Por Antón Pávlovitch TCHÉKHOV
Traduzido do russo e comentado por Francisco José dos Santos Braga
Traduzido do russo e comentado por Francisco José dos Santos Braga
"O Gordo e o Magro" é um conto humorístico de Antón Tchékhov publicado originalmente na revista Fragmentos na edição número 40 de 1º de outubro de 1883, com o pseudônimo de A. Tchekhonté.
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Crédito: Pages of the Globe |
— Porfírio! — exclamou o gordo ao ver o magro. — Será você? Meu querido! Há quanto tempo...
— Meu Deus! — o magro ficou surpreso. — Misha ¹! Amigo de infância! De onde você veio?
Os amigos se beijaram três vezes e se olharam, um para o outro, com os olhos cheios de lágrimas. Ambos estavam agradavelmente surpresos.
— Meu caro! — começou o magro depois do beijo. — Eu não esperava por isso! Que surpresa! Bem, olhe bem para mim! Tão bonito como sempre foi! Tão querido e elegante! Ah, meu Deus! E você? Rico? Casado? Eu já estou casado, como vê... Esta é minha esposa, Louise, nascida em Wanzenbach... uma luterana... E este é meu filho, Natanael ², um aluno da terceira série. Natanael, este é meu amigo de infância! Nós fizemos o ginásio juntos!
Natanael pensou por um momento e tirou o chapéu.
— Estudamos juntos no ginásio! — continuou o magro. — Você se lembra de como eles o apelidavam? Eles o apelidavam de Eróstrato ³ por você ter queimado um livreto oficial com um cigarro, e a mim de Efialtes ⁴ por eu adorar delatar. Ho-ho... Éramos crianças! Não tenha medo, Natanael! Chegue mais perto dele... E esta é minha esposa, nascida em Wanzenbach... uma luterana.
Natanael pensou por um momento e se escondeu atrás das costas do pai.
— E aí, como está a vida, amigo? — perguntou o gordo, olhando para o amigo com admiração. — Onde você está no serviço público? Progrediu na carreira?
— Estou no serviço público, meu caro! Tenho sido assessor colegiado pelo segundo ano e tenho a cruz do Santo Estanislau. O salário é ruim... bem, não importa! Minha esposa dá aulas de música, e eu faço cigarreiras de madeira. Excelentes cigarreiras! Eu as vendo por um rublo cada. Se alguém pegar dez peças ou mais, então, a este, você entende, dou um desconto. De alguma forma nos viramos. Sabe? Eu servi no departamento, e agora fui transferido para cá como chefe do escritório no mesmo departamento... Vou servir aqui. Bem, como vai você? Você provavelmente já é um conselheiro civil? Hein?
— Não, meu querido, aumente um pouco mais —, disse o homem gordo. — Eu já subi para o posto de conselheiro privado... Tenho duas estrelas.
O magro de repente empalideceu e se petrificou, mas logo seu rosto se distorceu em todas as direções em um mais amplo sorriso; parecia que chispas saíam de seu rosto e olhos. Ele próprio encolheu-se, curvou-se, estreitou-se... Suas malas, fardos e caixas de papelão encolheram-se, enrugaram-se... O longo queixo de sua esposa ficou ainda mais longo; Natanael ficou em posição de sentido e abotoou todos os botões do próprio uniforme...
— Excelência... É um prazer conhecê-lo! Um amigo, pode-se dizer, de infância, e de repente se tornou um nobre! Hehehe.
— Ah, basta! — o gordo fez uma careta. — Para quê esse tom? Você e eu somos amigos de infância. Então, por quê essa reverência à posição social aqui?
— Perdão!... O que você está dizendo...? — o magro deu uma risadinha, encolhendo-se ainda mais. — A benevolente atenção de Vossa Excelência... meu filho Natanael... esposa Louise, uma luterana, de certo modo...
O gordo queria retorquir algo em resposta, mas o rosto do magro expressava tanta reverência, doçura e respeitosa amargura que o conselheiro privado sentiu-se mal. Ele se afastou do magro e lhe estendeu a mão à despedida.
O magro apertou três dedos, inclinou-se com todo o corpo e riu como um chinês: “khi-khi-khi”. A esposa sorriu. Natanael arrastou os pés para trás e deixou cair o boné. Todos os três ficaram agradavelmente surpresos.
