Por Francisco José dos Santos Braga
I. INTRODUÇÃO
Dando continuidade à série de artigos e/ou traduções comentadas que tenho escrito sobre a Grécia, sua língua e cultura, venho no presente artigo apresentar a tradução de um artigo publicado na Grécia intitulado "Inglaterra: Vamos aprender Grego antigo para melhorarmos o nosso Inglês!", hospedado por vários blogs europeus, dando conta de que na Inglaterra há uma organização chamada Iris Projects, que vem utilizando o ensino do Grego antigo, principalmente nas escolas públicas de Oxford, para melhorar... a língua inglesa.
Como subtítulo, o artigo esclarece que só alguém que pensa em Grego é capaz de compreender o mundo em toda a sua grandeza, dado que foi o Grego a primeira língua utilizada universalmente (daí ter sido chamada de língua comum, koiné) no primeiro movimento globalizante conhecido, idealizado por Alexandre, o Grande, tendo assim vigorado durante todo o Período Helenístico. Por isso, o Grego é conhecido como "a diacrônica e riquíssima língua universal".
II. TRADUCÃO DO TEXTO EM GREGO ¹
Inglaterra: Vamos aprender Grego antigo para melhorarmos o nosso Inglês!
Não é fácil compreenderes o mundo em toda a sua grandeza, se não puderes pensar em Grego.
Essa é a ideia central de uma iniciativa emocionante da organização britânica Iris Projects ², a qual se ocupa com a promoção do conhecimento, em todas as crianças residentes na Inglaterra e com a sua familiaridade com as línguas, estruturas e culturas antigas, para serem auxiliadas no seu... Inglês! E que língua melhor para obter isso do que o Grego!?
Essa iniciativa do Iris Projects deslanchou como programa-piloto em 2006 e introduziu o Latim em dezenas de escolas públicas. O próximo passo imediato, de acordo com o plano, era o Grego ser introduzido, para que as crianças aprendessem em profundidade a forma de pensar e manejar o... Inglês!
Os blogs anunciam: "O Latim é bom, mas o Grego pode ser ainda melhor!", "Agora a língua materna de Arquimedes e de Heródoto precisa ser utilizada mais profundamente de forma a ajudar as crianças das escolas públicas, vindas das camadas sociais mais baixas, a melhorarem o seu Inglês!"
Para os que pensam que o Grego antigo é uma língua morta, a resposta vem da diretora do programa Dra. Lorna Robinson, que está convencida de que o Grego clássico poderia tornar-se ainda mais popular e especialmente útil:
"O Grego antigo é simplesmente uma excelente língua, repleta de palavras lindas e de emocionantes ideias. As obras na Grécia antiga formaram o estudo dos matemáticos, da ciência e da civilização por séculos.
As crianças desfrutarão e tirarão proveito dos diversos usos e aplicações do Grego nas nossas vidas. Estrutura, modo de pensar, solução de problemas, compreensão de conceitos, imaginação, etimologia, ortografia, produção de neologismos... Com certeza, então, toda essa metodologia de pensamento ajuda o Inglês e sua estrutura.
Também serão vinculados a outros ramos do programa escolar, desde a história e a geografia, por meio da ciência, da matemática, do teatro, da arte e do atletismo, temas que também se achavam todos entrelaçados na Educação Grega criando homens completos", diz Dra. Robinson.
As aulas de Grego terão início para 160 alunos em três escolas em Oxford, em setembro. Além disso, outras 10 escolas darão algumas aulas-piloto.
Sue Baker, diretora da Instrução Primária de Oxford Leste, disse que "no colégio de Cowley, onde se falam 26 línguas, muitos de seus alunos são experts em aprender línguas. As aulas de Latim que oferecemos alguns anos atrás tiveram inesperado êxito e muitas das crianças já conhecem duas ou talvez três línguas. Acostumaram-se a trabalhar com diferentes textos. Assim estão absolutamente preparadas para serem iniciadas na gramática do Grego antigo.
Porque o Grego antigo não é apenas um aprendizado de uma língua estrangeira. É uma cultura completa que acompanha as crianças por toda a sua vida, intensificando o sentimento delas para com a língua. Elas poderão perceber os vínculos entre as línguas e aprenderão a pensar, sem falar que é também diversão!"
Dra. Robinson, que vai ensinar inicialmente uma hora a cada quinzena, disse: "As pessoas talvez fiquem desencorajadas com a ideia do aprendizado de uma língua que possui um alfabeto diferente. Na realidade, constatamos que, enquanto vai sendo acrescentado um aspecto adicional ao treinamento, as pessoas entram muito depressa no clima e de fato desfrutam o compartilhamento do conhecimento."
Os alunos vão aprender não só o alfabeto, a gramática e o vocabulário, mas também sobre a antiga civilização helênica, inclusive a evolução dos Jogos Olímpicos, as comédias de Aristófanes e, no geral, o Drama antigo.
