quinta-feira, 8 de junho de 2023

CIDADES DE 15 MINUTOS: utopia ou projeto viável?


Por Francisco José dos Santos Braga (tradutor do grego e inglês e formatador do texto)


No futuro, a maioria das cidades serão parecidas com este protótipo / Crédito: Deutsche Welle

 

De acordo com a Wikipedia, "uma cidade de 15 minutos é um conceito urbano residencial, no qual a maioria das atividades diárias pode ser feita a pé ou de bicicleta a partir das casas dos moradores. A expressão "cidade de 15 minutos" ficou em voga na COP 21, o encontro das Nações Unidas que deu origem aos acordos climáticos de Paris, em 2015. O conceito foi popularizado por Anne Hidalgo, prefeita de Paris, e inspirado pelo urbanista franco-colombiano especializado em sistemas complexos, Carlos Moreno, professor na Sorbonne em 2016, embora a ideia não seja tão nova assim. Cidades de 15 minutos são construídas a partir de uma série de bairros de 5 minutos, também conhecidos como comunidades completas ou bairros caminháveis. O conceito foi descrito como um "retorno a um modo de vida local". 
 
O conceito de Paris de 15 minutos de Carlos Moreno / Crédito: Câmara de Paris                                                                 




 

 
Conforme a Deutsche Welle, trata-se de "um novo modelo de planejamento urbano que começou a ser implementado em vários países do mundo com o objetivo de cidades mais sustentáveis e moradores satisfeitos".
 
Um artigo publicado no site do Fórum Econômico Mundial (WEF em inglês, FEM em português) em março de 2022 chamou a ideia de cidades de 15 minutos de "muito mais do que uma moda passageira" e uma consequência dos tempos atuais, especificamente da pandemia.
 
Por outro lado, há alguns pesos pesados que não têm a mesma visão otimista. Vejamos alguns dos principais críticos da ideia de cidade de 15 minutos: 
 
a) Christine Anderson: Das Cidades de 15 Minutos a Confinamentos ¹
 
RESUMO
 
Christine Anderson acredita que os passaportes de vacinação COVID e o QR Codes que se espalharam durante a pandemia foram apenas procedimentos de teste para implementar "cidades de 15 minutos" com o objetivo de aumentar o controle do governo sobre as pessoas.
A próxima etapa, de acordo com a Anderson, envolverá o confinamento das pessoas em suas localidades, permitindo que elas saiam apenas duas ou três vezes por ano. Entretanto, os ricos poderão contornar essas regras, pois poderão comprar permissões de saída das seções mais pobres

Uma cidade de 15 minutos é um bairro onde um morador pode chegar a tudo o que precisa, como mercearia, médico e assim por diante em uma caminhada de 15 minutos. Segundo Anderson, essas cidades são o início de um controle governamental mais rígido sobre as pessoas. A administração pode exercer controle decidindo "você não tem mais permissão para deixar sua área imediata de 15 minutos. Eles não precisam cercar, nem nada. Isso será feito por meio de identificação digital", disse ela em entrevista ao programa "American Thought Leaders" de Jan Jekielek, publicado em 25 de abril.

"Agora se você gosta de outra loja e ela não está no seu bairro... Adivinhe: Você não vai mais àquela loja. Como eu disse, estamos falando de controle total."