Link para o conto em russo: https://ilibrary.ru/text/464/p.1/index.html
II. BREVES RESUMO E ANÁLISE LITERÁRIA DE "O GORDO E O MAGRO" por Francisco José dos Santos Braga
Um homem gordo e outro magro se conheciam desde os tempos de escola.
Eles se encontram acidentalmente numa estação ferroviária.
Não se vendo desde que eram meninos, tentam se atualizar.
O magro (Porfírio) adora conversar — principalmente sobre si mesmo. Ele conta ao gordo (Misha) tudo sobre sua família (esposa e filho ali presentes) e trabalho. Na sua fala, Porfírio conta que é um funcionário chefe no serviço público e indaga sobre a posição de Misha.
A resposta de Misha — “sou um conselheiro privado” —, portanto, um alto funcionário, representa o ponto de viragem do conto: Porfírio, que até aqui tinha um tom amistoso, comporta-se com toda a formalidade diante da posição social do amigo.
Agora, Porfírio se sente um fracasso. Ele está comparando suas realizações com as de Misha e começa a bajulá-lo. Seu corpo é magro e sua alma também.
Por sua vez, Misha não se gaba absolutamente de suas realizações e só diz a Porfírio que é um conselheiro privado, quando perguntado. Pelo contrário, ele prefere que seu velho amigo o trate como um igual.
Como leitores, temos a sensação de que Misha é um homem decente e completo.
Não fosse pela subserviência e exagero na reverência do amigo pela sua posição social, Misha até poderia ajudá-lo na sua progressão no serviço público, mas infelizmente toda aquela subserviência do amigo é um fardo muito pesado de lidar; então, em vez disso, Misha se despede e vai embora, deixando Porfírio com a sensação de não ter aproveitado a oportunidade que estava bem à sua frente.
O conto termina com a alusão à união na família de Porfírio, diante do fracasso do encontro. Aqui o narrador Tchékhov reconhece que Misha, superior em todos os aspectos, pode estar perdendo num para Porfírio: este possui uma família unida.
Para fins de análise literária, é possível visualizar três temas no conto humorístico “O Gordo e o Magro”:
1) Amizade
Tchékhov descreveu como em uma sociedade onde prevalece o respeito por posição social, carreirismo, dinheiro e conexões, há cada vez menos espaço para relacionamentos humanos simples, como a amizade. Os adultos, tornando-se escravos de suas posições na hierarquia estatal ou empresarial, não conseguem mais se comunicar com eficácia. É por isso que o Gordo perde seu amigo, o Magro, na estação.
2) O “homenzinho”
No conto, Tchékhov analisa criticamente seu herói, o Magro, revelando todas as fragilidades de seu pensamento servil e deficiente, seu desejo quase instintivo de se humilhar diante daqueles que estão acima dele, mesmo que isso não seja necessário. “O Gordo e o Magro” é um exemplo marcante de um período criativo de Tchékhov, em que costumava desenvolver o tema tradicional da literatura russa do “homenzinho”. Nela, como em todas as obras do escritor, é revelada sua visão original do homem e do mundo ao seu redor.
3) A família
1) Amizade
Tchékhov descreveu como em uma sociedade onde prevalece o respeito por posição social, carreirismo, dinheiro e conexões, há cada vez menos espaço para relacionamentos humanos simples, como a amizade. Os adultos, tornando-se escravos de suas posições na hierarquia estatal ou empresarial, não conseguem mais se comunicar com eficácia. É por isso que o Gordo perde seu amigo, o Magro, na estação.
2) O “homenzinho”
No conto, Tchékhov analisa criticamente seu herói, o Magro, revelando todas as fragilidades de seu pensamento servil e deficiente, seu desejo quase instintivo de se humilhar diante daqueles que estão acima dele, mesmo que isso não seja necessário. “O Gordo e o Magro” é um exemplo marcante de um período criativo de Tchékhov, em que costumava desenvolver o tema tradicional da literatura russa do “homenzinho”. Nela, como em todas as obras do escritor, é revelada sua visão original do homem e do mundo ao seu redor.
3) A família
A esposa e o filho do Magro repetem mecanicamente seus hábitos, eles estão prontos para se humilhar junto com ele, apenas para obter algum benefício. Tchékhov deixa implícito que a família não apenas apóia o pai de família e a torna melhor, mas também se arrasta para baixo, se compartilha com suas ilusões.
