Por ISABELLE DUCHEMIN *
Tradução do francês por Francisco José dos Santos Braga
Transcrevemos com a devida vênia do jornal LE MONDE o dossiê de outubro de 2022, apresentado aqui das pp. 34 a 43, intitulado Entrevistas com um império, consistindo de uma seleção de extratos de ditos, discursos e obras de grandes personagens russos, ao longo de sete séculos.
O objetivo com este texto, segundo o editor, é que desloquemos o olhar, entendamos de forma diferente. E se olhássemos o mundo através de outros olhos para superar os nossos medos e preconceitos e enriquecer a nossa compreensão do curso da história? No foco está o mundo visto da Rússia. Desde a invasão da Ucrânia, o país tem simbolizado este "outro" assustador. É urgente compreender como a Rússia chegou até aqui. Como foi construída, quais foram as suas relações com o Ocidente, quem são os Russos, como vivem... No resumo, outros assuntos inusitados e excêntricos para ampliar nosso campo de visão.
INTRODUÇÃO
Uma república federal
A Rússia é uma federação de 85 súditos. Possui 46 regiões, 22 repúblicas, 9 territórios, 4 distritos autônomos, 3 cidades federais, 1 região autônoma. Uma divisão administrativa complexa, que reflete a história e a diversidade das populações.
Uma demografia a meio mastro
É o maior país do mundo, mas é dez vezes menos populoso que a China. O clima difícil é em parte culpado pela elevada mortalidade e pelo declínio migratório. Assim, desde cerca de 30 anos, a Rússia tem estado numa crise demográfica.
Entrevistas com um império
Desde sempre, a Rússia questiona a sua identidade, a sua missão no mundo e a sua relação com a Europa e o Ocidente. As respostas, com dimensões religiosas, políticas e civilizacionais, variam com o tempo e com as ideologias em ação.
Seleção dos extratos por Isabelle Duchemin.
SÉCULO XV-XVI: Moscou, terceira Roma
«Atentai bem, meus irmãos: Constantinopla brilhava como o sol, enquanto ali reinava a verdadeira fé, mas assim que ela a renegou unindo-se aos Latinos, caiu nas mãos dos infiéis».
FILIPE METROPOLITANO I (de 1464 a 1473), alusão à conquista de Constantinopla pelos Otomanos (1453), e à união (sem futuro) das Igrejas bizantina e latina no Concílio de Florença em 1439.
«Saiba, mui piedoso imperador, que todos os impérios pertencentes à religião cristã ortodoxa estão agora unidos em seu império: você é o único imperador dos cristãos de todo o mundo... Todos os impérios cristãos estão unidos em seu império. Depois de você, aguardamos o Império que não terá fim... Duas Romas caíram, mas a terceira permanece, e não haverá uma quarta.»
O MONGE FILOTEU DE PSKOV (1465-1542), carta endereçada ao czar Basílio III, por volta de 1510-1511.
SÉCULOS XVII-XIX: VISÃO IMPERIAL E EUROPEIZAÇÃO
«Grande ministro! Porque você não nasceu na minha época! Eu te teria dado metade do meu império para me ensinar como governar a outra.”
O CZAR PEDRO, O GRANDE (1672-1725) diante do túmulo do cardeal Richelieu (1717)
«As mudanças que Pedro, o Grande, empreendeu na Rússia tiveram sucesso muito facilmente porque os costumes que prevaleciam naquela época e que nos tinham sido introduzidos por uma miscelânea de diferentes povos e pela conquista de territórios estrangeiros não convinham absolutamente ao nosso clima. Pedro I, ao introduzir os usos e costumes da Europa a um povo europeu, achou então o processo muito mais fácil do que tinha esperado.»
IMPERATRIZ CATARINA II (1762-1796), artigo de Nakaz (Instrução) dirigida por Sua Majestade, a Imperatriz de Todas as Rússias, à comissão criada para trabalhar na execução do projeto de um novo código de leis, 1767.
O texto, escrito em francês, toma emprestado extensivamente d'O Espírito das Leis de Montesquieu (1748).
N.T.: O corpo do documento alega que a Rússia é uma potência europeia, e que a nação deve isso às reformas de Pedro, o Grande.