Além de ter havido grande campanha e avanço do Latim nas escolas, Dra. Robinson acha que o Grego poderia ultrapassar em popularidade o Latim, porque as pessoas tendem a considerar aquele mais emocionante e interessante e são tomadas de horror e fascínio pelos mitos e pela filosofia dos antigos Gregos.
Além disso, como está escrito nos blogs sobre esse tema, não existe área de interesse que não tenha sido desenvolvida completamente na Grécia Antiga e que não tenha constituído ponto de partida para o que quer que façamos agora.
Reproduzimos desses blogs:
Matemática — Segundo o teorema de Pitágoras, num triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos. ³
Ciência — Arquimedes observou que o nível da água na banheira aumentava com o seu próprio corpo, anotou a elevação que ocorreu lá dentro e compreendeu que esse efeito poderia ser usado para a determinação da massa dos objetos. ⁴
Nacionalidade — Atenas foi a primeira democracia conhecida, onde os cidadãos votavam para a legislação.
Atletismo — Os primeiros Jogos Olímpicos foram uma série de lutas atléticas pelas cidades-Estado da Grécia Antiga.
História — Heródoto foi considerado o "pai da História" na civilização ocidental e foi o primeiro historiador conhecido a coletar materiais, a testar a sua precisão e a apresentá-los como narrativa.
Medicina — Hipócrates é considerado o "pai da Medicina".
Filosofia — Sócrates, entre muitos outros filósofos e sábios de sua época, é considerado o "pai da Filosofia". E a lista é infinita.
E algo para terminar:
O professor da Universidade de Sorbonne, Claude-Charles Fauriel, disse: "A língua grega é homogênea como a alemã, mas é mais rica do que esta. Tem a clareza da língua francesa, mas tem maior sutileza. É mais flexível do que a língua italiana e muito mais harmônica do que a língua castelhana. Portanto, a língua grega tem o que é preciso para ser considerada a língua mais bonita da Europa." ⁵
— "Professor", perguntaram a White, "o que devemos ler para nos tornarmos sábios como o Sr.?"
— "Os clássicos gregos."
— "E quando terminarmos os clássicos gregos, o que devemos ler?"
— "De novo os clássicos gregos."
O site http:// www.e-fungus.gr/, sem sinal de ironia, indaga aos Gregos, com grande dor:
Será que deveríamos enviar nossas crianças para estudarem Grego na Inglaterra?
O que nos tens a dizer, Sra. Diamantopoulou? ⁶
III. COMENTÁRIOS À TRADUÇÃO
¹ O artigo acima, traduzido por mim, pode ser lido, por exemplo, na língua grega no site αἰέν ἀριστεύειν, que parece ter hospedado o texto, clicando no seguinte link:
http://aienaristeyein.com/2013/08/29/αγγλία-θα-μάθουμε-αρχαία-ελληνικά-για/
O mesmo texto deve ter sido produzido originalmente por outro site (e-fungus), citado no texto acima, podendo ser encontrado no seguinte endereço:
http://www.e-fungus.gr/index.php?option=com_content&view=article&id=140:2011-02-11-09-06-17&catid=47:2011-01-18-13-55-28&Itemid=64
² Para informações mais detalhadas a respeito dessa organização, queira consultar o seu site na Internet: http://irisproject.org.uk/
³ Para informações mais detalhadas a respeito do teorema de Pitágoras, queira consultar o link da Wikipédia a respeito: http://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_de_Pitágoras
⁴ Para informações mais detalhadas a respeito da invenção de Arquimedes, queira consultar os seguintes links:
http://www.mundoeducacao.com/matematica/a-descoberta-arquimedes.htmhttp://www.brasilescola.com/fisica/arquimedes-descoberta-empuxo.htm
⁵ Claude-Charles Fauriel (1772-1844), que dominava um grande número de línguas, já tinha traduzido algumas obras estrangeiras, quando ele publicou em 1824 os "Chants populaires de la Grèce moderne". Esse livro contribuiu não somente para estimular, na Europa, uma viva simpatia pela causa dos Gregos, mas foi igualmente um fator determinante na própria Grécia para a valorização da poesia popular contemporânea, suscitando, com um certo "sursis" — a adoção por escrito da língua falada que não estaria na ordem do dia antes do fim do século — um estudo aprofundado da língua grega moderna e seus dialetos. A este respeito, Fauriel foi um precursor importante do movimento demoticista iniciado por Yánnis Psycháris.
