Por Francisco José dos Santos Braga *
I. ANTECEDENTES
São Paulo, 1974: tendo sido admitido no Curso de Mestrado em Administração da EAESP-Fundação Getúlio Vargas, fui convidado por outro colega cujo nome era Paulo Roberto Maia Cortes, apelidado "Buda", a apresentar meus serviços a uma empresa de leasing (arrendamento mercantil), chamada Grupo Empresarial Mondelo, situada no Largo da Misericórdia, 23, no centro da cidade de São Paulo. Isso se deu porque Paulo tinha conseguido o cargo de assessor de marketing na referida empresa e trouxe a alguns colegas da FGV, conhecedores de Matemática, um enigma a ser decifrado.
Como empresa arrendadora (instituição financeira ou sociedade de arrendamento mercantil), o Grupo Empresarial Mondelo tinha diversos clientes (arrendatários). Explicando: o objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador (Mondelo), do bem escolhido pelo cliente (arrendatário) para sua utilização. Esse(s) bem(bens) podia(m) ser móvel(is) ou imóvel(is) de fabricação nacional, ou produzido(s) no exterior e autorizado(s) pelo Conselho Monetário Nacional. No leasing (arrendamento mercantil), o cliente paga uma espécie de aluguel pelo bem com a opção de adquiri-lo ao final do contrato por um valor residual, o que constitui a principal diferença entre o leasing e o financiamento tradicional, já que neste último o bem é de propriedade do contratante, já no ato da compra. Na operação de leasing, existem ainda vantagens com referência ao imposto de renda por parte do contratante.
Como empresa arrendadora (instituição financeira ou sociedade de arrendamento mercantil), o Grupo Empresarial Mondelo tinha diversos clientes (arrendatários). Explicando: o objeto do contrato é a aquisição, por parte do arrendador (Mondelo), do bem escolhido pelo cliente (arrendatário) para sua utilização. Esse(s) bem(bens) podia(m) ser móvel(is) ou imóvel(is) de fabricação nacional, ou produzido(s) no exterior e autorizado(s) pelo Conselho Monetário Nacional. No leasing (arrendamento mercantil), o cliente paga uma espécie de aluguel pelo bem com a opção de adquiri-lo ao final do contrato por um valor residual, o que constitui a principal diferença entre o leasing e o financiamento tradicional, já que neste último o bem é de propriedade do contratante, já no ato da compra. Na operação de leasing, existem ainda vantagens com referência ao imposto de renda por parte do contratante.
Conforme dizia, o colega Paulo trouxe então a alguns mestrandos da FGV, inclusive a mim, a seguinte questão: dado um determinado valor de um bem, a que taxa devia o Grupo Empresarial Mondelo cobrar do contratante as parcelas iguais de aluguel ou contraprestações mensais de modo a cobrir o custo do bem acrescido do lucro desejado para o negócio. Isso parece simples, mas de fato nenhum dos colegas conseguiu resolver a questão. Quanto a mim, consegui resolver o problema depois de muita reflexão, chegando a uma fórmula que desenvolvi (guardada "a sete chaves" por mim) e graças à qual obtive o cargo de assessor financeiro do Grupo Empresarial Mondelo. De posse da fórmula, encaminhei-me para a empresa, ocasião em que fiquei conhecendo dois sócios diretores (Adair e Pe. Godinho) e o contador José Maria.
Quando me apresentei, Pe. Godinho especialmente se interessou em saber a minha procedência. Contei-lhe que vinha de São João del-Rei, portanto mineiro como ele. Mantivemos longas conversas em que ficou manifesto seu imenso interesse pelas peças sacras existentes na paróquia de Nossa Senhora do Pilar de minha histórica cidade, onde percebi a sua intenção de adquirir algumas para constituir algum acervo público, como, aliás, ocorreu com relação a outros acervos quando assumiu a direção do Museu de Arte Sacra de São Paulo alguns anos depois.
Afeiçoei-me logo por ele que parecia ter certa complacência por minhas limitações e precariedades, ouvindo-me sempre e incentivando-me a falar de mim, dos meus embaraços e contingências. Nossas conversas nunca versaram sobre leasing e as operações contratadas pelo Grupo Empresarial Mondelo, nem sobre a minha "fórmula", embora eu hoje imagine que ele sabia de sua existência. Essas tarefas ficavam a cargo do seu sócio Adair. Pe. Godinho estava sempre refestelado em uma cadeira de espaldar alto e sobre sua mesa antiga não eram vistos contratos, despachos ou documentos usuais de uma empresa. Parecia um "deus ex machina", embora não dispensasse um crucifixo na parede de seu nobre aposento.
