quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

CRÔNICA DO XVII ENCONTRO DE CORAIS DE SANTOS DUMONT


Por Francisco José dos Santos Braga



Como ocorre anualmente, realizou-se o 17º Encontro de Corais de Santos Dumont-MG no dia 28 de novembro de 2015. Estava programada a apresentação de 5 corais, conforme o folder preparado pela Sra. Virgínia Parízio e enviado a todos os amantes da música como convite. Dizia o referido folder:


Havia grande expectativa em relação a um coral participante, que era o mais aguardado: o Coro Municipal de Juiz de Fora, sob a regência do maestro Domício Procópio que acabara de participar do 28º Octubre Coral nas cidades de Buenos Aires e Santa Rosa (La Pampa)-Argentina no período de 08 a 11/10/2015. ¹ No começo da semana, entretanto, fomos informados da impossibilidade de o Coro Municipal de Juiz de Fora participar do evento, o que inviabilizou também a apresentação do Coral da OAB-Juiz de Fora, eis que os coralistas são os mesmos integrantes dos 2 corais. Desta forma, o encontro ficava reduzido a apenas corais da cidade de Santos Dumont, a "prata da casa".

Frei Joel me ligou no começo da semana, solicitando-me para suprir a ausência dos dois renomados corais com uma audição de 3 peças para soprano com acompanhamento de piano. Combinamos então o repertório a ser apresentado. 

Antes das apresentações musicais, falou o representante do Projeto Vida em Santos Dumont-MG,  o qual agradeceu a todos os presentes as doações e aos corais participantes a oportunidade de divulgar seu trabalho na luta contra a propagação do vírus do HIV/AIDS e no combate ao preconceito. ²

O 17º Encontro de Corais de Santos Dumont-MG teve inicialmente a participação da minha esposa, a cantora lírica Rute Pardini, que brindou o teatro superlotado do Seminário Seráfico Santo Antônio, em Santos Dumont, com três canções, acompanhada por mim ao piano. A primeira peça foi "Ombra mai fu" (Recitativo e Ária), do 1º Ato da ópera Xerxes, de Haendel; a segunda, um Lied de Schubert, dedicado a Deus, "Du bist die Ruh'" (Vós Sois a Tranquilidade), sobre versos de Friedrich Rückert (1788-1866). A terceira canção apresentada foi "As Pombas", música de Chiquinha Gonzaga sobre versos de Raimundo Correia (1859-1911).
Casal Rute Pardini e o autor da crônica

O primeiro coral a se apresentar foi o Coral Trovadores da Mantiqueira, sob a regência de frei Joel Postma o.f.m.. Sobre o repertório apresentado, frei Luciano Lopes o.f.m. assim descreveu em artigo publicado no dia seguinte no site da Província de Santa Cruz ³
"A primeira música foi uma mini-cantata, A caminho do Pai, das irmãs religiosas, Irene Maria e Maria Madalena; a segunda música foi o Cântico das Criaturas, na versão original italiana, escrita por São Francisco de Assis, musicada por Domenico Alaleona (1881-1928)."
O compositor italiano Domenico Alaleona musicou o texto original de Francisco de Assis ("Il Cantico di Frate Sole"), conforme a seguir. Logo em seguida, é oferecida a sua transcrição didática do poema para a língua italiana corrente. Finalmente, é apresentado um texto de frei Vitório Mazzuco Filho o.f.m. sobre as condições em que vivia Francisco de Assis quando o poema foi produzido.


Testo originale 

Francesco d' Assisi

Altissimu, onnipotente, bon Signore,
tue so’ le laude, la gloria e l’honore et onne benedictione.

Ad te solo, Altissimo, se konfano,
et nullu homo ène dignu te mentovare.

Laudato sie, mi’ Signore, cum tucte le tue creature,
spetialmente messor lo frate sole,
lo qual’è iorno, et allumini noi per lui.

Et ellu è bellu e radiante cum grande splendore:
de te, Altissimo, porta significatione.