 
Christine Anderson é membro do Parlamento Europeu e integrante do partido "Alternativa para a Alemanha". Anderson está entre os críticos mais contundentes do Parlamento Europeu às políticas COVID-19 adotadas na Europa, Canadá e além. 
"As democracias ocidentais estão se movendo gradualmente em direção à tirania digital", ela argumenta. "O próximo passo? Bloqueios climáticos." "Quando acabamos em um regime totalitário e ele está totalmente destruído, dados os meios tecnológicos que eles têm à sua disposição hoje, não estamos falando de 30-40 anos de RDA [República Democrática Alemã]; não estamos falando dos 70 anos da União Soviética; estamos falando de muito, muito tempo isso é o que você deve temer", diz Anderson. 
Nas décadas de 1920 e 1930, "a Alemanha era uma sociedade altamente desenvolvida, quer dizer, muita gente inteligente, gente bem-educada, mas era possível essa sociedade transformar o mal em uma extensão inimaginável... Sempre nos perguntam : 'Como isso foi possível?' Bem, dê uma olhada nos últimos três anos e você terá sua resposta", argumenta Anderson. "Só precisamos deixar claro uma coisa: cada um de nós é capaz de infligir as mais horríveis atrocidades ao próximo, dadas as circunstâncias certas. Mas se você não está ciente do fato de que sim, você é capaz de fazer a mesma coisa, então você não tem nenhum mecanismo para lutar contra isso”, diz Anderson. 
 
Em uma entrevista a Jan Jekielek e Naveen Athrappully do jornal The Epoch Times, ela assim se manifestou: 
 
"Na Europa, está sendo promovida uma legislação para criar cidades de 15 minutos." 
Segundo Anderson, o Certificado Verde Digital e o passaporte de vacinação COVID introduzido durante a pandemia foram apenas um teste para acostumar as pessoas a gerar um QR Code e requisitos associados. 
"Agora, eles estão nos atingindo com essas cidades de 15 minutos. Não se engane, não se trata de sua conveniência. Não é que eles queiram que você possa ter por perto todos esses lugares aos quais você precisa ir. Também não se trata de salvar o planeta", disse Anderson. 
"Com as cidades de 15 minutos, eles precisam tê-las antes que possam prender você, e é disso que estávamos falando aqui." 
"Na Grã-Bretanha, alguns condados já aprovaram tal legislação. Eles poderão impor um bloqueio climático. Esse é o próximo passo. É disso que estamos falando. Para fazer isso, eles terão que ter essas cidades de 15 minutos. O próximo passo, diz Anderson, será confinar as pessoas dentro de suas localidades, permitindo que saiam do local apenas duas ou três vezes por ano. No entanto, os ricos poderão contornar essas regras, pois poderão comprar permissões de saída dos setores mais pobres", afirmou ela. “As pessoas mais pobres vão ficar nesses bairros de 15 minutos, enquanto os que estão em melhor situação vão para onde quiserem. É disso que estamos falando.” 
“Com o COVID-19 e suas variantes mantendo todos em casa (ou mais perto de casa do que o normal), a cidade de 15 minutos passou de um ‘bom ter’ para se tornar um grito de guerra”, afirmou. 
“À medida que as mudanças climáticas e os conflitos globais causarem choques e tensões em intervalos mais rápidos e com gravidade crescente, a cidade de 15 minutos se tornará ainda mais crítica”. 
 
