I. INTRODUÇÃO
Tomei conhecimento do trabalho desenvolvido pelo Dr. Arnoldo Velloso da Costa por volta de 1990, quando já me tornara adepto da macrobiótica, ocasião em que estive regularmente frequentando a sua Clínica de Nutrição até 2011, ano em que então me mudei para São João del-Rei. Na ocasião do primeiro contato com Dr. Arnoldo, eu observava um regime alimentar rigoroso através da Macrobiótica brasileira, dirigida por Tomio Kikuchi, e de seu restaurante em Brasília conhecido por Flor de Lótus, dirigido pelo casal Sérgio e Jurema. Como o assunto, durante toda refeição, era sempre algum tema ligado à saúde, eu trouxe ao conhecimento dos colegas comensais que estava sofrendo de artrite reumatóide, uma de mais de uma centena de espécies de reumatismo, apesar de minha dieta macrobiótica rigorosa. Um deles recomendou-me a assistência do Dr. Arnoldo, geriatra e nutrólogo famoso. Da minha visita ao Dr. Arnoldo, colhi de imediato bons frutos. Lembro-me de que fiz mudanças de alguns hábitos:
“A deficiência de magnésio nos alimentos e na água tem sido associada ao risco de ataques cardíacos e morte súbita. Conforme aponta estudo feito no Canadá, a ingestão de um litro de água rica em magnésio, pode reduzir, acentuadamente, o risco das doenças cardíacas.
A água mineral Serra Negra de Patrocínio (MG) preenche os requisitos de suprir o organismo de minerais como MAGNÉSIO, geralmente escasso na maioria das águas minerais à disposição do público.
Estudos realizados pelo Dr. ARNOLDO VELLOSO DA COSTA (médico geriatra e pesquisador), apresentados no 1º Congresso Europeu de MAGNÉSIO, realizado em Lisboa em 1983, e premiado pela Academia Francesa de Medicina, mostraram que a grande carência de magnésio no solo e, consequentemente, na água do Brasil, é, comprovadamente, causa da grande ocorrência de ataques cardíacos e morte súbita no país. (*)
(*) MAGNESIUM DEFICIENCY - Physiopatology and Treatment Implications”
“terras improdutivas por serem pobres nas substâncias que as plantas necessitam para o seu desenvolvimento e produção (daí a necessidade de se aplicarem adubos em grande escala). São extremamente ácidas, havendo obrigatoriedade de se aplicarem grandes quantidades de calcário para se processar a correção da acidez para que se possa dar início ao plantio.”
“Logicamente sem as correções aqui aludidas, tudo o que se produza ou extraia destas terras se nos apresenta como produtos fracos em minerais e extremamente ácidos em seu todo.
Para se ter uma ideia do que isto significa, o índice de acidez (Ph), considerado neutro para a água é 7,00. As águas da região de Brasília, sem exceção, inclusive as comercializadas em garrafões ou outras embalagens, são pobres em elementos minerais de interesse humano e possuem o Ph entre 4,80 e 6,00, no máximo, podendo trazer alguns tipos de transtorno a quem tem tendência à gastrite ou úlceras.”
Essas informações me impressionaram bastante e foram responsáveis pela minha mudança de hábito, no que se refere ao consumo de água selecionada naquela ocasião. Convenci-me de que, para resguardar a minha própria saúde, precisava ler um pouco mais sobre esses novos conceitos que adquiria.
Além disso, Dr. Arnoldo entendia saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade", em conexão com a linha mais abrangente preconizada pela OMS na época. Também sua percepção do conceito de qualidade de vida guardava muitos pontos em comum com a definição de saúde. Esse era o ambiente favorável à (recuperação da) saúde integral que se respirava na Clínica do Dr. Arnoldo, fato que testemunhei durante o período em que a frequentei com certa assiduidade.
2) Na suplementação alimentar.
“o status do magnésio é de capital importância para a resposta do organismo ao ESTRESSE, cujos efeitos fisiológicos são diretamente proporcionais ao déficit deste mineral na economia orgânica. Dito de outra forma, o déficit magnesiano induz a formação de um círculo vicioso perpetuando a ação do estresse.”