Laudato si’, mi’ Signore, per sora luna e le stelle:
in celu l’ài formate clarite et pretiose et belle.

Laudato si’, mi’ Signore, per frate vento
et per aere et nubilo et sereno et onne tempo,
per lo quale a le tue creature dài sustentamento.

Laudato si’, mi’ Signore, per sor’aqua,
la quale è multo utile et humile et pretiosa et casta.

Laudato si’, mi’ Signore, per frate focu,
per lo quale ennallumini la nocte:
ed ello è bello et iocundo et robustoso et forte.

Laudato si’, mi’ Signore, per sora nostra matre terra,
la quale ne sustenta et governa,
et produce diversi fructi con coloriti flori et herba.

Laudato si’, mi’ Signore, per quelli ke perdonano per lo tuo amore
et sostengo infirmitate et tribulatione.

Beati quelli ke ’l sosterrano in pace,
ka da te, Altissimo, sirano incoronati.

Laudato si’, mi’ Signore, per sora nostra morte corporale,
da la quale nullu homo vivente pò skappare:
guai a·cquelli ke morrano ne le peccata mortali;
beati quelli ke trovarà ne le tue sanctissime voluntati,
ka la morte secunda no ’l farrà male.


Laudate e benedicete mi’ Signore et rengratiate
e serviateli cum grande humilitate.


Trascrizione didattica 
Altissimo, onnipotente, buon Signore,
tue sono le lodi, la gloria e l’onore e ogni benedizione.

A te solo, Altissimo, si confanno,
e nessun uomo è degno di te mentovare.

Lodato sii, mio Signore, con tutte le tue creature,
specialmente messer fratello sole,
il quale è giorno, e allumini noi per lui.

E esso è bello e raggiante con grande splendore:
di te, Altissimo, porta significazione.

Lodato sii, mio Signore, per sorella luna e le stelle:
in cielo le hai formate chiarite e preziose e belle.

Lodato sii, mio Signore, per fratello vento
e per aere e nubilo e sereno e ogni tempo,
per il quale alle tue creature dai sostentamento.

Lodato sii, mio Signore, per sorella acqua,
la quale è molto utile e umile e preziosa e casta.

Lodato sii, mio Signore, per fratello fuoco,
per il quale illumini la notte:
e esso è bello e giocondo e robustoso e forte.

Lodato sii, mio Signore, per sora nostra madre terra,
la quale ci sostenta e governa,
e produce diversi frutti con coloriti fiori e erba.

Lodato sii, mio Signore, per quelli che perdonano per il tuo amore
e sostengono infermità e tribolazione.

Beati quelli che lo sosterranno in pace,
ché da te, Altissimo, saranno incoronati.

Lodato sii, mio Signore, per sorella nostra morte corporale,
dalla quale nessun uomo vivente può scappare:
guai a quelli che morrano nei peccati mortali;
beati quelli che troverà nelle tue santissime volontà,
ché la morte seconda non farà loro male.

Lodate e benedicete il mio Signore e ringraziate
e servitegli con grande umilità. 

Extraído de: Francesco d'Assisi (1970). «Cantico di frate Sole». In: CONTINI, Gianfranco. Letteratura italiana delle origini. Firenze: Sansoni. Pp. 4-5.

Referências bibliográficas:
Reprodução do códice 338 do Fondo Antico della Biblioteca Comunale di Assisi, mantido pelo Sacro Convento di San Francesco, Assis, Itália.












   


Fl. 33r                                                                                                                     Fl. 34v


Para que o leitor possa apreciar essa belíssima obra musical de Domenico Alaleona, sugiro que assistam ao vídeo, disponível no YouTube, do Coral Porciúncula, sob a regência de Maurizio Verde, que executa, durante a solene celebração das Primeiras Vésperas no Trânsito de São Francisco, o "Cântico do Irmão Sol" (mais conhecido no Brasil como Cântico das Criaturas). 
Obs.: "Trânsito" é a passagem da vida para a morte deste homem que acolheu fraternalmente a "irmã morte" e aconteceu na tarde do dia 3 de outubro de 1226, um sábado. São Francisco tinha mais ou menos 44 anos e morreu cantando um salmo, na presença de seus confrades. No domingo, 4 de outubro, foi sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis, mas o cortejo fúnebre passou antes pelo mosteiro de São Damião, para que Santa Clara, sua grande amiga, pudesse se despedir.