TIRANIA DIGITAL 
 
Anderson observou que os sistemas de "crédito social" no estilo comunista chinês já estão sendo testados na Europa. “Já existem projetos-piloto em andamento em Bolonha [Itália]. Lá, é chamada de 'carteira de Bolonha' (Bologna Wallet). Em Viena, é chamada de 'código de Viena' (Vienna Token).” "É voluntário por enquanto, e apenas atrai as pessoas. Se você aderir, conseguirá alguns ingressos com desconto, para ir ao teatro. Voluntário. Mais uma vez, [é o] primeiro passo”, disse ela. "Mas, em breve, chegará um momento em que você não terá mais escolha. Tem que ter aquele Certificado Verde Digital com aquele QR code. Então, eles vão lhe dizer onde você pode ir, o que você pode fazer e o que você não pode fazer.” 
Anderson criticou o projeto "The Line", atualmente em construção na Arábia Saudita. Com 200 quilômetros de extensão, 200 metros de largura e 500 metros de altura, o "The Line" foi projetado para abrigar até 9 milhões de pessoas. "Se eles quisessem obter o controle total sobre as pessoas, seria exatamente ali que eles as abrigariam e, em seguida, as receberiam com uma receita de três refeições por dia. Adivinhe o que acontecerá se você não fizer o que lhe dizem eles provavelmente cancelarão essas refeições. É fácil assim", disse ela. 
"É disso que estamos falando. Quando você realmente junta tudo isso, não há outra maneira de eu realmente dizer isso, será um completo empobrecimento e escravização de todas as pessoas. Estou afirmando isso com tanta clareza porque é assim que parece e assim que me sinto". 
A ideia de cidades de 15 minutos está gerando um debate acalorado nas redes sociais. Quando a documentarista Carla Francome postou um tópico em fevereiro sobre os benefícios dessas cidades, logo atraiu críticas. Uma pessoa sugeriu que, embora as cidades de 15 minutos, pareçam ótimas na teoria, elas se tornariam um problema quando o governo tentasse aplicá-las. Outra observou que, se cidades de 15 minutos se tornassem realidade, Francome teria que obter uma permissão especial para visitar seu pai se ele morasse a 30 minutos de distância.  
“Um dia, você ficará preso em sua cidade de 15 minutos, esperando que um drone entregue seus insetos agridoces e tentando se lembrar de como era bom estar de férias”, escreveu a autora Lisa Keeble em um tweet de 22 de abril.  "Então você vai se perguntar: quando foi que tudo deu errado?" Segue a resposta: "Quando você aplaudiu confinamentos e máscaras."
 
Fonte: The Epoch Times: 15-Minute Cities Are ‘Complete Impoverishment and Enslavement of All the People’: EU Lawmaker: EU parlamentarian Christine Anderson on new residencial model being pushed in Europe (Trad. Cidades de 15 Minutos significam um 'completo empobrecimento e escravização de todas as pessoas: Legisladora da União Europeia: parlamentar da União Europeia Cristine Anderson fala sobre  um novo modelo residencial que está sendo promovido na Europa)

 
 
 
b) Comentário de John Mac Ghlionn, no The Epoch Times, intitulado Big Lies, Big Data ², and the Rise of Bigger Brother (Trad. Grandes Mentiras, Grandes Dados, e o Surgimento do Mais que Grande Irmão), edição de 3/3/2023, sobre artigo de Oliver Wainwright, do The Guardian, intitulado In Praise of the '15-minute city' - the mundane planning theory terrifying conspiracists (Trad. Em louvor da 'cidade de 15 minutos' - a teoria do planejamento mundano aterrorizando os adeptos da teoria da conspiração), edição de 26/2/2023.

Oliver Wainwright, do The Guardian, discutiu recentemente uma nova “conspiração socialista internacional” em andamento. “Forças marginais da extrema esquerda”, observou ele, “estão conspirando para tirar nossa liberdade de ficar preso em engarrafamentos, de rastejar ao longo de anéis viários obstruídos e vasculhar as ruas em busca de uma vaga para estacionar”. O nome desse “arrepiante movimento global?” perguntou; sarcástico e um tanto desdenhoso, ele próprio respondeu: A 'cidade de 15 minutos'. Wainwright acredita que essas cidades são simplesmente parte de uma “teoria de planejamento mundano”. Ele está errado.
Alguns dias após a publicação do artigo de Wainwright, três acadêmicos chamaram as “cidades de 15 minutos” (CQMs, como serão chamadas a partir de agora) de “a teoria da conspiração mais quente de 2023”. De uma forma verdadeiramente elitista, eles zombaram daqueles que ousaram questionar o motivo por trás dos CQMs.
 
