, que totalizaram cerca de trezentos volumes; nelas não há citações de outros autores, sendo todas as palavras do próprio Epicuro. (...) São esses então os dados sobre as obras de Epicuro e suas peculiaridades, sendo as melhores entre elas as seguintes: Da Natureza, em trinta e sete livros; Dos Átomos e do Vazio; Do Amor; Epítome dos Livros contra os Físicos; Contra os Megáricos, Problemas; Máximas Principais; Do que deve ser escolhido e rejeitado; Do Fim Supremo; Do Critério, ou Cânon, Cairêdemos; Dos Deuses; Da Santidade; Hegesiânax; Dos Modos de Vida, em quatro livros; Da Maneira Justa de Agir; Neoclês, a Temista; O Banquete; Eurílocos, a Metrôdoros; Da Visão; Do Ângulo no Átomo; Do Tato; Do Destino; Opiniões sobre os Sentimentos; Contra Timocrates; Prognóstico; Exortação à Filosofia; Das Imagens; Da Apresentação; Aristôbulos; Da Música; Da Justiça e das Outras Formas de Excelência; Dos Benefícios e da Gratidão; Polimedes; Timocrates, em três livros; Opiniões sobre as Doenças e a Morte, a Mitres; Calistolás; Da Realeza; Anaximenes; Epístolas." ²
Mas talvez ainda mais notável que Lucrécio ou Filodemo, pela maneira como sua obra foi publicada e foi preservada para nós, é a de um epicureano, que, embora sem dúvida vá ficar menos famoso do que Lucrécio e Filodemo, precisa ser considerado por nós como de crescente importância por nos ajudar a preencher algumas das lacunas em nosso conhecimento do Epicurismo. Refiro-me a Diógenes de Enoanda, um filósofo grego do século II que divulgou a filosofia de Epicuro como representante do epicurismo moral. É conhecido por ter mandado gravar as máximas epicúreas sobre um muro, de 80 metros de largura por quase 4 metros de altura, totalizando uns 200 blocos da antiga cidade de Enoanda na Lícia, sudoeste da atual Turquia, na altura da ilha de Rhodes. O muro foi destruído por um terremoto ainda na antiguidade, e muitos de seus blocos de pedra foram espalhados e enterrados. Era a maior inscrição do mundo grego que conhecemos.
Dizem que se localizava perto da ágora da cidade, como uma mensagem sugestiva de salvação, como um evangelho filosófico, não só para os seus concidadãos, mas também para todos os que por ali passassem, constituindo um alerta para que os cidadãos que comprassem nas lojas de Enoanda não esperassem encontrar a felicidade, comprando.
Exatamente há 135 anos atrás, Diógenes de Enoanda não era apenas um desconhecido à fama; era um desconhecido de qualquer um no mundo. O crédito por salvá-lo de muitos séculos de esquecimento pertence à Escola Francesa de Atenas. Em 1884, em Enoanda nas montanhas do Norte da Lícia, a obscuridade e a frieza de dezembro foi clareada e aquecida para dois epigrafistas, Maurice Holleaux e Pierre Paris, com idade de 23 e 25 anos respectivamente, quando fizeram uma descoberta excitante e totalmente inesperada: ao pé de uma grande muralha encontraram cinco blocos de pedra calcária com inscrição em grego, cujo assunto mostrava que eles eram parte de uma grande inscrição filosófica, erigida por um epicureano idoso para o benefício e salvação de uma humanidade sem as luzes tanto de sua própria época quanto do futuro. O nome deste filantropo epicureano, que quase certamente viveu no segundo século d.C., era até então ignorado, e Holleaux e Paris foram incapazes de continuar sua investigação.
Diógenes de Enoanda: hacer hablar a las piedras |
Contudo, em junho de 1885, dois colegas seus, Georges Cousin e Charles Diehl, com idade de 24 e 25 anos respectivamente, continuaram a exploração de Enoanda. Cousin conta que eles descobriram 22 fragmentos da inscrição de Diógenes. Em outubro de 1889, Cousin voltou para encontrar, de acordo com seu relato, 40 fragmentos, embora um deles, conforme Usener viu, era de fato parte de um bloco que Cousin e Diehl tinham encontrado em 1885, e três pequenos pedaços, que Cousin publicou como fragmentos separados, pertencem, como o arqueólogo austríaco Rudolf Heberdey e filólogo austríaco Ernst Kalinka (HK) mostraram, a um único bloco, de forma que o total revisto dos fragmentos encontrados em 1889 é de 37. O total de fragmentos encontrados em 1885 também precisa ser revisto, pois, como veremos, dois dos “novos” fragmentos encontrados por HK já tinham sido descobertos (desconhecidos aos austríacos) pelos franceses, e é certo que ambos foram descobertos em 1885, embora Cousin nunca os mencione e nunca os tenha publicado.