Segundo ele, a humanidade,
“paralelamente à mudança de hábitos de trabalho, diversão e transporte, adotou o hábito de alimentos refinados e industrializados, uma consequência desastrosa para o balanço magnesiano no organismo. Também adotou hábitos como o uso frequente de frituras e alimentos gordurosos que reduzem a absorção de magnésio ao nível intestinal. (...)
No caso particular do Brasil, os solos são, em geral, pobres em magnésio e, consequentemente, as águas, inclusive as minerais, têm um teor escasso do mineral, um fato de significativa importância, já que o magnésio hídrico é mais facilmente assimilável que o magnésio alimentar.” ¹
À entrada do recinto sagrado de sua clínica na Shls Quadra 716 Conjunto L Bloco 01 Sala 105, S/N – Asa Sul – Brasilia estava gravada a mensagem que sintetizava o grande segredo de suas curas incríveis e notadamente modernas da medicina de Dr. Arnoldo Velloso da Costa:
1960. Tradução do livro Wiederbelebung (Ressuscitação) de Killian-Donhardt, editado pela Editora Rocha Alves, Rio de Janeiro, RJ.
Informações sobre o livro no Link: https://www.youtube.com/watch?v=bNowiF0PrrQ 👈
Alguns artigos (apresentados por ele na Brasília Super Rádio FM):
Glicemia X Envelhecimento
Benefícios do Zinco no envelhecimento e como fator protetor de doenças
Importância da suplementação nutricional em diversas idades
Associação do cálcio, magnésio e vitamina K na prevenção de doenças do coração
Alternativas de antiinflamatórios na medicina ortomolecular
Efeito protetor do cálcio e magnésio no câncer de mama
Vitamina D e Artrite Reumatóide
Deficiência de Vitamina K2 e Riscos de câncer
ÔMEGA 3 NO CONTROLE DO ENVELHECIMENTO
Investigação Bioquímica e a Prevenção de Doenças
Link: https://arnoldovelloso.com.br/category/radio/ 👈
"MORRE DR. ARNOLDO VELLOSO - CONHECIDO COMO DR. MAGNÉSIO" (Elogio fúnebre proferido pelo jornalista especializado em saúde, Fernando Beteti):
Dr. Arnoldo Velloso da Costa, com 86 anos de idade, faz questão de acordar cedo para comparecer a mais um dia de trabalho. Com a Clínica de Nutrição na Asa Sul em pleno funcionamento, ele não abre mão de atender a seus pacientes nem mesmo por conta da aposentadoria.
Com formação em neurologia, medicina nutricional e ortomolecular, Dr. Velloso tem como missão pessoal ajudar as pessoas através do trabalho. “Eu considero de uma importância sem igual orientar a saúde nutricional das pessoas de maneira que elas tenham a oportunidade de viver bem”, confessa. Mas, por conta disto, o tempo para curtir a aposentadoria fica reduzido. “De vez em quando a família reclama, mas eu sempre tento agradar as duas partes”, diz, sorrindo, ao se referir à esposa, Marta Lúcia Velloso, com quem é casado há 43 anos e têm dois filhos. Do primeiro casamento, Arnoldo teve cinco filhos; dos quais, dois filhos e um neto com formação em medicina.
Nascido em Mamanguape, município da Paraíba (PB), Arnoldo é o mais velho de três irmãos. “A cidade tinha muita atividade literária, era até famosa devido à cultura local”, relembra.
Filho do farmacêutico Manoel Balthazar da Costa e Dalva Velloso da Costa, paraibanos, o médico passou por um momento muito difícil durante a infância, que foi o falecimento de sua mãe, quando tinha 8 anos. “Minha mãe nos deixou cedo com apenas 26 anos. Surgiram crises epilépticas e apesar dos esforços de meu pai em adquirir os melhores remédios da época, não houve nada que melhorasse as crises”, explica.
Por isso, mesmo criança, já tinha a responsabilidade de cuidar da mãe e irmãos enquanto o pai trabalhava. “Um dia ela foi tomar banho no rio, sozinha, teve uma crise e morreu afogada. O baque foi muito grande e decidi que estudaria o caso da minha mãe para ajudar outras pessoas”, revela.