«Até o nome da França deveria ser exterminado! A igualdade é um monstro. [...] Proponho que todas as potências protestantes abracem a religião grega, para se salvarem elas próprias da praga irreligiosa, imoral, anárquica, abominável e diabólica, inimiga de Deus e dos tronos.»
IMPERATRIZ CATARINA II sobre a Revolução Francesa, cartas a Friedrich Melchior Grimm, fevereiro de 1793 e 1794. A familiaridade da imperatriz com o pensamento dos filósofos franceses do Iluminismo não a impede de desprezar a revolução que dele resultou.
«Há alguns anos, não se sabia na Europa mais sobre a Rússia e o seu povo do que sobre a Índias e a Pérsia, países com os quais os Estados europeus não têm qualquer relação, para além de algumas transações comerciais. Hoje, por outro lado, nada se faz, mesmo nas regiões mais distantes das nossas terras, sem que se procure a amizade e a aliança de Vossa Majestade ou sem temer a sua hostilidade.»
PIOTR SHAFIROV (1670-1739), vice-chanceler do Império Russo, de Pedro, o Grande, 1717. Nessa época, a Rússia tornou-se uma grande potência e possuía diplomatas em todas as capitais europeias.
«Certamente, a Rússia, através dos esforços e cuidados deste imperador, é doravante conhecida em toda a Europa e tem peso nos assuntos; seus exércitos estão devidamente organizados, sua frota cobriu o Mar Branco e o Mar Báltico, de modo que conseguiu prevalecer sobre os seus antigos inimigos, os Polacos e os Suecos, e conquistou bons territórios e portos bem localizados; certamente, as ciências, as artes e a indústria começaram a florescer na Rússia e o país começou a enriquecer. Os Russos transformaram-se em homens barbeados, e trocaram os seus casacos longos por roupas curtas, e socializaram-se habituando-se ao refinamento; mas, ao mesmo tempo, o verdadeiro apego à fé começou a desaparecer, [...] a firmeza enfraqueceu e deu lugar a bajulações atrevidas e insinuantes; o luxo e o prazer passaram a dominar, e com sua dominação o egoísmo começou a penetrar nas altas esferas judiciais a ponto de destruir as leis, em detrimento dos cidadãos.»
MIKHAIL SHTCHERBATOV (1733-1790), Sobre a corrupção da moral na Rússia. A obra foi censurada. Só foi publicada em 1858 em Londres.
N.T.: O mar Branco (em russo: Белое море) é um braço do mar de Barents na costa noroeste da Rússia. A totalidade do mar Branco encontra-se sob soberania russa. Destacam-se aí os importantes portos de Arkhangelsk e de Bielomorsk. O mar Branco e o mar Báltico estão conectados por um canal em Bielomorsk.
«Onde a bandeira russa foi hasteada uma vez, ela nunca deveria ser retirada.»
Czar Nicolau I (1825-1855) em relação à ilha de Sakhalin, 1850.
SÉCULO XIX: ESLAVÓFILOS CONTRA OCIDENTALISTAS
«Constantinopla deve ser nossa [...], não só porque esta cidade é um porto famoso, uma cidade ilustre do mundo, considerada o umbigo da Terra [...] mas porque é verdade que a Rússia é como um gigante que cresceu num quarto fechado por todos os lados [...] e que precisa respirar o ar livre dos oceanos.»
«Sim, o destino do Russo é paneuropeu e universal. Tornar-se um verdadeiro Russo não significa talvez tornar-se o irmão de todos os homens, o homem universal, se posso me exprimir assim.»
FIÓDOR DOSTOIÉVSKI (1821-1881), Diário de um escritor, 1877. Dostoiévski estava próximo do movimento eslavófilo, para o qual a Rússia é herdeira de Bizâncio e tem seu próprio gênio. Além disso, o acesso da Rússia aos mares quentes tem sido uma obsessão desde o século XVIII.
«Os Russos são chamados a concluir a obra dos bárbaros, a destruir os últimos restos do Império romano que definham ainda na Europa Ocidental. O Oriente vai ainda possuir o topo, mas é para regenerar pelo sangue e pelo fogo essa civilização debatedora e negociante que perverteu a Europa.»