 
A liberdade do deslocamento na hora do rush, a inviolabilidade do shopping center fora da cidade e a confiabilidade das mercearias de bairros estão sob ameaça como nunca antes.
Não é preciso ser um adepto de QAnon ³ de carteirinha para ter medo dessas criações semelhantes a cavalos de Tróia. Antes de prosseguir, é importante colocar nossas definições em ordem. Como observou o cientista político Kelly M. Greenhill, nem todas as teorias da conspiração são malucas e nem todas as teorias da conspiração estão erradas. Veja a teoria da conspiração de Watergate, por exemplo, ou o fato de que Edith Wilson tomou a maioria das decisões executivas depois que seu marido, o presidente Woodrow Wilson, sofreu um derrame.
Muitas vezes, as teorias da conspiração acabam sendo precisas. 
Também conhecidas como cidades inteligentes, as CQMs são localidades onde tudo imaginável, do seu local de trabalho à sua pizzaria favorita, é acessível a pé ou de bicicleta (mas não de carro, pois carros serão proibidos!) em 15 minutos ou menos. O que há de tão ruim nisso? À primeira vista, muito pouco. Afinal, somos criaturas de conforto. Vivemos em um mundo onde o mantra  [TL;DR] agora reina absoluto. Desejamos conveniência; ansiamos por conveniência. No entanto, a conveniência nem sempre é uma coisa boa; às vezes é absolutamente perigosa. Isso é especialmente verdadeiro quando as pessoas, conscientemente ou não, trocam sua liberdade pela facilidade de acesso a determinados serviços. Embora as CQMs possam tornar mais fácil para os cidadãos irem de A a B, essas criações também facilitarão para aqueles que detêm o poder possam nos espionar, coletar nossos dados e permitir que o Big Brother se torne o “Bigger” Brother. Enquanto escrevo isso, as CQMs estão sendo ativamente defendidas pelo Fórum Econômico Mundial, o grupo por trás d' “A Grande Reinicialização” e da ideia de nada possuir, não ter absolutamente nenhuma privacidade e ser muito feliz. Este fato por si só deveria preocupar todos os leitores.
Quer discutir o Fórum Econômico Mundial? 
Para muitos, tenho certeza de que as CQMs soam incrivelmente legais. Mas não se enganem com o nome. CQMs são na verdade “cidades inteligentes”. Como observei em outro lugar, a palavra “inteligente” é apenas um sinônimo de vigilância. Essas monstruosidades ultramodernas e saturadas de tecnologia usam centenas de milhares de sensores para coletar grandes quantidades de dados pessoais. As políticas do Fórum Econômico Mundial estão sendo implantadas atualmente em cidades como Barcelona, Espanha; Bogotá, Colômbia; Melbourne, Austrália; Paris, França; e o deserto distópico conhecido como Portland, Oregon. O que essas cidades têm em comum? Tecnologia de vigilância.
Entre agora e 2040, prevê-se que cidades em todos os Estados Unidos (e além) gastem trilhões de dólares na instalação de câmeras adicionais e sensores biométricos. Claro, a vigilância é ruim agora. Mas, como Randy Bachman admiravelmente vociferou, você ainda não viu nada.
Até 2050, mais de dois terços da população mundial viverá em centros urbanos vigiados de perto, como ratos glorificados em gaiolas apertadas. Ao contrário da crença popular, não vivemos mais em uma sociedade panóptica. Quando Jeremy Bentham, filósofo e teórico social inglês, apresentou a ideia desse sistema prisional, não havia Internet. Na verdade, nem havia carros. Agora vivemos em um mundo pós-panóptico um panóptico digital, se você preferir com enormes plataformas de mídia social coletando dados pessoais do usuário, antes de vendê-los ao maior lance.
As empresas que administram essas plataformas costumam trabalhar em estreita colaboração com funcionários do governo, identificando supostos pecadores e punindo-os da maneira mais rápida possível. Como observou a escritora Kylie Lynch, essas empresas sabem absolutamente tudo sobre você; elas têm acesso instantâneo ao histórico do seu navegador, sua atividade online e agora, de forma bastante preocupante, até mesmo sua biometria. Não surpreendentemente, essas grandes empresas de tecnologia terão um grande impacto nas CQMs do futuro, fornecendo a infraestrutura digital subjacente necessária para nos monitorar e garantir o total cumprimento das leis.
CQMs são lobos em pele de cordeiro. Não acreditem nas incontáveis histórias que dizem o contrário. Tornou-se comum a grande mídia elitista zombar daqueles que se atrevem a questionar as narrativas “nós queremos ajudar vocês”. Já nos ferramos muitas vezes antes.  
 