Em 1892 Cousin publicou os fragmentos descobertos por si e seus compatriotas. Tal iniciativa, entretanto, não satisfez as exigências científicas: não forneceu medidas ou desenhos das pedras; sua cópia dos fragmentos foi muitas vezes incorreta e incompleta; ofereceu apenas mínimas recuperações do texto; e tinha pouco a dizer sobre o assunto da inscrição.
Os experts em Diógenes compararam naturalmente e contrastaram seu trabalho com o de HK, os quais, depois que a Comissão da Ásia Menor da Academia Austríaca tinha obtido a permissão escrita de Théophile Homolle, Diretor da Escola Francesa, visitaram Enoanda em 1895, recopiaram tantos dos fragmentos descobertos pelos franceses quantos puderam encontrar, descobriram 24 fragmentos não publicados (dois dos quais, como apontei acima, já tinham sido descobertos pelos franceses), e publicaram todos os fragmentos, com medidas e desenhos, em 1897. A edição de HK foi muito superior à de Cousin, embora a cópia deles não tenha sido de forma nenhuma sem falha e não seja sempre seguro assumir que, onde Cousin e HK discordam, Cousin esteja equivocado e HK estejam corretos. Contudo, os austríacos foram muito menos bem sucedidos que os franceses em fazer novas descobertas, mesmo que, como provaram os recentes acontecimentos em Enoanda, muito mais restou por descobrir.
Em seguida, eles continuaram em várias ocasiões as escavações (a última campanha ficou a cargo dos arqueólogos britânicos de 1974 a 1983) para coletar os muitos fragmentos que restaram delas.
Resumo da ópera: Só graças ao trabalho meticuloso de reconstrução que arqueólogos e filólogos realizaram, podemos hoje fazer uma ideia clara de seu conteúdo. É difícil avaliar qual percentual da inscrição nos ficou, repartido em numerosos fragmentos de tamanhos muito diferentes; talvez um terço, um pouco mais ou menos. (Martin Ferguson Smith calcula que teria cerca de 25.000 palavras e foi capaz de editar 212 fragmentos, embora alguns muito breves).
Como vimos, a primeira edição desses fragmentos foi feita por G. Cousin em 1892. Depois vieram as edições progressivamente mais amplas, sistemáticas e com comentários de J. Williams (1907), edições de A. Grilli (1960), C. W. Chilton (1967), A. Casanova (1984) e M. F. Smith (1993).
J. Williams. Diogenis Oenoandensis Fragmenta, Leipzig, 1907.
A. Grilli. Diogenis Oenoandensis Fragmenta, Milán, 1960.
C. W. Chilton. Diogenis Oenoandensis Fragmenta, Leipzig, 1967.
A. Casanova. I frammenti di Diogene di Oenoanda, Florencia, 1984.
M. F . Smith. Diogenes of Oenoanda, The Epicurean Inscription, Bibliopolis, Nápoles, 1993.
Para fazer um estudo detalhado dos fragmentos, recomendamos consultar a edição que acabamos de citar, de Martin Ferguson Smith, The Epicurean Inscription, Bibliopolis, Nápoles, 1993. Este esplêndido volume de 660 páginas, não só constitui a edição crítica mais completa dos textos, mas também com seus comentários e sua extensa bibliografia oferece uma perspectiva muito bem documentada e atualizada dos estudos sobre Diógenes de Enoanda, fruto de muitos anos de trabalho na área mesma de escavações e de reflexões muito aguçadas sobre os textos, difíceis em muitos pontos não só pela sua terminologia epicúrea, mas acima de tudo, como é óbvio, pelo seu caráter fragmentário.
Embora eu quisesse oferecer uma tradução com mais notas e comentários oportunos sobre seu conteúdo e apresentação, que provavelmente os leitores teriam apreciado, preferi deixar essas extensões para outra ocasião, já que nossa intenção atual é apresentar esses textos de Diógenes como testemunho da sobrevivência do Epicurismo e como complemento aos escassos textos preservados de Epicuro. Certamente, nosso bom Diógenes de Enoanda não foi um pensador original, nem pretendia trazer novidades ou críticas substantivas à mensagem filosófica de seu mestre. Ele não era um grande filósofo, apenas um entusiasta e sincero adepto da doutrina epicurista. Com a melhor vontade do mundo, com um zelo filantrópico, como ele mesmo nos declara preliminarmente, queria repetir e destacar com seu resumo as linhas principais da filosofia epicurista, seus grandes lemas e seus princípios básicos, e deixá-los ali, ao alcance de todos os passantes de boa vontade e de critério sensato, recomendando esses ensinamentos como caminho para a felicidade. Um propósito muito louvável, é claro, para uma ocorrência realmente espetacular: o de inscrever as palavras do mestre no grande mural de pedra, como um monumento público a essa mensagem e caminho de salvação.