Dr. Arnoldo fez pós-graduação na Alemanha e estágios em Estocolmo (Suécia), no campo da informática médica, e em Roma (Itália), como assessor de uma empresa de laboratórios automatizados. De 1974 a 1991, ele atuou no serviço médico do Senado Federal, até a aposentadoria. Lá também exerceu o cargo Chefe de Geriatria e Nutrição. De 1991 até os dias atuais, é diretor e médico da Clínica Nutricional Dr. Arnoldo Velloso.
Foi durante os estudos no exterior que ele adquiriu conhecimentos raros no Brasil. “Em 1962, enquanto estudei por seis anos na Alemanha, aprendi a técnica para evitar edema cerebral e assim conseguir a reversão do inchaço. Isto era algo totalmente novo, uma técnica revolucionária que resultou em muitas vidas salvas”, destaca Dr. Velloso. Um que teve sua vida salva pelo honrado médico foi o presidente da ASSISEFE. “Ele foi beneficiado com o estudo sendo uma cobaia. Zagonel sofreu um acidente de moto, quando tinha apenas 22 anos, foi, portanto, desenganado devido às complicações graves no cérebro. Usei a técnica e consegui reverter a situação. Foi um sucesso, sem deixar nenhuma sequela”, comemora.
Arnoldo Velloso já foi professor residente, fez inúmeras publicações, inclusive do livro “Magnésio — O que ele pode fazer por você?”. Este estudo lhe rendeu um singelo apelido no meio acadêmico, o Dr. Magnésio. O tema magnésio constitui um dos pontos chave de sua pesquisa, iniciada nos anos 70 e continuada até hoje, evidenciando que o Brasil é um vasto território, cujo solo e água são pobres em magnésio; motivo pelo qual há alta incidência de problemas cardíacos e outros distúrbios.
Ele garante que também tem tempo para a música, viagens e leituras. Ele toca saxofone e bandolim.
* Artigo da coluna "Eles não pararam" do informativo da ASSISEFE-Associação dos Servidores Inativos e Pensionistas do Senado Federal, 2015, p. 6.
Dr. Arnoldo Velloso não parava nunca: sempre se atualizando. |
ELOGIO FÚNEBRE: Dr. Arnoldo Velloso da Costa *
Há um mês, com tristeza nos despedíamos do Dr. Arnoldo Velloso da Costa, um dos mais competentes e dedicados médicos que atuaram em Brasília, sendo reconhecido internacionalmente como destacado pesquisador e cientista.
Faleceu aos 92 anos, de causas naturais, enquanto dormia, ao lado de sua esposa e companheira, Andréa Sayão. Pai de sete filhos, dos quais dois deles e um neto, também abraçaram a medicina.
Sua trajetória no Senado Federal começou em 1974, onde atuou no Serviço Médico e se aposentou, em 1991, como chefe de Geriatria e Nutrição.
Com especialização em neurologia, medicina nutricional e ortomolecular, Dr. Velloso estava à frente de sua Clínica de Nutrição, na Asa Sul, desde 1991, e cumpriu — muito bem — sua missão pessoal: ajudar as pessoas através do seu renomado conhecimento científico.
Em 2015, em uma entrevista à ASSISEFE, o Dr. Velloso enfatizou sua paixão pelo trabalho e em fazer a diferença na vida de seus pacientes. “Eu considero de uma importância sem igual orientar a saúde nutricional das pessoas de maneira que elas tenham a oportunidade de viver bem” e defendeu sua magnífica tarefa até seu último dia de vida.
Nascido em Mamanguape, Paraíba, o Dr. Arnoldo Velloso, dentre diversas publicações científicas, publicou o livro “Magnésio, o que ele pode fazer por você”. A obra, que o deixou conhecido no meio acadêmico como Dr. Magnésio, contempla as pesquisas científicas de uma vida inteira e detalhes de todos os benefícios do mineral para a saúde. Segundo ele, que pesquisava o magnésio desde 1970, esse mineral é o regente de uma orquestra de nutrientes.