 
NOTAS EXPLICATIVAS DE TRADUTOR  
 
¹ Para controlarem os surtos de COVID-19, os governos introduziram lockdowns, isto é, confinamentos ou bloqueios para impedir que uma emergência de saúde pública saísse do controle. Em um futuro próximo, o mundo pode precisar recorrer a bloqueios novamente desta vez para enfrentar uma emergência climática. 
Alterações nas geleiras do Ártico, incêndios florestais no Oeste dos EUA e em outros lugares, e vazamentos de metano no Mar do Norte, tudo são sinais de alerta de que estamos nos aproximando de um ponto crítico nas mudanças climáticas; para proteger o futuro da civilização, serão exigidas intervenções dramáticas. 
Sob um “bloqueio climático”, os governos limitariam o uso de veículos particulares, proibiriam o consumo de carne vermelha e imporiam medidas extremas de economia de energia, enquanto empresas exploradoras de combustíveis fósseis teriam que interromper a perfuração. Para evitar esse cenário, devemos reformular nossas estruturas econômicas e fazer o capitalismo de maneira diferente.
² Big Data é o termo em Tecnologia da Informação (TI) que trata de grandes conjuntos de dados que precisam ser processados, armazenados e analisados. O conceito de Big Data se iniciou com 3 V's: Velocidade, Volume e Variedade. O volume de dados gerado atualmente é gigantesco. Todos os dias bilhões de novas informações são geradas globalmente. Imagine todos os Apps, Sistemas, TVs, celulares, aparelhos com IoT (Internet das Coisas) que estão agora capturando, processando, armazenando e analisando novos dados...
³ QAnon é um movimento político descentralizado de extrema direita enraizado em uma teoria da conspiração que defende que o mundo é controlado pelo “Deep State”, uma seita de pedófilos adoradores de Satanás, e que o ex-presidente Donald Trump é a única pessoa que pode derrotá-lo. 
TL;DR são letras iniciais de "too long; did'nt read", significando em português longo demais; não li, denotando nosso comodismo. A um longo texto preferimos seu resumo.
Grande Irmão, personagem dominador da sociedade, cujo rosto ninguém viu, sendo então uma figura abstrata, representante de qualquer líder político com atitudes ditatoriais; expressão retirada de um personagem do romance 1984, de George Orwell, reavivada recentemente com a criação do espetáculo, criado na Holanda e logo difundido, denominado reality show, o qual, embora sem referência direta àquele personagem, foi logo a ele associado, tendo sido esse o título que o show recebeu no Brasil. 
No texto, Grande Irmão é usado no grau comparativo (Mais do que Grande Irmão).
The Great Reset, em inglês, é o nome dado à 50ª reunião anual do Fórum Econômico Mundial, realizada em junho de 2020. Reuniu altos líderes empresariais e políticos, convocados pelo então Príncipe de Gales, Charles, e pelo diretor do Fórum, Klaus Martin Schwab, para tratar do tema da reconstrução da sociedade e da economia de forma mais sustentável, após a pandemia de COVID-19. O principal conselheiro do Fórum e braço direito de Schwab é o historiador trans-humanista Yuval Noah Harari, que se declara "vegan-ish" (vegano flexível), defende que os seres humanos não possuem alma, são animais hackeáveis e seu livre arbítrio como o conhecemos já está ultrapassado.
 


VI. BIBLIOGRAFIA
 

DEUTSCHE WELLE. Cidade dos 15 minutos: utopia ou projeto viável?, edição de 20/3/2023.
 