II. DADOS BIOGRÁFICOS DE PADRE GODINHO
Padre Antônio de Oliveira Godinho nasceu em 23 de janeiro de 1920, em Carmo da Cachoeira, Minas Gerais, filho de José Godinho Chagas e Albertina de Oliveira Godinho. Sacerdote e professor universitário, doutor em Filosofia, Teologia e Direito pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
Iniciou sua vida pública em São Paulo, como deputado estadual, exercendo seu mandato de 1959 a 1963, pela UDN. Em seguida, foi eleito deputado federal para dois mandatos (1963 a 1967, e 1967 a 1971, sendo neste último eleito numa coligação da UDN com o PDC e o PRT). Como deputado federal destacou-se pela eloquência e erudição. Como parlamentar atuante que foi, desempenhou várias missões, cabendo ressaltar a sua missão de Observador Parlamentar à 45ª Conferência da Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, em 1964. Não chegou a terminar seu terceiro mandato, pois no dia 7 de fevereiro de 1969, teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por 10 anos.
Ocupou a cadeira de nº 32 patroneada por Mário Antônio de Magalhães Gomes, da Academia Sul-Mineira de Letras, sediada em Campanha-MG.
Ocupou a cadeira de nº 32 patroneada por Mário Antônio de Magalhães Gomes, da Academia Sul-Mineira de Letras, sediada em Campanha-MG.
Para sobreviver, Padre Godinho traduziu para o português, sob diversos pseudônimos, obras da literatura italiana, entre elas, de Pier Paolo Pasolini, Alberto Moravia e Giovanni Guareschi. Já havia traduzido do latim, em 1962, a Encíclica Mater et Magistra.
Recuperando seus direitos políticos em 1979, após a extinção do bipartidarismo, em 29 de novembro daquele ano, e consequente formulação partidária, filiou-se ao PTB.
Nos anos 80 passa a ser mais conhecido pela opinião pública devido ao seu ingresso na equipe de comentaristas do telejornal vespertino Record em Notícias (1973-1990), chamado popularmente de "Jornal da Tosse".
De suas obras, cabe destacar um livro de memórias "Todas as Manhãs são Azuis" (1991), cobrindo os tempos da infância e da juventude, até os dias difíceis da II Guerra Mundial, que passou na Roma ocupada pelos nazistas alemães. Com exceção dos capítulos I (intitulado "Infância") e II ("Seminário Menor"), o capítulo III, intitulado "Roma", vai da página 69 à de nº 166 e é dedicado à sua vida na capital italiana (desde novembro de 1936 a novembro de 1945, época coincidente com a queda do Estado Novo), sendo o capítulo IV intitulado "O Padre" constituído de suas crenças particulares a respeito de seu múnus sacerdotal. Publicou também "Catolicismo, comunismo e outros assuntos" (1947).
Em 1979, recém-nomeado diretor do Museu de Arte Sacra de São Paulo, ficou responsável por integrar o edifício histórico e o acervo, eliminando paredes, liberando espaços e redistribuindo peças e obras. Aí estão representados grandes pintores, ourives e escultores brasileiros, tais como, na sala dos mestres beneditinos, os ceramistas freis Agostinho da Piedade (Santo Amaro) e Agostinho de Jesus (Nossa Senhora dos Prazeres e Nossa Senhora da Purificação), Aleijadinho (Nossa Senhora das Dores e Sant'Ana Mestra, ambas em madeira), Mestre Valentim (Anjo, em madeira). Há ainda espaços destinados à ourivesaria religiosa (jóias, cálices, adereços, etc.), aos textos históricos sobre a criação da diocese de São Paulo e ao mobiliário da sacristia convivem com as salas dedicadas aos santeiros populares, às "paulistinhas" — pequenas imagens populares de barro, típicas de São Paulo — e às imagens do Divino, versão local dos modelos eruditos. O acervo do museu conta ainda com pinturas do baiano Capinam (1791-1874) e de Benedito Calixto (1853-1927). Em 1983 publicou o livro "Museu de Arte Sacra de São Paulo".
Placa de comemoração do restauro total do Museu de Arte Sacra de São Paulo (18/12/1980) em homenagem à visita de Sua Santidade João Paulo II ao Brasil |
Quando os santos dos altares da Capela da PUC acompanharam as freiras carmelitas que saíram de Perdizes e foram para o Jabaquara, Pe. Godinho convidou o artista José Tudon Puyeo, em 1958, a esculpir as imagens de São Tomás de Aquino e Santa Teresinha para o altar principal; o Sagrado Coração de Jesus e São José, para os altares laterais. ¹
Consta também que Pe. Godinho é o autor de um poema, em comemoração dos 100 anos da criação da Freguesia da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (hoje Carmo da Cachoeira), hoje transformado em Hino do Sesquicentenário por adaptação feita por Jovâne, Jobinho e Tiãozinho. ²
Faleceu em São Paulo, em 17 de outubro de 1992.
