terça-feira, 30 de julho de 2013

SOFRER NÃO SIGNIFICA MORRER E A GRÉCIA SEM VOZ


Por Francisco José dos Santos Braga



I.  INTRODUÇÃO


Esta matéria tem título composto de dois artigos da autoria de José-Manuel Lamarque, que ofereço abaixo em II e III.

O primeiro artigo supracitado — Sofrer Não Significa Morrer — foi traduzido por mim diretamente da língua grega em II, tendo circulado por toda a Grécia e — por que não dizer? — por todo o mundo, provocando manifestações de apoio, não só por parte de filo-helenistas ¹ e de simpatizantes da causa grega, mas também de pessoas que ignoravam a "rede de intrigas" e manipulação por parte das mídias de comunicação. Por que preferi a tradução grega ao texto original em francês? Simplesmente por apresentar certas passagens mais auto-explicativas, deixando mais claros os conceitos postos pelo autor. Este primeiro artigo intitulado "Souffrir n' est pas mourir" foi postado por Lamarque no seu blog "Help the Greek People" em 25 de maio de 2012. Em adição a esse artigo de José-Manuel Lamarque, apresento dois comentários feitos à publicação do artigo, que podem ser lidos no seu blog, representando apoio de dois leitores à mobilização proposta pelo amigo-da-Grécia em favor dos Gregos e trazendo um interessante contraponto ao debate.

Anteriormente, em 30 de março de 2012, Lamarque tinha postado no seu blog um artigo de grande repercussão intitulado "La Grèce sans Voix", onde convocava os Gregos à reação com palavras muito fortes e que ofereço abaixo no III, em minha tradução diretamente agora do francês.

José-Manuel Lamarque definiu a si mesmo como "jornalista, especializado em assuntos europeus e de geopolítica. Defrontado com a situação na Grécia, perguntou-se como podia ajudar colocando-se a serviço do povo grego. O melhor modo foi falar ao vivo aos Gregos e a todos quantos amam este país, através de um Blog (http://www.helpthegreekpeople.blogspot.com). Tal plataforma de liberdade de discurso lhe dá a possibilidade de divulgar seus pensamentos, suas ideias e seu amor pela Grécia. Acredita em todas as iniciativas a favor desse país, porque para ele é preciso impreterivelmente salvarmos e tornarmos a dar a esperança ao povo grego, com o propósito de mostrarmos que não está sozinho. Mesmo que sua contribuição seja uma gota no Mediterrâneo, acredita que a soma das gotas possa tornar-se um rio." ²

Lamarque escreveu pelo menos os seguintes livros:
Petit dictionnaire insolite du basque et des Basques (Larousse, 2013)
Balkans! Entretiens Avec José-Manuel Lamarque (co-autoria com Vesna Krstic, 2007)
Pourquoi les français sont les moins fréquentables de la planète (co-autoria com Olivier Clodong, 2005).

Conscientizar os povos de língua portuguesa das dificuldades por que passa o povo grego é o objetivo desse meu empreendimento, já que não encontrei nenhuma boa tradução dos referidos textos na Internet em português. O que aí existe é apenas alguma tradução on-line gratuita do Google, que traz muitas imperfeições.





II.  SOFRER NÃO SIGNIFICA MORRER

Por José-Manuel Lamarque


A Grécia e os Gregos sofrem em silêncio.

De quatro anos a esta parte, a Grécia se constrange diante do dedo apontado, os Gregos são insultados, o país está na berlinda, como se fora um buraco negro da Europa. Talvez isso aconteça porque a Grécia é um país mediterrâneo.

Se a Grécia se localizasse ao norte da Alemanha, entre a Suécia e a Finlândia, certamente já lhe teríamos encontrado alguma desculpa. Se se tratasse de um país protestante onde o sol brilha apenas poucas horas por ano, enquanto as pessoas se comprimem pelo frio da noite durante um grande período, então encontraríamos para a Grécia alguma desculpa séria e procuraríamos outro culpado.

Quando a Islândia se recusa a pagar a sua dívida, não dizemos nada. Não a acusamos, nem a apoiamos. Silêncio absoluto! Protestar no supracitado contexto é saudável, porque é "puro" e não faz barulho. E claro, um tal protesto é aceito por todos, porque preferimos hipocritamente a estética de um quadro em que protestam pessoas louras e "puras" congregadas  que, quando falam, ficam inexpressíveis mantendo imóveis suas mãos, não mexendo nem mesmo a sua cabeça. E, em seguida, os protestantes vão à sauna.