ELLINIKIAFIPNISIS.BLOGSPOT.COM. Membro do Parlamento Europeu adverte: As Cidades de 15 minutos significam completo empobrecimento e escravidão das pessoas.

VERMA, Saumya: What is a 15-Minute City? Exploring the Benefits, Limitations & Examples
Link: https://www.novatr.com/blog/fifteen-minute-city
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THE EPOCH TIMES. Big Lies, Big Data, and the Rise of Bigger Brother por John Mac Ghlionn, edição de 3/3/2023.
 
_______________. 15-Minute Cities Are ‘Complete Impoverishment and Enslavement of All the People’: EU Lawmaker: EU parlamentarian Christine Anderson on new residencial model being pushed in Europe, edição de 6/6/2023.
 
THE GUARDIAN. In Praise of the '15-minute city' - the mundane planning theory terrifying conspiracists por Oliver Wainwright, edição de 26/2/2023.
 
WIKIPEDIA. Cidade de 15 minutos
 
WORLD ECONOMIC FORUM. The surprising stickiness of the "15-minute city".
Link: https://www.weforum.org/agenda/2022/03/15-minute-city-stickiness/ 
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10 comentários:

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

Prezad@,
Tenho o prazer de apresentar meu texto sobre uma experiência pós-moderna de cidades, para as quais há um projeto para percurso de 15 minutos a pé ou de bicicleta (querem abolir o "maldito" carro!), um novo conceito urbano residencial, chamado de "cidades de 15 minutos", no qual a maioria das atividades diárias - repito - pode ser feita a pé ou de bicicleta a partir das casas dos moradores.
Essa ideia ficou em voga na COP 21, o encontro das Nações Unidas que deu origem aos acordos climáticos de Paris, em 2015.

Link: https://bragamusician.blogspot.com/2023/06/cidades-de-15-minutos-utopia-ou-projeto.html 👈

Cordial abraço,
Francisco Braga

Wilma Pizza Bidart Braga (empresária fornecedora de lãs) disse...

Bom dia!
Excelente arquivo!
Acredito que Brasilia já está caminhando na mão do artigo. Muitas ciclovias, bicicletas e patinetes para alugar, nas universidades tem mais bicicletas do que carro durante o dia. Inclusive os idosos estão andando mais de bicicleta rsrsrs até eu tenho uma desmontável para andar no Setor Comercial Sul ou ir a Taguatinga de Metro. rsrsrsrs Vou partir agora para uma bike elétrica muito em breve.
Abs

José Carlos Hernández Prieto disse...

Caro confrade e amigo; bom dia!
Muito obrigado pela postagem. Nestes tempos distópicos, a insegurança bate às portas das consciências das pessoas, órfãs de priscas eras idílicas, quando pontificavam as certezas e a confiança nas instituições e estruturas de poder. É o devir inelutável da humanidade e da civilização, gangorrando, como sempre, entre os píncaros das bonanças da inteligência e os precipícios das hecatombes da ignorância. O TEMPORA O MORES...

Gilberto Mendonça Teles (autor de O terra a terra da linguagem e Hora Aberta-Poemas Reunidos e é membro da Academia Goiana de Letras) disse...

Nunca tinha ouvido falar nessa cidade.Uma bela fantasia.Obrigado. Gilberto Mendonça Teles

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...

Caro professor Braga.

Curiosa "teoria de conspiração" !
Tanto o mundo liberal capitalista ocidental e, o mais curioso, sua vertente fascista totalitária, têm lançado o temor por um futuro distópico gerido pela tecnologia e por uma espécie de Super Estado - sempre de "esquerda" - enquanto o que vemos na prática é o caos gerado pelo crescimento insustentável, pelo militarismo global, pelo modelo de vida individualista, consumista e culturalmente alienado, fonte do mal da "depressão".
Uma ironia imensa !
As cidades de "15 minutos", por ora, ao menos entre nós, já seriam excelentes no tempo máximo em filas.
Parabéns pela publicação do interessante debate.