III. TEXTO DE PE. GODINHO COMENTADO
De Pe. Godinho possuo um livro intitulado "Todas as Montanhas são Azuis", subtítulo Reminiscências, com prefácio do jornalista Luiz Fernando Mercadante e desenho de capa de Maria Luiza Campelo, editado em 1991 pela Editora Alhambra Ltda., em Brasília-DF. Esse livro cobre suas memórias desde sua infância e juventude até os dias difíceis da II Guerra Mundial, que passou na Roma ocupada pelos alemães. Ouso dizer que as páginas finais desse livro (constantes do capítulo IV, intitulado "O Padre") resumem o "Credo" ³ de Pe. Godinho. Aqui vou transcrever as três derradeiras páginas (p. 211 a 213), na íntegra:
"(...) Muitos estão invertendo as situações. Não é a Igreja que precisa de salvação. É o mundo. Mas a Igreja e o mundo, sob certos aspectos, se confundem. Os que gostariam de vê-la confinada à penumbra das sacristias não entenderam sua missão. Não há dicotomia entre o cristão e o cidadão. A mesma pessoa que persegue a felicidade temporal é sujeito de uma vocação eterna. O corpo perecível não subsiste sem a alma imortal. Ninguém salva aquele em detrimento desta e vice-versa. A obra da salvação não é uma obra solitária. Deus opera pelas mãos dos homens. Aqui na Terra o trabalho de Deus é o nosso próprio trabalho. Uma Democracia sem Deus seria como uma Teocracia sem homens, ou uma omelete sem ovos. Que bom, se os jovens padres entendessem isso! Temo que os Seminários, ao procurar renovar-se e adaptar-se às circunstâncias do tempo, estejam abrindo mão do que havia de positivo na formação que dispensavam, sem que a renovação intentada tenha produzido frutos. Perderam o que era bom e não conseguiram conquistar o melhor. ⁴ É patente, por exemplo, em muitos jovens padres, uma penosa deficiência intelectual. Não aprenderam as ciências tidas como abstratas e não se apoderaram das outras. Julgam-se, hoje, mais sociólogos que teólogos. Se a Teologia já não era boa, a Sociologia é, quase sempre, suspeita. O sarampo da tecnocracia vai invadindo a Igreja com os mesmos prejuízos causados ao Estado. Nada impede — ao contrário, é sumamente desejável — que os padres alarguem horizontes no domínio das ciências profanas. Como seria desejável que os homens de Estado, ou de empresa, tivessem uma visão teológica do mundo! Isso foi desconhecido no passado. E significou uma séria carência. Não é compreensível a inversão das posições: os padres transformarem-se em sociólogos e os leigos em porta-vozes da Teologia. A Sociologia é uma exigência cristã, por isso não pode ser aplicada à revelia do Evangelho. O Padre-Nosso, bem interpretado, é um perfeito tratado de Sociologia. É provável que até ao fim do século muita água corra debaixo das pontes. É possível que as crises se agravem e a Igreja tenha de padecer feridas mais sangrentas, tanto dos que a combatem quanto dos que fingem defendê-la. Ela nunca desejou viver em estado de agonia. Preferiu sempre viver em paz. Mas o clima de padecimento jamais lhe foi estranho. O vaticínio do galho verde e do galho seco não se perdeu no tempo. Todo momento de crise profunda na Igreja foi seguido de períodos de expansão e fecundidade. Foi assim, por exemplo, após as migrações bárbaras; no século XVI, à época dos descobrimentos marítimos; agora, com a abertura de vias navegáveis nos mares do infinito. Todos foram momentos de tensão e, por isso, de renovação profunda. Após cada um, o mundo teve a fisionomia modificada.