Os Gregos iriam, de preferência, ao "hammam" ³. E a Grécia foi ocupada pelos Turcos havia muitos anos atrás. E hoje que a Turquia tenta entrar na Europa, esta lhe mantém a porta aberta, embora no último instante é utilizado o conceito de "segurança" para a perspectiva europeia fechá-la diplomaticamente. Assim, então, o fato de ter sido conquistada pelos Turcos, ser mediterrânea e país de religião ortodoxa é algo negativo aos olhos do europeus do Norte. Não, realmente não pode a Europa confiar em "tais pessoas". A Grécia é como a Espanha. Os Espanhóis tinham sido ocupados pelos  Mouros, portanto o espanhol tem algo árabe no seu sangue, e para compreenderes isso basta simplesmente olhares para Alhambra. No que se refere à Itália, poderíamos confiar nela, embora seja ela também um país do Mediterrâneo, contudo lá há a máfia, a nangretta , a camorra e o Vaticano. Em suma, isso é suficiente para termos argumentos de forma a decidirmos não confiar nos Italianos. Por fim, há também Portugal. Cinquenta anos de ditadura fascista assombram o seu passado. Então, Portugal é um país fascista, como a Espanha de Franco e a Grécia dos coronéis. Não, não devemos confiar nos países mediterrâneos. Claro, não falamos de maneira nenhuma sobre a Alemanha e a Finlândia nazistas, e qualquer outro país que colaborou com os Nazis. Não, ali esquecemos o passado, porque esses são os célebres países do Norte e podemos confiar neles de qualquer maneira. Claro, não esquecemos que também a França e a Bélgica, bem como a Hungria, colaboraram também de algum modo com os Nazis. E finalmente este silogismo niilista termina com um fato: que o Reino Unido é a única verdadeira democracia europeia.

Quanto tempo, porém, vai durar essa tolice? Quanto tempo se tolerará que os Gregos sejam considerados tolos e ladrões? ... Que a classe política grega nunca tenha tido a ideia de modernizar o Estado grego, é um fato. Talvez o único político grego que tenha desejado desenvolver politicamente seu país seja Elefthérios Venizelos, que marcou a história da Grécia. 

Mas, quando Romano Prodi, presidente da Comissão Europeia, sugeriu a auditoria das contas públicas nacionais dos estados-membros da União Europeia em 2003, a França, a Alemanha e a Itália recusaram. Recusaram, sabendo que as contas da Grécia estavam fraudadas. Sabiam que o povo grego ignorava tudo. Além disso, alguém jamais pediu a restruturação política do Estado grego? Não, ninguém na Europa nunca o pediu. Dado que a Grécia era vista como uma destinação turística e um país de produção de óleo de oliva, considerou-se que tudo ia bem. Os Gregos ficaram, todo esse tempo, europeus de segunda categoria que contribuem para se completar o grande banquete.

Falando sobre a história da Grécia e a Antiguidade, é verdade que todos admitem que Pitágoras, Sócrates, Platão, Heródoto e muitos outros, viveram na Grécia, mas em passado distante. E hoje todos nós acusamos os Gregos e nos perguntamos se construíram algum dia aviões, centrais nucleares, automóveis. Houve durante todo esse tempo um produto "made in Greece", com exceção do queijo feta ? Não, porque a Grécia permanece durante todos esses anos o país dos camponeses pobres e dos pequenos burgueses que conversam alto e passeiam com combolóïs na mão, comem mais legumes que carne, enquanto as tortas doces lhes dão na boca o gosto de um beijo melado. E se a Grécia finalmente falir, se abandonar a eurozona ou a União Europeia, o que dirá a Europa em dez anos sobre ela? ... "Nós nada sabíamos!"... "Somos responsáveis, mas não somos culpados!"... etc. A responsabilidade retornará aos Gregos, uma vez mais.

Já estou farto de todos esses estereótipos! 