A seguir, vou transcrever partes de um estudo feito por frei Vitório Mazzuco Filho o.f.m. sobre "A MÍSTICA DA UNIÃO CÓSMICA - O Cântico das Criaturas
"Na leitura do Cântico das Criaturas parece que estamos vendo uma escada (de Jacó) através da qual o místico Francisco ascende até Deus. Nesse sentido Francisco não é original, mas se alinha entre os místicos e os cantores bíblicos, salmistas e santos que cantaram também a natureza com seus elementos. Mas a originalidade de Francisco consiste no modo singular e simples como as coisas, no Cântico, são concebidas, valorizadas, ornadas. Ele segue a ordem cosmológica da época (os 4 elementos: terra, água, fogo e ar e o geocentrismo da cosmologia antiga), mas segundo uma ordem profunda da psique. Os elementos subjetivos (sol, lua, estrelas, etc.) valem enquanto exprimem uma vibração mística da alma. Eles formam uma língua com a qual o místico quer exprimir aquilo que lhe passa na alma: a união religioso-cósmica de tudo com Deus. 
O hino representa o término de um longo itinerário espiritual de S. Francisco. Já se havia passado vinte anos de conversão. Dia após dia se esforçava Francisco em seguir os traços do Senhor, com grande humildade, meditando o 'evento da doçura' do Altíssimo Filho de Deus. No Monte Alverne havia recebido as chagas do Senhor crucificado. Perdia sangue, enfraquecido pela doença, e cego, quase agonizante. Sofria mais certamente na alma. Via a cristandade medieval cobiçosa e cheia de poder sagrado e profano. Fazia-se então uma cruzada contra os mulçumanos na Palestina. Os valores evangélicos da pobreza, simplicidade e paz eram violados profundamente na Igreja, em nome do amor de Deus. Na Ordem haviam já aparecido os primeiros problemas. Fazia-se tarde na vida de Francisco. Tarde sem doçura das tardes da Úmbria e da Toscana. 
Foi então que aconteceu o evento de doçura. De volta ao Monte Alverne, nos extremos da fraqueza e da perda das forças, Francisco se detém em São Damião, onde vivia Santa Clara e suas Irmãs. Exatamente na igreja, na qual o Senhor lhe falara e lhe pedira para reconstruir a sua casa em ruínas. Os sofrimentos não lhe davam tréguas. 'Durante 50 dias não estava em condições de suportar a luz do dia, nem o clarão do fogo da noite... Os olhos o atormentavam de tal maneira que nem podia repousar nem dormir.' (Legenda Antiqua S. Francisci, Archivum Franc. Historicum XV (1922, 289-299). 
Uma noite não podendo mais suportar as dores, São Francisco, numa atitude de profunda simpatia não só com as coisas, teve grande piedade e pena de si mesmo e disse ao Senhor: 'Senhor, acorde-me em minha enfermidade, para que a possa suportar pacientemente' (Legenda Ant., 299). Segundo Celano travou-se uma luta em São Francisco para vencer as dores e a impaciência... orando entrou em agonia... No decurso desta agonia ouve em espírito uma voz que lhe diz: 'Diga-me, irmão: se alguém lhe presenteasse, como dom por teus sofrimentos e pelas tribulações, um imenso tesouro precioso, a terra inteira transformada em ouro fino, as rochas em pedras preciosas, a água dos rios em perfumes, não te alegraria?' O beato Francisco responde: 'Senhor, seria um tesouro imenso, preciosíssimo, inestimável e para além de tudo o que se pode desejar e amar!' 'Pois bem, irmão, disse a voz, alegra-te em meio as tribulações e enfermidades: vive agora em paz, como se foras já no meu Reino' (299). 
Nesse momento uma alegria incontida invadiu e irrompeu em São Francisco, ao saber que já estava no Reino de Deus, que sua alma entrou numa esplêndida aurora. Levanta-se. Escreve o Hino a todas as Criaturas. Chama os Frades e com eles canta o Hino recém-composto. Esse canto de luz surgiu no meio de uma noite escura da alma. Emergiu das profundezas de uma existência que foi se erguendo, sofrida, acrisolada, como um botão que busca, insaciável, a luz do sol. É o símbolo expressivo de um universo que se configurou dentro do coração. Causa espanto que um homem cego, que em meio às dores horríveis, que não gozava mais as excelências das coisas, cante exatamente a matéria, o sol, a lua, a água e o fogo. 