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O conto “O Gordo e o Magro” claramente pertence ao movimento realista. Nele, Tchékhov busca uma representação confiável da realidade circundante. As imagens que criou respiram realismo, são tão típicas quanto possível, e podemos acreditar que seus heróis existem na realidade.
A brevidade, o pequeno número de personagens, a máxima imprecisão de detalhes e o caráter cômico geral nos permitem definir o gênero desta obra, sem dúvida nenhuma, como um conto humorístico. O seguinte indica “humor”: um enredo engraçado e anedótico, nomes e apelidos engraçados dos personagens que não são típicos da Rússia (como o da esposa do Magro, nascida em Wanzenbach, uma luterana), diálogos cômicos cheios de vocabulário coloquial animado.
“O Gordo e o Magro” é uma sátira sobre uma sociedade que vive dentro de uma hierarquia rígida e subordina todos os sentimentos vivos e naturais a convenções mortas e impostas. Tchékhov ridiculariza seus contemporâneos por sua subordinação servil aos dogmas do serviço. Eles rastejam por hábito, sem nem perceber. As condecorações ou estrelas nas lapelas ou nas casas dos botões definem sua personalidade, não suas ações ou mesmo suas palavras.
Significado do título
O título da conto “Gordo e Magro” imediatamente traça uma linha entre os dois personagens. Essa técnica é chamada de “contraste”. Um herói é contrastado com outro, apesar de já terem sido amigos. Agora eles estão separados por status: um é rico, o outro é pobre. Já no título o escritor estabelece as bases do conflito: subordinado e chefe, dono da vida e perdedor.
Neste caso, as palavras “Gordo” e “Magro” não significam tanto as características fisiológicas dos personagens, mas sim seus diferentes status sociais e, mais importante, suas visões de mundo completamente opostas. O Magro, como uma palha, se abaixa até o chão, prostra-se diante do que está mais alto e mais forte do que ele. Malas e preocupações com a família pesam sobre ele como mochilas em um camelo. Mas O Gordo está livre e seguro: ele não tem o fardo da bagagem e de uma família. É por isso que ele é gordo: ele consome todos os benefícios consigo mesmo. O significado do título da história “Gordo e Magro” está justamente na oposição desses heróis.
O título da conto “Gordo e Magro” imediatamente traça uma linha entre os dois personagens. Essa técnica é chamada de “contraste”. Um herói é contrastado com outro, apesar de já terem sido amigos. Agora eles estão separados por status: um é rico, o outro é pobre. Já no título o escritor estabelece as bases do conflito: subordinado e chefe, dono da vida e perdedor.
Neste caso, as palavras “Gordo” e “Magro” não significam tanto as características fisiológicas dos personagens, mas sim seus diferentes status sociais e, mais importante, suas visões de mundo completamente opostas. O Magro, como uma palha, se abaixa até o chão, prostra-se diante do que está mais alto e mais forte do que ele. Malas e preocupações com a família pesam sobre ele como mochilas em um camelo. Mas O Gordo está livre e seguro: ele não tem o fardo da bagagem e de uma família. É por isso que ele é gordo: ele consome todos os benefícios consigo mesmo. O significado do título da história “Gordo e Magro” está justamente na oposição desses heróis.
Composição e conflito
Logicamente, a história é dividida em duas partes: antes de ficarmos sabendo a posição social do Gordo, e depois de sabê-lo. Essa estrutura é necessária para expressar mais claramente a ideia principal da história, para mostrar como a situação muda depois que o status social é introduzido na narrativa.
A peculiaridade da composição linear da história “O Gordo e O Magro” é que a parte principal do conto é dedicada à introdução e exposição, enquanto o clímax e o desenlace são partes lacônicas, mas extremamente expressivas, quando a conversa muda para o serviço. A partir desse instante, o tratamento na primeira parte é “você ou tu” e passa para “Vossa Excelência” na segunda.
O conflito no conto é baseado na oposição entre relacionamentos humanos reais com base na amizade e afeição sinceras e o carreirismo e o respeito pela posição social que reina em toda a sociedade russa.