Não posso suportar mais que o fato de alguém pertencer a um povo mediterrâneo tenha se tornado sinônimo de escravidão psicológica moderna de um tipo especial. Infelizmente, no presente os Gregos se calam e não reagem energicamente. Eles estão errados. Sei que é fácil alguém escrever isso vivendo em Paris. Mas eu o escrevo porque quero, através das minhas palavras, insuflar confiança em todos os Gregos e dizer-lhes que devem confiar na sua juventude e lhe entregar as chaves do poder para modernizar o país que respeitará, ao mesmo tempo, o seu patrimônio e a sua diversidade. Tudo é possível, porque a vida verdadeira não tem preço. E mais irrisório ainda é o preço da dívida grega que, de qualquer maneira, os Gregos não têm a capacidade de quitá-la. Por um lado, a Alemanha regula o juro do seu empréstimo para o serviço da sua dívida nacional em 2% e, por outro lado, obriga a Grécia a um juro escorchante de 30%.

Basta a comédia!

Então eu escrevo e grito publicamente que os Gregos não são responsáveis por nada. Os Gregos são iguais a qualquer outro povo no planeta. Os Gregos têm o direito de viver no seu país, na sua terra, de acordo com seus costumes e tradições. Quanto a nós, devemos simplesmente ajudá-los a construirem um Estado moderno que administrará a Grécia como uma democracia real, nas bases de uma política social igualitária e de um impulso produtivo que criará desenvolvimento em benefício do próprio país.

Além disso, a destruição da Grécia terá um impacto muito ruim, sobretudo para o futuro da Europa. Sou francês, mas sinto-me grego na alma, e apóio, em toda a parte e sempre, a Grécia. Toda a Grécia.

Tradução para o grego por Lazaros Mavromatidis

Fonte: http://kostasxan.blogspot.com.br/2013/07/blog-post_129.html


Após a publicação do texto supracitado no seu blog "Help the Greek People", em 25 de maio de 2012, José-Manuel Lamarque recebeu inúmeros comentários vindos de várias partes do mundo. Vou apresentar dois deles, que mais me tocaram pelas razões já expostas na Introdução.

16 de setembro de 2012, 02:27
Obrigado por seu apoio, mas uma parte do problema é o estereótipo da imagem do seu post: os Gregos de hoje são mais modernos e trajam vestes europeias, à moda francesa e italiana. Não se vai mais ao hammam, há 200 anos; e o sol não é a única coisa que podemos oferecer. Temos uma cultura excelente, os jovens Gregos são bem educados e produzimos "délicatesses" muito bem conhecidas. E, claro, nossos monumentos antigos e as igrejas bizantinas são maravilhosas.
Viki

20 de setembro de 2012, 08:12
Somos gratos. Você é realmente um Grego como "Helenos são todos aqueles povos compartilhando a antiga espiritualidade e a sede de liberdade gregas." Helenos ao redor do mundo lhe agradecem por erguer-se contra o novo fascismo econômico. Temos sido traídos por nossos líderes políticos, mas estamos ainda de pé, lutaremos por nossa liberdade, por nossos filhos, para que eles tenham um amanhã e tenham direito ao sonho e à oportunidade de serem criativos. Lutaremos por uma Hélade livre e por uma Europa livre. Obrigado, compatriota francês-grego, Sr. José-Manuel Lamarque!
Georgios Kyriacou




III. A GRÉCIA SEM VOZ 

Por José-Manuel Lamarque


Enquanto a Europa vive uma crise sem precedente, nações como a Espanha se despertam aturdidas e vozes se fazem ouvir em favor do povo grego. Por que nenhuma voz se eleva na Grécia? Por que nenhum intelectual, nenhum artista, nenhuma figura faz ouvir o grito do desespero e o apelo à solidariedade?

Onde estão as filhas e netas de Bouboulina, Mélina Mércouri, Irène Papas?

Por que, no momento que a Grécia é um estado-membro da União Europeia e não um país isolado, por que  vem do Mar Egeu o silêncio ensurdecedor?

Quando a Grécia era uma ditadura, os Gregos do exílio, os refugiados políticos se faziam ouvir em toda a Europa. Mas hoje, nada senão um silêncio que nos surpreende e nos aturde.

Teriam os Gregos perdido seu senso da oposição, da resistência, do combate? Estão eles, à imagem dos inúmeros povos da Europa, fartos, extenuados, desesperados a ponto de se dizer que ninguém saberá escutá-los?

Então o rumor se extinguiu, lentamente, docemente, fracamente, para morrer no Mar Jônico.