A alma canta com uma espontaneidade, com o candor e o calor da língua materna. Esse canto parece quase um hino pagão. Não se fala de Cristo, nem do mistério Trinitário, nem do mundo sobrenatural, nem do Reino. As realidades materiais são evocadas e cantadas. Contudo, se olharmos bem, se olharmos mais profundamente as coisas materiais, além de serem coisas são a língua e o instrumento expressivos de uma experiência religiosa profunda acontecida no coração de São Francisco. Os elementos cósmicos são celebrados como símbolos do mundo interior. Não se trata  de um discurso poético-religioso sobre as coisas. As coisas aparecem como um invólucro de um discurso mais profundo. Essa leitura simbólica do hino nos faz penetrar na experiência religiosa de São Francisco. Não se trata de alegorizarmos os elementos. O sol fica sol, a lua fica lua, a água, água. Mas além de um valor objetivo possuem um valor simbólico. O Santo exprime através destes elementos o seu mundo interior. 
É uma afirmação serena da fraternidade universal. Tudo é claro, luminoso e imediato.  
Os elementos referidos por Francisco e pelos quais canta o Criador não são simplesmente elementos. Ele os qualifica, dá-lhes adjetivos que expressam a vivência interior que possuía. O sol é radiante e com grande esplendor. O fogo é radiante e robusto, forte e jucundo; água é humilde, preciosa e casta e assim por diante. Esses adjetivos qualificam os elementos. Mais que os elementos qualificam a alma. Nem sempre é verdade que o sol é radiante e de grande esplendor. Ele pode queimar e matar as plantações. Nem sempre a água é humilde, preciosa e casta. A água convulsa do oceano pode matar. A água poluída pode  contaminar. O fogo pode queimar e seus danos são irreparáveis. (...)  
O Hino contém ainda duas outras estrofes. Foram acrescentadas posteriormente. O Cântico foi composto no outono de 1225. A última estrofe celebra o perdão e a paz alcançada pelo santo que mediou uma rixa entre o prefeito e o bispo de Assis, e foi composta em julho de 1226. A última estrofe celebra nossa irmã a morte corporal e foi inspirada pouco antes do 'trânsito' de São Francisco, nos primeiros dias de outubro de 1226.  
Elas se destacam do hino. Não mais o cosmos que é cantado, mas o cosmos humano, inserido dentro da fraternidade cósmica. É uma fraternidade conquistada entre tensões e sofrimentos, graças a um amor que supera o ódio e a angústia da morte. São Francisco quis acrescentá-las ao canto. Elas, na verdade, fazem-lhe parte e se originam da mesma inspiração fundamental.  
O hino quer cantar e comemorar a união mística de tudo com Deus. Não podia deixar o humano fora, na sua tribulação. O hino se abre ao mundo humano, estigmatizado por conflitos e pela angústia da morte. O mundo cósmico não seria totalmente reconciliado no matrimônio universal se não inserisse o mundo humano. O humano se concilia com o outro humano. O humano se reconcilia com a morte, aceitando a sua existência mortal. Integra a morte a vida. Aceita-a não como uma bruxa má, mas como a irmã que nos introduz na casa da Vida e do Amor." 
Eu me estendi para explicar a importância do Cântico das Criaturas, porque se transformou num emblema para o franciscanismo e para a defesa do meio ambiente, como ocorreu recentemente com a Carta Encíclica LAUDATO SI' do Santo Padre Francisco sobre o cuidado da casa comum, cujo início lembra o Cântico das Criaturas quando trata da nossa irmã, a mãe terra 
"LAUDATO SI', mi' Signore  Louvado sejas, meu Senhor", cantava São Francisco de Assis. Neste gracioso cântico, recordava-nos que a nossa casa comum se pode comparar ora a uma irmã, com quem partilhamos a existência, ora a uma boa mãe, que nos acolhe nos seus braços: "Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa e produz variados frutos com flores coloridas e verduras."
E frei Luciano Lopes o.f.m. assim concluiu sua descrição da execução dos outros dois corais: 
"Depois foi a vez do coral São Miguel, representado por várias comunidades católicas da cidade (de Santos Dumont), sob a regência do maestro Paulo Luiz Moreira ("Melado"). O coral cantou a música Dona Nobis Pacem, de Mozart: e em seguida cantou Um Dia Lindo, de autor desconhecido. 
Para encerrar a noite, o coral Tajapanema, regido por Maria Alice de Azevedo Sad, reservou três belas canções, a saber: Andança, de Danilo Caymmi; What a Wonderful World, de Louis Armstrong e, por fim, a canção de Ernest Gold e Pat Boone, para o filme Exodus, canção originalmente chamada "This Land is Mine".  
O encontro foi encerrado com todos os corais no palco, cantando Doce é Sentir." 
Frei Luciano Lopes o.f.m. e o autor da crônica