Martin Ferguson Smith: "como um papiro desenrolado, como imitação de livros contemporâneos" |
Quanto à apresentação do conteúdo, parece estar claramente distribuído em várias seções e em colunas separadas que são fáceis de ler. ³ Podemos distinguir várias seções. Uma primeira que trata de Física, seguida por outra de Ética, depois outra que trata da velhice, e uma última que inclui as máximas de Epicuro (entre elas algumas Máximas Capitais), e outros textos dele, como a "Carta à mãe", e algum outro curioso relato (como o "naufrágio de Epicuro"). Há também várias cartas de Diógenes de Enoanda a amigos distantes, com conselhos afetuosos de proselitismo e notícias sobre outros epicuristas. Essa mistura do pessoal e do doutrinal parece muito típica dos círculos epicuristas, que professavam um culto afetuoso à memória do mestre e à amizade mútua, no que esbanjam as cartas e os conselhos.
De Diógenes de Enoanda sabemos o que ele nos conta. Ele já estava "no ocaso da vida" quando encomendou a gravação desses textos, e estava doente, talvez do coração ou do estômago. Impulsionado por seu bom caráter e sua idade avançada, estava preparado para dedicar em sua inscrição algumas palavras sinceras em defesa da velhice, tão caluniada pela tradição literária grega. E ele soube enfatizar como os prazeres autênticos - como amizade e bom senso - são fáceis de alcançar e a dor não deve nos assustar demais. Nada em sua mensagem se desvia dos ensinamentos do mestre. Ele também não se importava em ser um escritor refinado, a exemplo de Epicuro. (M. F. Smith está certo, eu acho, ao defender o estilo de nosso Diógenes, contra aqueles que o tacharam de um escritor medíocre; mas não pretendia ser nem um bom estilista nem um retórico). Ele deve ter sido uma pessoa de certa fortuna, já que custeou tão magníficas construção e inscrição; e é provável, portanto, que ele tenha ocupado algum cargo político em sua cidade. Mas, como um bom epicurista, ele não fala sobre política e avisa que nem riqueza, nem cargo público nem trabalhos ambiciosos trazem felicidade de ânimo.
Não sabemos quando ele viveu ou, portanto, de quando esta inscrição monumental deve ser datada. Costuma-se dar o final do segundo século como data provável, mas M. F. Smith dá boas razões para retroagir essa data para 120 d. C. (isto é, à época dos Antoninos), o que, por outro lado, parece consistente com o período de prosperidade naquela área do Império.
A INSCRIÇÃO EPICÚREA, segundo M. F. Smith, de forma resumida e por subtítulos:
Física (fragm. 1-27)
Ética (fragm. 28-61)
Carta a Antipater (fragm. 62-7)
Carta a Dionysius (e Carus?) (fragm. 69-75)
Fragmentos de posição incerta com pequenas letras (fragm. 76-96)
Máximas (fragm. 97-116)
Instruções a familiares e amigos (fragm. 117-8)
Escritos em colunas de 10 linhas (fragm. 119-136)
Velhice (fragm. 137-179)
Fragmentos de posição incerta (fragm. 180-1)
NOTAS EXPLICATIVAS
¹ LAÊRTIOS, Diógenes: Vidas, doutrinas e sentenças dos filósofos ilustres, Ed. UnB, 2008, 357 p.
² Cf. BRAGA, Francisco José dos Santos: https://bragamusician.blogspot.com/2018/03/carta-de-epicuro-meneceu-parte-1.html
https://bragamusician.blogspot.com/2018/03/carta-de-epicuro-meneceu-parte-2.html
³ [SMITH, 1993: 76-108] descreve a extensão e disposição dos temas, assim como a forma da escritura, e todos os detalhes epigráficos. Digno de destaque é este trecho na p. 83: “Cada seção da inscrição de Diógenes foi apresentada como um papiro desenrolado, como imitação de livros contemporâneos, oferecendo assim a disposição do texto em colunas, e também ao longo das linhas, nas regras da divisão das sílabas e no método de pontuação usado.” E seria, naturalmente, interessante saber se o próprio Diógenes tinha apresentado seus escritos em um livro e se essa versão em papiro poderia ser tomada como base e modelo para a grande inscrição em pedra.