Então, por que tentar compreender, esperar ajuda, desejar uma fraternidade dos povos da Europa para um povo cujas crianças e seu futuro estão em grande perigo? Por que cada hora, cada dia, cada semana alimentar a chama que quereria ser essa claridade na noite a fim de garantir aos Gregos que eles não estão mais sós?

Por que querer banir a noite e oferecer à Grécia uma aurora onde começará a aparecer o sol da esperança, quando milhares de mãos puxam, sempre e ainda, a cortina das trevas sobre seus corpos, e recusam a claridade da liberdade?

Seria isso a vã esperança de eleições que faria crer aos Helenos que um salvador, um homem providencial viria salvá-los tal a águia saltando das estrelas nas manhãs do mundo? Se eles o crêem, se eles cogitam isso, pode-se dissuadi-los, pois são seu próprio salvador.

Eu respeito vossos devaneios; não desejeis que eles me sorriam.


(postado no blog "Help the Greek People" em 30 de março de 2012)


IV.  REFERÊNCIAS  BIBLIOGRÁFICAS


¹  Vale a pena reproduzir aqui o que o historiador Rodrigo Elias escreveu no post intitulado "Uma cabeça, muitas coroas" com o subtítulo "Jovem e corajoso, D. Pedro serviu de esperança para homens que lutavam por independência ou fugiam do absolutismo na Europa": 

"Sob o domínio do Império Otomano desde 1453, alguns gregos passaram a cultivar um forte sentimento nacionalista a partir do final do século XVIII, principalmente por conta dos desdobramentos da Revolução Francesa. No início do século XIX, homens como o escritor Adamántios Koraís (1748-1833), que havia estudado na França, passaram a defender um retorno à “época de ouro” da Grécia, referência não só às glórias artísticas, literárias e filosóficas da Antiguidade, mas à autonomia política. No final da década de 1810, a agitação já envolvia boa parcela da população grega, desencadeando uma guerra de independência que se estendeu de 1821 a 1829.

O trono brasileiro foi o primeiro a ser negado
pelo jovem príncipe português, que negou ainda
as coroas da Grécia, da Espanha e de Portugal


Ofilo-helenismofoi um movimento que contava com homens de todas as partes que se solidarizaram com a causa grega e ganhava o crescente apoio do público europeu, mas não conseguia angariar o apoio dos Estados. A Grã-Bretanha, grande potência europeia, só apoiou a insurreição após 1823. Talvez por isso, logo no início da guerra contra o Império Otomano, uma delegação dos revolucionários chegou a Portugal com o objetivo de conseguir o apoio do país, que vivia a implantação de um regime liberal. No início de 1822, além de se encontrar em um momento de mudança política, o governo português se via às voltas com a iminente separação do Brasil. Instalado no Rio de Janeiro, o príncipe regente se recusara a retornar à Europa, contrariando a determinação da Assembleia Constitucional lusitana, em episódio que ficou conhecido como “O Fico”. 

D. Pedro I, o 'novo Constantino'

Um enviado grego, o capitão Nikolaou Kiefala, chegava com uma grande lista de autoridades e revolucionários gregos que apoiavam sua missão. Em carta datada de 16 de abril de 1822 e endereçada à “Alteza Real”, comparava D. Pedro I a Constantino, fundador de Constantinopla, capital do Império Romano, no século IV, e que agora sediava o Império Otomano: “o olhar da Grécia volta-se para a escolha de um Chefe Soberano dentre um digno e legítimo sucessor deste fundador de Constantinopla, sustentáculo da Religião Cristã”.
A carta foi enviada a Lisboa para conquistar a simpatia de D. João e de seu filho D. Miguel, e uma cópia seguiu para o Rio de Janeiro, onde só chegou após a Independência do Brasil. É possível que a estratégia dos gregos, mesmo que não conseguissem um príncipe português para liderar a luta pela sua libertação nacional – o que de fato não ocorreu –, tenha sido conquistar o apoio de uma nação próxima à Inglaterra, uma vez que a grande potência europeia não havia se manifestado a favor da causa helênica.  E nenhum país era mais próximo da Coroa britânica nessa época do que Portugal.
 