Logicamente, a história é dividida em duas partes: antes de ficarmos sabendo a posição social do Gordo, e depois de sabê-lo. Essa estrutura é necessária para expressar mais claramente a ideia principal da história, para mostrar como a situação muda depois que o status social é introduzido na narrativa.
A peculiaridade da composição linear da história “O Gordo e O Magro” é que a parte principal do conto é dedicada à introdução e exposição, enquanto o clímax e o desenlace são partes lacônicas, mas extremamente expressivas, quando a conversa muda para o serviço. A partir desse instante, o tratamento na primeira parte é “você ou tu” e passa para “Vossa Excelência” na segunda.
O conflito no conto é baseado na oposição entre relacionamentos humanos reais com base na amizade e afeição sinceras e o carreirismo e o respeito pela posição social que reina em toda a sociedade russa.
Personagens principais e suas características
As imagens de “Gordo” e “Magro” são retratadas pelo autor de forma esquemática; elas carecem de individualidade. Cada um deles é um reflexo de sua classe, sua posição, seu status na sociedade e seu status familiar.
As imagens de “Gordo” e “Magro” são retratadas pelo autor de forma esquemática; elas carecem de individualidade. Cada um deles é um reflexo de sua classe, sua posição, seu status na sociedade e seu status familiar.
Características dos personagens da história “O Gordo e O Magro”:
Misha: conselheiro privado, um homem completo e de bom caráter, autoconfiante, enojado de bajuladores e carreiristas. Ele alcançou o auge na carreira e desfruta de prosperidade. Apesar de suas grandes conquistas, ele se lembra de seus velhos amigos e não busca superá-los.
Misha: conselheiro privado, um homem completo e de bom caráter, autoconfiante, enojado de bajuladores e carreiristas. Ele alcançou o auge na carreira e desfruta de prosperidade. Apesar de suas grandes conquistas, ele se lembra de seus velhos amigos e não busca superá-los.
Porfírio: assessor colegiado. homem magro. Ele tem uma esposa, Louise, e um filho, Natanael. um homem patético e preocupado, que está pronto para rastejar diante dos “poderes constituídos”. Ele é privado de qualidades pessoais: todas elas foram substituídas por suas maneiras e decoro oficiais.
Problemas questionados no conto
Reverência pela posição social
O escritor mostra como a admiração cega pelos superiores humilha uma pessoa. Segundo Tchékhov, uma pessoa merece respeito não por sua posição, mas por seus atos reais.
Desigualdade social
Embora Porfírio e Misha sejam claramente pessoas de rendas diferentes, Tchékhov mostra que a desigualdade social não significa nada se as pessoas forem sinceras umas com as outras. Segundo o escritor, a lacuna entre as pessoas não é criada pela diferença de renda, mas pela falta de espiritualidade elevada na sociedade.
Escravidão interna
Em suas obras, Tchékhov frequentemente tenta transmitir aos leitores a ideia de que todas as pessoas nascem livres. Ninguém forçou Porfírio a bajular Misha e outros, mas anos de serviço e sua própria fraqueza fizeram dele quem ele é. Derrotar o escravo dentro de si, libertar-se dos grilhões da sociedade e tornar-se um indivíduo completo é o valor mais alto e o maior feito, segundo Tchékhov. Em outras palavras, a conclusão do texto sugere que Porfírio precisa expulsar o escravo para fora de si, antes que ele tome posse como mestre do seu destino.
Ideia principal
O significado do conto “O Gordo e o Magro” de Tchékhov está na superfície. Desenvolvendo o tema do “homenzinho”, Tchékhov mostrou que muitas vezes não são as circunstâncias que fazem uma pessoa ser quem ela é. O próprio indivíduo decide como viver e quem ser: um escravo ou uma pessoa livre. Ninguém obriga o Magro a se curvar aos seus superiores, exceto sua própria ganância e covardia.
O escritor também retratou problemas sociais que o preocupavam. Em sua opinião, uma sociedade, atolada em mentiras, tomada pelo carreirismo e pela veneração à posição social, está fadada a perecer. Perde sentimentos humanos tão importantes como amizade, amor e assistência mútua. Essa é a ideia principal do conto “O Gordo e o Magro”.
O que ele nos ensina? Esse conto nos ensina a valorizar sentimentos reais e vivos, e a não deixar que coisas insignificantes como uma carreira ou ganhar dinheiro os destruam. Esta é a moral da obra “O Gordo e o Magro”: não importa o que aconteça, os relacionamentos humanos são mais importantes do que barreiras de status e cálculos cotidianos.