Suas pesquisas lhe valem ser considerado como um pioneiro no domínio das ciências históricas. Personagem surpreendente, Fauriel tinha de tal forma encantado Guizot por seus dons e seus conhecimentos que o Ministro foi quase violento com ele para obrigá-lo a aceitar a cátedra de literatura estrangeira na Sorbonne, em 1830, criada para ele. Alí ele deu cursos memoráveis sobre assuntos variados como a poesia provençal ou a literatura italiana. Em 1831 foi nomeado professor de
Suas pesquisas lhe valem ser considerado como um pioneiro no domínio das ciências históricas. Personagem surpreendente, Fauriel tinha de tal forma encantado Guizot por seus dons e seus conhecimentos que o Ministro foi quase violento com ele para obrigá-lo a aceitar a cátedra de literatura estrangeira na Sorbonne, em 1830, criada para ele. Alí ele deu cursos memoráveis sobre assuntos variados como a poesia provençal ou a literatura italiana. Em 1831 foi nomeado professor de
literatura estrangeira na Faculdade de Paris, cátedra que foi criada para ele e que ele abrilhantou.
Fauriel foi um dos primeiros a estudar a literatura romena, e a originalidade de seus pontos de vista nessa matéria popularizou rapidamente esse novo estudo. Reuniu igualmente os restos das línguas basca e céltica.
(Cf. http://fr.wikipedia.org/wiki/Claude_Fauriel)
A canção popular é o primeiro testemunho de uma poesia oral que, muitíssimas vezes, por seus temas e suas imagens, remonta diretamente à Antiguidade: cantos de amor, de trabalho, de morte, de exílio, baladas narrativas, depois, mais tarde, cantos "cléfticos" * relatando ações memoráveis dos que resistiam à ocupação turca — todos são caracterizados por uma visão do mundo a um só tempo hedonista e desesperada que ignora o cristianismo, e por uma perfeição formal que atingirá seu apogeu no século XVIII e disso fará a matriz do lirismo grego moderno. Esses cantos são o modo natural de expressão do povo grego, cuja criação ocorrerá ainda durante a Segunda Guerra mundial, e não se deve surpreender que a publicação por Fauriel dos "Chants populaires de la Grèce moderne" tenha feito grande impressão na Europa filo-helênica.
* Obs.: O termo κλέφτηϛ é utilizado para guerrilheiro grego do tempo da ocupação turca, e κλέφτικος, o relativo a esses guerrilheiros gregos.
(Cf. http://www.larousse.fr/encyclopedie/litterature/Gr%C3%A8ce/173673)
Fauriel foi um dos primeiros a estudar a literatura romena, e a originalidade de seus pontos de vista nessa matéria popularizou rapidamente esse novo estudo. Reuniu igualmente os restos das línguas basca e céltica.
(Cf. http://fr.wikipedia.org/wiki/Claude_Fauriel)
A canção popular é o primeiro testemunho de uma poesia oral que, muitíssimas vezes, por seus temas e suas imagens, remonta diretamente à Antiguidade: cantos de amor, de trabalho, de morte, de exílio, baladas narrativas, depois, mais tarde, cantos "cléfticos" * relatando ações memoráveis dos que resistiam à ocupação turca — todos são caracterizados por uma visão do mundo a um só tempo hedonista e desesperada que ignora o cristianismo, e por uma perfeição formal que atingirá seu apogeu no século XVIII e disso fará a matriz do lirismo grego moderno. Esses cantos são o modo natural de expressão do povo grego, cuja criação ocorrerá ainda durante a Segunda Guerra mundial, e não se deve surpreender que a publicação por Fauriel dos "Chants populaires de la Grèce moderne" tenha feito grande impressão na Europa filo-helênica.
* Obs.: O termo κλέφτηϛ é utilizado para guerrilheiro grego do tempo da ocupação turca, e κλέφτικος, o relativo a esses guerrilheiros gregos.
(Cf. http://www.larousse.fr/encyclopedie/litterature/Gr%C3%A8ce/173673)
As traduções acima foram feitas por mim da Wikipédia e da Encyclopédie Larousse, nos endereços fornecidos.
⁶ Anna Diamantopoulou ocupou o cargo de Ministra da Educação, Aprendizagem Continuada e Assuntos Religiosos no gabinete de George Papandreou, durante o período de outubro de 2009 a março de 2012. A pergunta final do texto é, pois, dirigida à Ministra da Educação, que foi muito criticada pelo fato de sua política ter enfraquecido os padrões acadêmicos para fins populistas. Na função de Ministra da Educação, ela citou o fato de decrescentes matrículas na educação terciária para justificar a abolição de requisitos acadêmicos mínimos para admissão nos colégios, que há tempos tinham sido sugeridos pela comunidade acadêmica e tinham então sido introduzidos recentemente pelo governo grego para garantir padrões mais elevados. Antes, em 2001, quando exercia o cargo de Comissária Europeia para Emprego, Assuntos Sociais e Oportunidades Iguais, surpreendeu o Ministro da Educação Petros Efthimiou ao propor instituir-se o Inglês como língua oficial na Grécia, levando o porta-voz do governo a reiterar que "a Sra. Diamantopoulou é uma Comissária Europeia e não um membro deste governo".