VLADIMIR PETCHERIN (1807-1884) a Ivan Gagarin, Cartas, 1849. Convertido ao catolicismo, esse intelectual defende uma visão messiânica da Rússia.
«A própria ideia de que a Rússia pode ser a encarnação de uma ideia abstrata, de que constitui um mundo separado que legitimamente sucede ao famoso Império Bizantino, de que tinha a missão de unir todos os povos eslavos para renovar a espécie humana, nem nos ocorreu. Menos ainda poderíamos pensar que a Europa está mais uma vez pronta para sucumbir à barbárie e que estamos predestinados a salvar a civilização. Por outro lado, a nossa atitude para com a Europa foi marcada pela polidez, olhávamos para ela com veneração, pois sabíamos que a Europa nos ensinou muitas coisas, incluindo a nossa própria história.»
PIOTR TCHAADAEV (1794-1856). O escritor e filósofo representa o movimento ocidentalista, que defende a ideia de que a Rússia deve inspirar-se no modelo europeu para compensar o seu atraso social e moral, como evidenciado pela servidão.
«[A Rússia], sendo estranha ao mundo europeu e demasiado poderosa para descer ao papel de membro da família europeia, não pode encontrar qualquer outra situação digna da sua grandeza e do eslavismo do que a de chefe de um sistema político particular; iria assim contrabalançar, não qualquer estado europeu, mas toda a Europa.
Eis, para a Rússia, a vantagem e o significado da grande federação eslava. [...] A federação, depois de constituída, não ameaçará tornar-se soberana do universo; pelo contrário, ela será a única protetora do mundo contra tal dominação.»
NIKOLAI DANILEVSKI (1822-1885), Rússia e Europa, 1889. Este ideólogo do pan-eslavismo é uma das referências de Vladimir Putin.
«Camaradas, coloquem na cabeça que os proletários da União Soviética vivem numa fortaleza sitiada. Portanto, o regime soviético é o de uma fortaleza sitiada.»
MIKHAIL I. KALININ, presidente do Comitê Executivo Central dos Sovietes e depois do Soviete Supremo (1919-1946), novembro de 1934.
«Considero um erro publicar o discurso de Churchill em que elogia a Rússia e Stalin. Churchill precisa destas lisonjas para acalmar a sua consciência e esconder a sua atitude hostil para com a URSS e, em particular, para esconder o fato de que ele próprio e os seus seguidores no Partido Trabalhista estão a organizar um bloco anglo-franco-americano contra a União Soviética.»
JOSEF STALIN, Presidente do Conselho de Ministros da URSS (1946-1953), extrato de Stalin e do cosmopolitismo, documentos da seção de propaganda do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética dos anos 1945-1953.
«Em 43 anos de poder soviético, a outrora analfabeta Rússia, da qual alguns falavam com desprezo como um país atrasado, percorreu um caminho grandioso. Nosso país criou agora o primeiro satélite, foi o primeiro a lançá-lo no cosmo. Não será esta a manifestação mais marcante da autêntica liberdade do povo mais livre do mundo, o povo soviético? [...] Na verdade, livres não são os países onde os ricos exploram livremente aqueles que não têm pão – este é o mundo "livre” – mas os países onde todos os trabalhadores, todos os povos têm a possibilidade de desfrutar de todos os bens materiais e espirituais.»
NIKITA KHRUCHTCHEV, Presidente do Conselho de Ministros da URSS (1958-1964), trecho do discurso durante o retorno de Yuri Gagarin à Terra, 14 de abril de 1961.
UM PAÍS COMO QUALQUER OUTRO?
«Eles [os Ocidentais] se comportam conosco como professores escolares... Se não aceitarmos mais as [suas] proposições quase cominatórias, eles param de ser condescendentes para se tornarem irascíveis.»
ANDREI KOZYREV, ministro dos Assuntos Estrangeiros da Federação Russa (1990-1996) no governo de Boris Yeltsin.
«As pessoas querem viver num mundo em que as naves espaciais americanas e soviéticas se unam para viagens conjuntas e não para "guerra das estrelas". [...] As pessoas querem viver num mundo onde todos possam desfrutar do direito à vida, à liberdade e à felicidade e, claro, a outros direitos humanos, que devem ser garantidos na prática em qualquer sociedade desenvolvida, e um mundo onde a prosperidade de uns não seria obtida à custa da pobreza e do sofrimento de outros.»