O que ele nos ensina? Esse conto nos ensina a valorizar sentimentos reais e vivos, e a não deixar que coisas insignificantes como uma carreira ou ganhar dinheiro os destruam. Esta é a moral da obra “O Gordo e o Magro”: não importa o que aconteça, os relacionamentos humanos são mais importantes do que barreiras de status e cálculos cotidianos.
III. NOTAS EXPLICATIVAS
¹ Misha é um nome de origem russa. É a forma diminutiva de Mikhail, que corresponde a Miguel em português.
² Natanael ou Bartolomeu em português.
³ Eróstrato foi um pastor de Éfeso, convertido em incendiário. Foi acusado como o responsável pela destruição do templo de Diana de Éfeso, considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, em 21 de julho do ano 356 a.C., coincidindo, segundo Plutarco, com o nascimento de Alexandre Magno.
A confissão do propósito de seu crime lhe foi extraída sob tortura, ordenada por Artaxerxes. Segundo registra a história, seu único fim foi obter fama a qualquer preço. Ao descobrirem a intenção do incendiário, não só o executaram, mas também proibiram, sob pena de morte, o registro do seu nome para as gerações futuras.
No ambiente acadêmico da psicologia se denomina complexo de Eróstrato o transtorno segundo o qual o indivíduo busca sobressair, distinguir-se e ser o centro da atenção.
⁴ O nome Efialtes foi de um grego famigerado que traiu o rei espartano Leônidas em 480 a.C., por ter ajudado o rei persa Xerxes I a encontrar um caminho alternativo no desfiladeiro das Termópilas. Além de nome, o termo em grego tem o significado de “pesadelo”.
6 comentários:
Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...
Prezad@,
Tenho o prazer de apresentar-lhe minha tradução para o conto humorístico do autor do realismo russo, TCHÉKHOV, intitulado O GORDO E O MAGRO.
Neste conto, ele aborda o encontro acidental de dois amigos de infância numa estação ferroviária de uma forma irônica, mas com um significado filosófico profundo. Acompanha a tradução minha análise literária do texto, seguida de notas explicativas.
São as seguintes as outras traduções de contos de Tchékhov já postadas no Blog do Braga até o presente:
- Uma brilhante Personalidade (Conto de um Idealista)
- Vingança de uma Mulher
- Um Escândalo
- Numa Casa de Campo
- Morte de um Funcionário
- Um Hamlet moscovita
- Um Malfeitor
- Alegria
- Fraudadores Involuntários,
além de tradução de uma entrevista feita com Blake Morrison sobre sua peça Somos Três Irmãs, baseada no texto-modelo de As Três Irmãs de Tchékhov.
Link: https://bragamusician.blogspot.com/2025/03/o-gordo-e-o-magro.html
Cordial abraço,
Francisco Braga
Pedro Rogério Moreira (jornalista e sócio da Gracián Telecom, cronista e memorialista brasileiro) disse...
Obrigado!
Dr. Rogério Medeiros Garcia de Lima (professor universitário, desembargador, ex-presidente do TRE/MG, atual Terceiro Vice-Presidente TJMG, escritor e membro do IHG-MG e membro do IHG e da Academia de Letras de São João del-Rei) disse...
Excelente Tchékhov.
Abs
Paulo Roberto de Almeida (escritor e gerente do Blog Diplomatizzando) disse...
Meus cumprimentos pelas suas Tchecovianas...
Danilo Gomes (escritor, jornalista e cronista, membro das Academias Mineira de Letras, Marianense de Letras e Brasiliense de Letras) disse...
Mestre Braga, agradeço o envio de seu erudito trabalho sobre o sempre festejado Tchékhov !!! Abraço do Danilo.
Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...
Caro professor Braga
Poderá haver em Tchékhov uma certa estereotipização do caráter dos que se dedicam à iniciativa privada e dos que se prestavam ao serviço público civil, um tanto similar, guardadas as devidas diferenças de contexto histórico e social, aos personagens de Jeca Tatuzinho e do próspero italiano de botas no conto de Monteiro Lobato ? Fica a especulação.
Cumprimentos por mais essa tradução e seus comentários.
Grato,
Cupertino
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