Comprovou-se que não teve qualquer eficácia a indignação do porta-voz governamental de então.
Além disso, em 2007 Anna Diamantopoulou aparece como encarregada pela plataforma política do PASOK (Partido Socialista Pan-helênico) nas eleições de 2007. Atualmente, é membro do Parlamento na Grécia pelo PASOK.
O site αἰέν ἀριστεύειν reproduziu o mesmo texto acima sobre o Iris Projects na Inglaterra, acompanhado da seguinte dedicatória: "Dedicado às Sras. Anna
Diamantopoulou e Tháleia Dragóna e à sua luta pela abolição da Língua
Grega morta(!), bem como aos professores "militantes" que tentam nos convencer de
que a diacrônica e riquíssima língua universal se desenvolveu dentro de um
pequeno espaço temporal pelos Gregos "iletrados" e inicialmente tomada de empréstimo aos nômades errantes do Oriente...".
A controvertida Sra. Tháleia Dragóna foi Secretária Geral no Ministério da Educação, quando a Ministra era Anna Diamantopoulou e ali continuou após a saída desta. Dragóna defendia um novo currículo mais magro na escola secundária, no qual a História seria uma disciplina opcional. No dia 31 de agosto de 2013, devido à revolta no setor educacional grego, apresentou seu pedido de demissão, depois que se tornou "bola da vez" por ter escrito um livro que supostamente continha referências negativas aos conceitos da nacionalidade e do patriotismo gregos, tudo em nome do multiculturalismo. Saiu do Ministério, acusada por seus críticos de ter promovido políticas que incentivaram os estudantes gregos a ignorar a história de sua nação, ao mesmo tempo que encorajava grupos minoritários a celebrarem a sua descendência não-grega. Entre seus críticos mais ferozes, destaca-se o compositor grego Mikis Theodorakis que escreveu duas cartas contendo violentas críticas a ela no último inverno.
8 comentários:
Prezado Francisco,
Em geral, o mais bem dotado intelectual e culturalmente é derrotado, à força, pelo mais forte ou mais poderoso econômica, política ou militarmente. Conquistada ferozmente pelo Império Romano, a Grécia ainda conseguiu despertar no agreste Lácio o gosto pela cultura: “Graecia capta ferum victorem cepit et artes / Intulit agresti Latio... ” em dois versos certeiros de Horácio. Com meu abraço cordial, Antônio
Realmente, caro Francisco, há necessidade voltar aos clássicos, de modo especial para rever o pensamento grego, mas na riqueza da língua grega. A Europa está acordando. Ainda bem. Bom dia e recomendações à Rute. Fernando Teixeira
Parabéns. Mauricio.
É com muita gratidão que acuso o recebimento de mais este link de seu blog, que acabo de ler. Notável o valor universal da cultura grega. Parabéns pela iniciativa. Abç cordial. Ulisses
Prezado amigo Músico,
Agradeço imensamente o envio de seu artigo sobre o ensino do grego antigo. Sou apaixonada pela Grécia,
sua cultura e história, bem como pelo seu idioma. Gostaria de saber se o Consulado da Grécia oferece
classes deste idioma. Estou muito interessada.
Muito grata.
Cordialmente,
Sonia Maria Vieira
Ciao Francisco, posso concordare con l’articolo, anche noi ai nostri tempi cominciavamo a studiare il greco antico in prima superiore e cioè a 13-14 anni di età. La nostra insegnante di latino e greco ci faceva svolgere i compiti in classe dal greco in latino e senza alcun vocabolario!! Che tempi!!!
Abbraccio a te e alla Rute,
Teresa e Giulio
Caro Braga; muito obrigado pelo link do seu blog. Muito interessante a matéria (como, aliás, costumam ser).
Abraço
José Carlos Hernández Prieto
Primeiramente, devo agradecer as excelentes pesquisas que me tem enviado, e que sempre leio com interesse, especialmente quando abordam temas ligados a S. João del-Rei e à Grécia Antiga, sua língua, literatura e cultura. Estudei um pouco de romaico quando de meu curso de Teologia (1950-1953): entre os pedreiros que trabalhavam na construção de um novo prédio, havia dois gregos analfabetos – em grego e em português (de grego só sabiam o alfabeto e escrever o próprio nome). Como eles moravam na área da construção, todas as noites eu ia lá para alfabetizá-los, em romaico e em português; e eles me ensinavam um pouco de romaico: meia hora cada. Claro que saí perdendo, pois eu dedicava mais tempo a eles; mas valeu para eu ter ao menos uma ideia das mudanças. Depois, consegui um livrinho de conversação (romaico-italiano).
Um forte abraço do amigo
Gruen
Postar um comentário