MIKHAIL GORBATCHEV, líder da URSS (1985-1991), após assinar o tratado de redução de mísseis nucleares com os Estados Unidos, Washington, 1987].
«A Rússia deve ser o primeiro país a juntar-se à OTAN. Em seguida, os outros países da Europa central e oriental poderão entrar. Deveria haver uma espécie de cartel entre os Estados Unidos, a Rússia e os Europeus para ajudar a garantir e melhorar a segurança mundial.»
BORIS YELTSIN, presidente da Federação Russa (1991-1999) a Bill Clinton, presidente dos Estados Unidos, 1994.
SÉCULO XX: A CASA COMUM EUROPEIA
«A URSS e os Estados Unidos participam da casa comum. É com base em estereótipos obsoletos que continuamos a suspeitar de que a União Soviética tem planos hegemonistas, de querer dissociar os Estados Unidos da Europa. [...]
A filosofia do conceito de “casa comum europeia” exclui qualquer probabilidade de confronto armado, qualquer possibilidade de recurso à força ou à ameaça de força, em particular a força militar usada por uma aliança contra uma outra, no interior das alianças, onde quer que esteja.»
MIKHAIL GORBATCHOV, extrato do discurso perante o Conselho da Europa em Estrasburgo, 6 de julho de 1989.
«Aqueles que querem aproximar a Rússia e o Ocidente acreditam que a única alternativa é do regresso gradual ao confronto. Isso não é verdade. Por um lado, a Rússia deve cooperar equitativamente com outras potências e procurar interesses comuns para reforçar a cooperação em determinadas áreas. Por outro lado, em áreas onde os interesses divergem, a Rússia deve defender os seus interesses, evitando simultaneamente o confronto. Esta é a lógica da política externa russa neste período pós-guerra. Se a existência de interesses comuns for negligenciada, provavelmente ocorrerá uma nova Guerra Fria. [...] Mas podemos levar a cabo uma política externa ativa graças à nossa influência política, nossa localização geográfica, nossa adesão ao clube nuclear, nosso estatuto de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, nossa tradição científica, nossas capacidades econômicas e nossa indústria militar avançada. Além disso, a maioria dos países não deseja aceitar a visão de um único país.»
IEVGUÉNI PRIMAKOV, Ministro das Relações Exteriores da Federação Russa (1996-1998) no governo de Boris Yeltsin, La Vie Internationale, jornal do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, 1998. Defende a ideia de um mundo multipolar onde a Rússia tem peso.
«Seguir o exemplo dado pelos países democráticos avançados, ser admitido no seu clube em pé de igualdade, mantendo-se digno e guardando a sua personalidade; esta é a nossa concepção.»
ANDREI KOZYREV, Ministro das Relações Exteriores da Federação Russa no governo de Boris Yeltsin (1990-1996), Moskovskie Novosti, 1992.
SÉCULO XXI: A POSTURA ANTIOCIDENTAL
«Temos vocação de transferir o Ocidente para o Oriente. É por isso que somos o exército do Oriente, o exército da aurora do conhecimento, que conduz uma luta para que o Oriente integre completamente em si mesmo o Ocidente, para que neste caso não haja mais um Ocidente, mas apenas um grande e absoluto Oriente. E só a Rússia é capaz de o fazer, na medida em que a Rússia participa nessas duas realidades.»
ALEXANDRE DOUGUINE, A Quarta Teoria Política, 2009
«O eurasismo é uma continuação do pensamento eslavófilo que exalta a originalidade da civilização russa. É uma visão de mundo baseada na multipolaridade. Rejeitamos o universalismo do modelo ocidental, protestamos contra o racismo cultural europeu e afirmamos a pluralidade de civilizações e culturas. Para nós, os direitos humanos, a democracia liberal, o liberalismo econômico e o capitalismo são apenas valores ocidentais; em nenhum caso, valores universais.»
ALEXANDRE DOUGUINE, teórico do neo-eurasismo, próximo de Vladimir Putin, Politique internationale, nº 144, 2014.