Vou agora aproveitar o ensejo para falar de um evento que serviu ainda mais para estreitar os laços entre São João del-Rei e Santos Dumont-MG: trata-se de um Diploma de Honra ao Mérito que recebi em 14 de dezembro de 2015, por indicação do vereador são-joanense Stefânio Pires, natural de Santos Dumont-MG, que submeteu a indicação de meu nome a seus Pares, tendo obtido aprovação por unanimidade.

O ilustre edil da cidade de São João del-Rei é vice-presidente da Câmara Municipal, bem como líder dos vereadores do PMDB.

Tive a honra de conhecer o vereador no dia 23 de agosto de 2015, quando o IHG de São João del-Rei e os representantes do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto de Valença-RJ se reuniram no Salão Nobre da Câmara Municipal para comemorar o 213º aniversário do nascimento do são-joanense Domingos Custódio Guimarães, o Visconde do Rio Preto, o maior benfeitor de Valença. Na ocasião, o vereador manifestou seu desejo de indicar meu nome para receber o diploma de Honra ao Mérito. Num segundo momento, após minha palestra intitulada "Baptista Caetano de Almeida e seus projetos civilizatórios" no Salão Nobre da Casa legislativa em 12 de novembro de 2015, mandou chamar-me a seu gabinete, reiterando gentilmente seu convite de me ver agraciado com o referido diploma. Desde então, ficamos em contato e o convidei para comparecer ao XVII Encontro de Corais de Santos Dumont, o que não foi possível por compromissos que o vereador tinha assumido anteriormente para aquela data de 28 de novembro de 2015. Entretanto, sabedor de minha participação na defesa do Projeto Vida de Santos Dumont-MG e de minhas ligações com a sua cidade natal, colocou o seu gabinete à minha disposição para que a entrega do diploma se desse na noite do dia 14 de dezembro p.p., quando haveria "sessão solene homenageando personalidades da cidade que contribuíram ou continuam contribuindo com o desenvolvimento humano, social, econômico, cultural e religioso da cidade".