Cumprimentos,

Cupertino

Lúcio Flávio Baioneta (autor do livro "De banqueiro a carvoeiro", conferencista e proprietário da Análise Comercial Ltda em Belo Horizonte) disse...

Meu prezado amigo, FJSBraga,
li com muito interesse e curiosidade o seu artigo sobre as cidades de 15 minutos e sobre o controle digital ao qual as pessoas serão submetidas a cada dia que passa.
Tudo que a IA, Inteligencia Artificial, vem promovendo no mundo, nos levará fatalmente a uma escravidão digital.
Recebi um video, comparando as mudanças no mundo até o Renascimento, quase nada aconteceu, e do Renascimento até os anos do inicio do século XX, e de lá nestes últimos 60 anos:- o mundo mudou mais nestes últimos 60 anos do que em toda a existência do homem na face da Terra.
Braga, quando eu me formei em Engenharia na UFMG, em dezembro/1966, não existia máquina de calcular, fazíamos nossos cálculos em réguas de cálculo, e hoje, junho de 2023, o mundo está sendo padronizado pela IA, e de acordo com o que é conhecido como NOM, a Nova Ordem Mundial.
Segundo este vídeo, existe um programa de IA, Dr.Watson, é nome dele, que acerta 95% das demandas judiciais, em todos os tribunais dos USA, ou seja a profissão de advogados já era.
Existe um tótem, de diagnósticos médicos, tanto nos USA, como em Israel, que retira uma gota de seu sangue e colhe o seu hálito, e tem 188.000 soluções medicinais para dar o diagnóstico da sua doença ou da doença que vc terá; as cirurgias serão robóticas com melhor resultado do que as que são feitas hoje por cirurgiões, o que será da medicina que conhecemos hoje?
As casas, as nossas residencias, serão premoldadas, os edifícios serão padronizados, e os hotéis também, os carros a combustão deixarão de existir, e a partir de 2025, a indústria automilística começará a ser desmontada. Vc pedirá um carro, digitará o seu destino e sem motorista ele chegará a sua residência e o levará aonde vc quiser.
E tem mais, os cientistas chineses já conseguiram mover a matéria.... um pequenina porção, mas conseguiram.
Assim como o primeiro celular, em Nova York, era um imenso "trambolho" e hoje é parte do nosso dia a dia, e sem ele não conseguimos fazer mais nada, e que estes celulares tem 100.000 vezes mais informações do que a soma de todos os computadores que levaram o homem à Lua.
E tem mais, veja isto, com a desintegração da matéria num local e sua reintegração em outro local....criamos um outro mundo que não podemos imaginar.
Poderia continuar escrevendo sobre as maravilhas e também sobre os pesadelos que estão acontecendo, mas ficaria muito extenso. Fico por aqui.
Abs do amigo de sempre Lúcio Flávio.

João Carlos Ramos (poeta, escritor, membro e ex-presidente da Academia Divinopolitana de Letras e sócio correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei e da Academia Lavrense de Letras) disse...

Parabéns!

Frei Joel Postma o.f.m. (compositor sacro, autor de 5 hinários, cantatas, missas e peças avulsas) disse...

Boa Tarde, Francisco e Rute. Muito obrigado por este projeto interessante! Vamos ver se vai vingar!! Viva a bicicleta!! f. Joel.

Dr. Rogério Medeiros Garcia de Lima (professor universitário, desembargador, ex-presidente do TRE/MG, escritor e membro do IHG e da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

MUITO BOM!
A CIDADE É NOSSO NICHO.
ABS

João Alvécio Sossai (escritor, autor de "Um homem chamado Ângelo e outras histórias, ex-salesiano da Faculdade Dom Bosco e ex-professor da UFES (1986-1996)) disse...

Confesso que nunca tinha ouvido falar dessas tais cidades de 15 minutos. Não acredito que essa ideia prospere, pelo menos, em termos globais.

Obrigado pelo envio do texto.

Abraço.