Não se conhece a resposta oficial dos príncipes portugueses, mas o fato é que Portugal e Brasil passavam por um momento crítico em 1822, e uma guerra contra um grande império islâmico no Mediterrâneo oriental não parecia algo muito atraente para D. Pedro ou para seu irmão D. Miguel. Em tom grandiloquente, Sergio Corrêa da Costa, que publicou estudo clássico sobre o tema em 1941, escreveu que D. Pedro I “resistiu à vaidade de ostentar em sua fronte o diadema da pátria de Homero e de Péricles”.

Fontehttp://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/uma-cabeca-muitas-coroas

Aqui cabem duas observações que passo a apresentar a seguir.
A primeira observação é um fato. Dom Pedro I ostentou o lema dos revoltosos gregos para a sua independência da ocupação dos Otomanos, utilizando-o para a nossa independência: "Independência ou morte" (Ελευθερία ή θάνατος, ou seja, Liberdade ou Morte). Esse é um grito conhecido, dito por vários líderes de países, indicando que seu país está a postos para lutar contra quem o coloniza. Seus casos mais famosos são Brasil e Romênia.

Outra observação é a homenagem que os Gregos e todos os filo-helenistas devem prestar a Lord Byron, o grande poeta romântico inglês, que teve importante papel na Independência da Grécia, solidarizando-se com a causa grega, apesar da hesitação da Grã-Bretanha.

²  Fonte: http://tvxs.gr/news/egrapsan-eipan/me-anthropismo-kai-allilyleggyi-toy-jose-manuel-lamarque

³   Local destinado ao banho turco.

  A grafia correta, segundo a Wikipedia, é 'Ndrangheta, em calabrês, palavra derivada do vocábulo grego  andragathia (ἀνδραγαθία), que significa coragem (ἀνδρ-) e bondade (αγαθία). É uma organização criminosa italiana, cuja zona de atuação predominante é a Calábria, apesar de não ser  tão conhecida internacionalmente como la Cosa Nostra siciliana.  ( Cf no endereço eletrônico: es.wikipedia.org/wiki/'Ndrangheta )

  Queijo coalhado típico da Grécia, feito tradicionalmente de leite de cabra e de ovelha. A partir de 2005, o feta passou a ser uma denominação de origem controlada na União Europeia, e definido como tendo pelo menos 70% do leite de ovelha, com o restante de leite de cabra. É servido como queijo de mesa, bem como em saladas, empadas, tortas e outros assados, especialmente naqueles com massas folhadas como a spanakópita (torta de espinafre) e tyrópita (torta de queijo).

⁶  O plural de combolóï, de fato, é combolóïa, por ser substantivo neutro (gr.: κομπολό[γ]ι, pl. κομπολόγια).

5 comentários:

Prof. José Maurício de Carvalho disse...

Muito bem. Mauricio.

José Rodrigues Dias disse...

Doktor Braga,

Gostei muito do seu artigo sobre a penúria dos gregos
e a sacanagem dos europeus para com eles.
São uns eternos sofredores invadidos por toda gente, desde os antigos romanos, turcos etc.. Πό πό !!!
Já mandou para o Alexandre? Já comentei com ele a respeito.

Abrs. Rodrigues

Ulisses Passarelli disse...

Parabéns pela escolha e tratamento do tema. Nele vemos os resultados da frieza da política internacional.
Abç.

Prof. Ulisses Passarelli disse...

Li o texto como disse que o faria. A Grécia pelo visto é uma espécie de bode expiatório... Parabéns, Braga.

Pe. Wolfgang Gruen, SDB (professor de Cultura Religiosa e Língua e Literatura Inglesa na FDB-Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras) disse...

Primeiramente, devo agradecer as excelentes pesquisas que me tem enviado, e que sempre leio com interesse, especialmente quando abordam temas ligados a S. João del-Rei e à Grécia Antiga, sua língua, literatura e cultura. Estudei um pouco de romaico quando de meu curso de Teologia (1950-1953): entre os pedreiros que trabalhavam na construção de um novo prédio, havia dois gregos analfabetos – em grego e em português (de grego só sabiam o alfabeto e escrever o próprio nome). Como eles moravam na área da construção, todas as noites eu ia lá para alfabetizá-los, em romaico e em português; e eles me ensinavam um pouco de romaico: meia hora cada. Claro que saí perdendo, pois eu dedicava mais tempo a eles; mas valeu para eu ter ao menos uma ideia das mudanças. Depois, consegui um livrinho de conversação (romaico-italiano).
Um forte abraço do amigo
Gruen