«O Ocidente quer dividir a nossa sociedade [...], provocar uma guerra civil na Rússia e usar a sua quinta coluna para tentar alcançar o seu objetivo. E há um objetivo: a destruição da Rússia.»
VLADIMIR PUTIN, Presidente da Federação Russa, março de 2022. Sucessor de Boris Yeltsin, está no comando do Estado desde 2000.
«No Donbass, há uma rejeição, uma rejeição fundamental aos chamados valores que são propostos hoje por aqueles que reivindicam o poder mundial. Hoje há um teste de lealdade a esse poder, uma espécie de passe para este mundo “feliz”, um mundo de consumo excessivo, um mundo de aparente “liberdade”. Vocês sabem o que é esse teste? O teste é muito simples e ao mesmo tempo assustador: é uma parada do orgulho gay.»
PATRIARCA KIRILL DE MOSCOU E DE TODA A RÚSSIA, sermão, março de 2022.
«Acabamos de visitar uma exposição dedicada ao 350º aniversário de Pedro, o Grande. É surpreendente, mas quase nada mudou. [...] Pedro, o Grande liderou a Guerra do Norte durante 21 anos. Temos a impressão de que, ao lutar contra a Suécia, ele se apoderava de algo. Não, ele não se apoderava de nada, ele retomava. Quando fundou uma nova capital [São Petersburgo], nenhum dos países da Europa reconheceu este território como pertencente à Rússia. Todos consideravam que fazia parte da Suécia. Mas desde tempos imemoriais, os eslavos viveram lá ao lado dos povos fino-úgricos. [...] Ele retomava e reforçava. Aparentemente, também é nossa responsabilidade retomar e reforçar.»
VLADIMIR PUTIN, junho de 2022.
N.T.: Os povos fino-úgricos ou uralianos não possuem nenhuma unidade étnica e falam diversas línguas incluindo o finlandês, estoniano, lapão e húngaro.
6 comentários:
Prezad@,
Um olhar constante na mesma direção acaba congelando nossa percepção e, portanto, nossa compreensão das coisas.
Descobrir a Rússia descartando clichês e ideias pré-concebidas é o projeto deste número especial do jornal francês Le Monde, chamado SEM LADO: O MUNDO VISTO DA RÚSSIA que chegou às bancas no dia 20 de outubro de 2022 e aqui é apresentado em minha tradução do francês.
Certamente a leitura desse material lançará uma nova luz sobre a história e a cultura russas que possivelmente contrarie a corrente dominante (em inglês chamada de mainstream), propagada pelos meios de comunicação de massa.
Link: https://bragamusician.blogspot.com/2024/07/sem-lado-o-mundo-visto-da-russia.html 👈
Cordial abraço,
Francisco Braga
Muito bom artigo, parabéns! Abraços
Um texto, que aborda tema muito interessante. Abraço para você e Rute.
Braga,
Muito oportuna essa tradução (documento jornalístico). Está expresso aí um "Fundamentalismo", cultuado por chefes de Estado, intelectuais e políticos, do tipo que vemos entre líderes e povos mulçumanos. Essas invasões russas conduzem a uma crença no eslavismo como dominante, e contém ameaças de invasões da Suécia, dos países nórdicos, de Constantinopla e de tomada e munutenção dos portos do Pacífico. Gostaria de recomendar esse documento na minha página, mas você insiste aqui nos "direitos reservados". Este documento deveria ser conhecio amplamente para que possamos entender o processo historicizado da expansão russa, com guerra ou sem ela. Este documento é muito pedagógico.
Braga,
Muito interessante. Pretendia recomendar esse documento na minha página. É uma história que deveria ser do conhecimento de todos.
Não tem essa de propaganda ideológica. É uma história de objetivos concretos, marcada por chefes de Estado e intelectuais russos, e que poucos conhecem por aqui.
Caro professor Braga
A Rússia aparece como grande ameaça nesse texto analítico de sua história e formação, sucedânea no século XXI de uma Guerra Fria Ocidente/Oriente civilizacional permanente que, uma vez mais, poderá degenerar em um novo conflito global. Infelizmente, os indícios parecem ser esses mesmos. Fica o mundo em suspenso, diante da falta de perspectivas de acordos e convivência.
Oportuna publicação traduzida.
Saudações.
Cupertino
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