Arnoldo Velloso fez pós-graduação na Alemanha e estágios na Suécia. Consta, em seu admirável currículo, e em sua extraordinária vida, um elevado conhecimento em diferentes áreas da medicina. Falava e escrevia fluentemente mais de oito idiomas. Foi membro atuante da New York Academy of Sciences. Participou de conferências, congressos e trabalhos científicos na França, Portugal, Alemanha, Estados Unidos, Itália, Espanha, Japão, entre outros. Nos últimos anos foi conferencista em congressos no campo ortomolecular no Brasil e no exterior.
Além de trabalhar e usufruir da companhia da família, Velloso foi um dos fundadores do Clube do Choro, em Brasília. Uma de suas paixões era tocar Bandolim; o outro hobby — e principal — era estudar.
Segundo sua companheira e amiga de todas as horas, Andréa, o Dr. Arnoldo era uma pessoa muito tranquila, de fácil convívio. Dedicado à família, netos, bisnetos, estava sempre lendo, se atualizando! Um pouco antes de falecer, finalizou outro livro em parceria com um colega de profissão, dessa vez falando sobre o ácido aminoetanossulfônico Taurina.
Dr. Arnoldo, em sua brilhante trajetória como médico estudioso, nos deixa valiosa contribuição científica e resultados concretos que salvaram e permanecem salvando vidas. A ASSISEFE se orgulha de ter tido em seu quadro de associados essa figura humana ímpar, colega extraordinário e amigo de todas as horas, o Dr. Arnoldo Velloso da Costa.
* Artigo publicado em 5 de agosto de 2022, na coluna Notícias do informativo da ASSISEFE.
6 comentários:
Prezad@,
Durante a vida acredito que todos temos oportunidade de conhecer pessoas notáveis que, privando de sua convivência, nos tornamos melhores em algum sentido.
Devo confessar que o médico nutrólogo Dr. ARNOLDO VELLOSO DA COSTA, meu ex-colega no Senado Federal trabalhando no Serviço Médico como Chefe do setor de Geriatria e Nutrição, era uma dessas figuras, com quem tive o privilégio de aprender muita coisa importante para minha vida e a quem devo, em certa medida, a boa saúde de que gozo no presente.
Nada mais justo, portanto, lembrar-me desse amigo querido que partiu em 4 de julho último, deixando a mim — e à Capital com certeza — com a sensação de estar mais pobre de sua alegre e pujante vitalidade, de sua mente prodigiosa a serviço da vida e de sua adesão diuturna ao juramento de Hipócrates.
Link: https://bragamusician.blogspot.com/2022/08/brasilia-perde-seu-doutor-magnesio-o.html 👈
Cordial abraço,
Francisco Braga
Obrigado pela sua exposição..
vou aprender também!!!
Heitor
ENORME PERDA.
QUE DEUS CONFORTE AMIGOS E FAMILIARES.
ABS.
ROGÉRIO
Meu caro Braga.
Verdade! Veloso foi um homem admirável. Nós pioneiros sabemos e louvamos.
Bela e justa lembrança, amigo.
Transmitirei ao seu ex-colega da Receita Federal - Tarcízio Dinoá Medeiros.
Cordialmente,
José Carlos Gentili
Bom Dia, Francisco e Rute,
Certamente um profissional que trabalhou sempre a serviço da saúde do povo, irá achar a porta da casa do Deus da vida bem aberta!! Viva Dr. Arnaldo Velloso da Costa!!
Paz e Bem para vocês!!! f. Joel.
Caro amigo Braga
Cuidar da saúde deve ser "responsabilidade pessoal”, especialmente quando se passa dos “dezoito anos” como nós, amigo Braga, que já entramos na fase do “enta”.
É sabido que a idade é uma benção, especialmente quando se chega a uma idade plena, com boa saúde física e mental!
Seu artigo foi muito importante para o conhecimento sobre como preservar a saúde, como ensina o médico nutrólogo Dr. Arnoldo Velloso da Costa.
Receba o abraço fraterno, meu e de Beth.
Mario.
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