² Cf. BRAGA, Francisco José dos Santos: https://bragamusician.blogspot.com/2018/03/carta-de-epicuro-meneceu-parte-1.html
https://bragamusician.blogspot.com/2018/03/carta-de-epicuro-meneceu-parte-2.html
³ [SMITH, 1993: 76-108] descreve a extensão e disposição dos temas, assim como a forma da escritura, e todos os detalhes epigráficos. Digno de destaque é este trecho na p. 83: “Cada seção da inscrição de Diógenes foi apresentada como um papiro desenrolado, como imitação de livros contemporâneos, oferecendo assim a disposição do texto em colunas, e também ao longo das linhas, nas regras da divisão das sílabas e no método de pontuação usado.” E seria, naturalmente, interessante saber se o próprio Diógenes tinha apresentado seus escritos em um livro e se essa versão em papiro poderia ser tomada como base e modelo para a grande inscrição em pedra.
AGRADECIMENTO
16 comentários:
Em 16/05/2019, tive a honra de ser recepcionado como membro efetivo da Academia Mantiqueira de Estudos Filosóficos-AMEF, presidida pelo Professor José Cimino em Barbacena-MG, na mesma data em que a EPCAr comemorava 70 anos de vida profícua e de grandes serviços prestados à mesma cidade.
A cerimônia realizou-se na sede da Academia Barbacenense de Letras, presidida pelo Prof. Mário Celso Rios, com a presença de Acadêmicos de ambas as Academias.
Tenho o prazer de enviar-lhe o discurso que proferi na ocasião, onde faço uma breve introdução geral ao pensamento ético de Epicuro e às fontes que divulgaram e preservaram as doutrinas do filósofo de Samos ao longo da história, destacando o importante papel que o "Jardim" exerceu no cenário grego da época e até o presente.
https://bragamusician.blogspot.com/2019/05/meu-discurso-de-posse-na-academia.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Bravo!
Parabéns!
Que seja mais um espaço para você brilhar. Mauricio
Sobre sua posse na AMEF aos 16-05-2019:
Foi um momento de imensa satisfação, pois a AMEF, entidade que valoriza o ser pensante autônomo, pôde recepcionar você, o pesquisador FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS BRAGA que é leitor crítico e investigador do essencial em termos dos parâmetros da cultura ocidental. Sua conferência sobre o tema Epicuro: sua concepção de mundo, humanidade e ética é um ensaio profundo e erudito, prova inequívoca de uma pessoa de significativa formação humanista como homem e literato.
Portanto, nossas homenagens!
Atenciosamente,
MÁRIO CELSO RIOS
e doravante seu associado!
Parabéns !
Abs.,
Eudóxia .
PARABÉNS !
Grato pelo envio da magnifica peça, caro Braga, digna de seu talento e cultura filosófica. Abraço do Fernando Teixeira
Parabéns!
Marlene Gandra
Parabéns, meu amigo!
Abraço pra vc e Rute!!!
Parabéns, meu caro.
Abraço de
Anderson
Caro professor Braga.
A historiografia de uma obra, seus "renascimentos", continuadores, recuperações e os focos pelo seu interesse ao longo do tempo são tão fascinantes e importantes para um entendimento mais abrangente dela, quanto a própria obra em si. Grato pela postagem e parabéns pelo levantamento e discurso apresentados a essa sua nova Casa.
Cumprimentos
Cupertino
Prezado amigo e ilustre acadêmico Francisco Braga:
Estou ansioso para vê-lo empossado na Academia Marianense de Letras, colecionando mais uma honraria acadêmica, aliás muito bem merecida pelo seu vasto saber e erudição.
Espero que seu discurso de posse em Mariana seja mais ameno à minha insipiência que o discurso sôbre o filósofo Epicuro, coisa comum à sua verve de minucioso pesquisador e impenitente vasculhador da história antiga e moderna!
Já lhe disse que meus conhecimentos não vão muito além de um bloco de cedro e de um formão.
Não sei o que mais lhe devo admirar: Se sua humildade ou o homem culto e polivalente.
Abraço fraterno de
Hélio Petrus
Um belo discurso. Erudito. Profundo. Único.
Um abraço
Parabéns pela posse na Academia e pelo discurso proferido, o que nos mostra uma profunda pesquisa resultando um grande sucesso.
Notável acadêmico Braga!
Temos a grata satisfação de cumprimentá-lo pela merecida posse na arcádia, orgulho para todos os mineiros; suporte da cultura das Alterozas.
Sucesso a você amigo e confrade e à dona Rute.
Saudações basilianas,
Passos de Carvalho
Sócio Efetivo do IHG/São João del-Rey/MG
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