É estranho como os homens gostam de substituir-se a Deus nos seus desígnios. Somo pobres formigas em comparação com as estrelas. E, se as estrelas pensassem, talvez se julgassem inquietos vagalumes comparadas a nós. Santo Agostinho disse: Deus est magnus in magnis et maximus in minimis. ⁵ O átomo é, em proporção, maior que a Lua e, possivelmente, mais terrificante que os milhões de mundos perdidos nos silenciosos abismos do cosmo infinito. Latente no âmago da matéria, sua força é mais poderosa do que todos os coriscos desencadeados no céu. O átomo quedou-se oculto, durante milênios, embora os Gregos o tivessem pressentido simplesmente como o último elemento indivisível, constitutivo da matéria. Apenas, não era indivisível. Nem por isso, Demócrito deixou de chegar antes de Oppenheimer. Os Gregos chegaram antes de todo mundo. Mas Deus existe antes dos Gregos e dos seus deuses. O átomo é tão belo quanto a rosa que o Pequeno Príncipe abrigou no asteróide para que o carneiro não a devorasse. O mesmo carneiro que comia os pintainhos de minha estouvada galinha. Le mouton oui ou non a-t-il mangé la fleur? ⁶
Às vezes, fico assuntando e me espanto ao ver como Deus-Uno é pluralista! Antigamente, se falava em panteísmo. Quem sabe essa palavra tem uma conotação mais profunda do que imaginaram os seus criadores? Há uma centelha de Deus em cada coisa criada. No homem como na pedra; na estrela como no sapo dos brejos; na flor escondida nos campos; na mosca verde zumbindo ao sol do meio-dia; nos castelos de nuvens deslumbrantes que eu contemplei, sozinho, ao sobrevoar o Saara, a quinze mil metros de altitude, num límpido alvorecer; nos impalas dos cerrados africanos; nas neves indiferentes dos alcantis alpinos; nas mãos descarnadas do trôpego mendigo; nos sonhos das crianças que sorriem para os anjos notívagos. A tecnologia de Deus é mais antiga que a teologia dos homens. Deus não gosta de matéria-plástica. Mas gosta de contemplar, de noite, a Pietá e discutir, com Michelangelo, em turbulentos serões celestes, alguns detalhes do Juízo Universal, no qual, um dia, todos seremos julgados — os vivos e os mortos.
EXPLICIT LIBELLUS HIC
LAUS DEO ⁷"
Concordo com o jornalista Luiz Fernando Mercadante, que prefaciou "Todas as Manhãs são Azuis: Reminiscências" em 1988, sob o título Uma verdadeira Catedral:
"Antônio de Oliveira Godinho — arquiteto da palavra — construiu, pedra a pedra, página a página, este belo livro, verdadeira catedral.
Catedral barroca, penetrei este livro ainda na virgindade dos originais, em uma noite e madrugada sacramentais. (...)
E o que fora meu privilégio por uma noite, dias, semanas e meses, torna-se, hoje, democraticamente, pintura, afresco, escultura, música ao alcance de todos.
Ninguém lerá esta preciosidade impunemente. Ao final da viagem, cada passageiro terá crescido como ser humano. (...)"
IV. NOTAS EXPLICATIVAS DO AUTOR DESTA MATÉRIA
(vide comentário)
³ "Um credo é um sistema de princípios ou crenças. Nas artes, há numerosos credos não escritos que seguimos querendo ou não. Não há ninguém que não siga um credo. Mas onde um credo termina no homem ou na arte e não em Deus e nas verdades de Deus, é um credo inferior. É um credo capaz apenas de satisfazer prazeres inferiores. Tais credos — tais sistemas de princípio e crença que eventualmente prezam a arte, ou a estética, ou a habilidade, ou o desempenho, ou o artista, ou qualquer outra coisa que não Deus como derradeiro prazer e objetivo dos prazeres que conhecemos na arte — são incapazes de produzir os plenos, mais satisfatórios e duradouros prazeres que se podem conhecer através da expressão artística." (HARMS, Jason: "O Credo de um Artista", in
⁴ Video meliora proboque deteriora sequor. Vejo e aprovo as melhores coisas, mas sigo as piores. (OVÍDIO, Metamorfoses VII, 20)
⁵ Deus é grande nas grandes coisas e máximo nas mínimas. A sentença exata utilizada por Santo Agostinho foi: (Deus) magnus in magnis, nec parvus in minimis. Deus é grande nas grandes coisas, sem ser pequeno nas mínimas (coisas). (Sermo CCXIII chamado In Traditione Symboli, vol. V, p. 1061, MIGNE)
⁶ O carneiro comeu ou não a flor?
⁷ Acabou este livreto. Louvor a Deus.
Com este desfecho, Pe. Godinho está sendo humilde, pois, de acordo com a ABNT, um livro deve conter pelo menos 50 páginas (NBR 6029, da ABNT). Assim, qualquer coisa abaixo disso não é um livro, mas um livreto.
* O autor é escritor, compositor e pianista, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei, onde ocupa a cadeira nº 22 patronímica do escritor e poeta são-joanense Lincoln de Souza, e da Academia de Letras de São João del-Rei, onde ocupa a cadeira 28 patronímica de Dr. Antônio de Andrade Reis. Outras instituições de que participa como membro: IHG de Campanha, Academia Valenciana de Letras e Instituto Cultural Visconde do Rio Preto (Valença-RJ), Academia Divinopolitana de Letras, IHG-DF, Academia Taguatinguense de Letras, Academia Barbacenense de Letras, Academia Formiguense de Letras e Colégio Brasileiro de Genealogia (Rio de Janeiro-RJ).
10 comentários:
Muito interessante, primo....
Parabéns e que experiência bacana você teve com esta personalidade!
Abs
Douglas
Ter a sua amizade e ler os seus escritos no blog muito me enriquecem.
Obrigado e parabéns pelos trabalho e de tantos outros que sei que faz na área literária e musical.
hábraços
Caro amigo Francisco Braga,parabéns pela bela matéria sobre o Padre Godinho que lembro bem dele , abraços São-joanenses do amigo em Brasilia-DF.
Ray Pinheiro.
Lembro-me da atuação política de Pe. Godinho, um deputado que se fazia respeitar pela competência e oratória brilhante. Boas lembranças. Dangelo
Prezado amigo e confrade Braga, bom dia. Acabei de ler agora, com vagar, o seu texto sobre o encontro com o Padre Godinho, de quem me recordo quando deputado pelo Estado de São Paulo, na Câmara Federal, pela legenda da antiga UDN. Sei de sua vida pública. Mas não tive a ventura – como você teve – de conhecê-lo pessoalmente. É bom que a gente divulgue certas figuras da vida pública brasileira, realmente políticos a serviço do povo, quando pululam deputados nas casas de representação popular sem lastro intelectual e sem ética. Abraço do Fernando Teixeira
DE PENA
DESCANSA A PENA, AMIGO,
TEM PENA DE NÓS, INCULTO:
NÃO SEI MAIS O QUE LHE DIGO,
POR SILÊNCIO PEÇO INDULTO... rsssss
ET: Cuidado pra não fundir a cuca. Ela precisa de férias. Venha cá espairecer com as Artes. Temos também torresmo e pinga da boa pra brindar com a Rute! rsssss
Abs
HP.
Caro Braga, li seu belo escrito. Sua competência é uma bênção! Alio-me a você na admiração pelo Padre Godinho. Muito obrigado! Lourenço
Muito bom seu texto sobre o Padre Godinho. Parabéns.
UP
Parabéns pelo belo texto sobre Padre Godinho. Obrigada !
Braga:
Eu li o segundo artigo, que trata da morte de Muriçoca. O primeiro, em que consta a biografia resumida do padre, eu não tinha lido. Então, no meu comentário, coloquei o pouco que me lembrava do Pe. Godinho, embora me ande esmaecida a memória.
Todo o clero, naquele tempo, tinha uma cultura notável. Alguns deles, então, pra lá de notável. Os que eram selecionados para a Gregoriana contavam-se entre gente de primeira qualidade, não somente intelectual como moral e espiritual. Veja que o Pe. Godinho era secular, como se dizia então. Hoje, percebo, havia, e deve continuar havendo, padres seculares "melhores" que os do clero regular. A surpresa existe porque a formação do clero regular, o das Ordens religiosas, era muito mais rigorosa. Digo tudo isso com mediano conhecimento de causa, porque fui seminarista, junto aos jesuítas, em Nova Friburgo, no Curso Colegial, 1959-1961.
Não sei se cabe dizer, mas o clero hoje dito "diocesano" chamava-se "secular", pois vivia no "século", trabalhando em paróquias. Sua atuação era bem diversificada. Havia até os que iam para a política, sendo eleitos parlamentares. Depois, o Papa Paulo VI ou João Paulo II proibiu que padres se envolvessem em política. Lógico que não falamos de "política" no sentido aristotélico, de "zóon politikón". O Papa dizia que deixassem a política partidária. Isso era para os leigos.
Então, daí é que vem a minha admiração: ser parlamentar (convivendo com a sordidez daquele ambiente) e ser, ao mesmo tempo, fiel aos votos, cumprindo toda a obrigação sacerdotal, que, por si só, ocupa boa parte do dia.
Outro parlamentar de destaque, na época, foi o Pe. Calazans.
Afinal, por outro lado, veja a bancada evangélica, nos dias de hoje. Não será que perdemos a vez, os católicos? Enfim, dos futuros possíveis, ie, o que seria hoje se não fosse a proibição papal, só Deus sabe.
Abçs.
Celeste
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