Reproduzo aqui meu breve discurso em agradecimento pela homenagem:
"Boa noite a todos. 
Queria expressar minha sincera gratidão por estar aqui e ser considerado merecedor desta homenagem que o vereador Stefânio Pires hoje me outorga. Eu quero também agradecer à Casa por convalidar e endossar meu nome. Acredito que o destaque que venho de receber se deva a estar fazendo esses trabalhos, mencionados pelo mestre de cerimônias, na área da História, ao mesmo tempo em que disponibilizo o Blog de São João del-Rei a todos os historiadores são-joanenses em defesa dos nossos valores e para engrandecer a nossa terra natal, que tenho muita honra de representar. Quanto ao ilustre vereador que aqui me presta esta homenagem e que tanto bem faz a São João del-Rei, tenho a dizer que é natural de Santos Dumont-MG, cidade que tenho o prazer de estreitar laços de amizade com São João del-Rei através da Música, acompanhando anualmente ao piano o Coral Trovadores da Mantiqueira, dirigido por frei Joel Postma do Seminário Seráfico Santo Antônio, perto de Cabangu, sítio onde nasceu o inventor brasileiro Santos Dumont. Finalizando, quero, mais uma vez, agradecer a esta Casa legislativa a distinção que me confere nesta noite."

Recebo das mãos do vereador Stefânio Pires um Diploma de Honra ao Mérito
no Salão Nobre da Câmara Municipal de São João del-Rei



NOTAS EXPLICATIVAS 


¹  http://www.festcoros.com.br/corais/cmjf.html

²  http://portal.cabangu.com.br/?p=643&print=1

³  http://www.ofm.org.br/default.asp?notId=2682

13 comentários:

Francisco José dos Santos Braga (escritor, pianista e compositor, gerente do Blog de São João del-Rei e do Blog do Braga) disse...

Tenho o prazer de postar meu mais recente texto sobre minha participação no XVII Encontro de Corais de Santos Dumont-MG, da qual extraí algumas considerações pessoais.

Aproveito a oportunidade para formular os melhores votos de Feliz Natal a todos.

Cordial abraço,
Francisco Braga

Katia De Martino, de Nápoles disse...

Grazie Francisco
Auguri di buon Natale anche a te e Rute da tutti noi nella speranza di poterci rivedere presto
Katia

Prof. Fernando Teixeira (professor universitário, escritor e Secretário Geral da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

Caríismo amigo Braga, inicialmente quero agradecer seus votos, em nome também de minha esposa,filhos e das três netas. Acho que Natal é isto: o abraço amigo e confraterno, pois o Menino veio para unir o eterno ao tempo, Deus às criaturas. Gostei da crônica, que me tocou pelo que Santos Dumont - e especiamente o Seminário – significa na minha vida, muito mais que um retrato na parede. Há ainda as referências ao pai São Francisco de Assis – um autêntico poeta da fraternidade e cujo Canto das Criaturas é o hino do amor universal. Cumprimento-o pelo texto. Recomendações à Rute. Fernando Teixeira

Frei Joel Postma (frei franciscano o.f.m., professor, compositor de música sacra (hinos, missas, cantatas, etc.), especialista em música litúrgica, membro da Ordem dos Músicos do Brasil, comendador da Medalha "Mérito Cabangu") disse...

Bom Dia, Francisco e Rute,
O meu "Muito Obrigado" pelos seus relatórios completos sobre o XVII encontro de corais em Santos Dumont e pelas demais notícias. Graças a Deus o encontro foi bem sucedido, para a satisfação de todos. Isto nos anima para continuar este projeto e para preparar o próximo encontro, no fim de novembro do próximo ano. Desejo a vocês um Natal abençoado e tudo de bom para o próximo ano de 2016. Continuemos, através da música, a ajudar na chegada de um mundo melhor, onde se consegue paz internacional mediante a prática da justiça! Meus votos franciscanos de "Paz e Bem!" para vocês! Fr. Joel.

Prof. Mário Celso Rios (escritor, conferencista e presidente da ABL-Academia Barbacenense de Letras) disse...

Bom dia, BRAGA!
Parabenizamos você e todos os que participaram do evento musical de Santos Dumont!
Avante!
Abraço, M. CELSO
NOTA: Fizemos o registro de sua atuação na ATA DE NOVEMBRO desta ABL.

João Carlos Ramos (poeta, presidente da ADL-Academia Divinopolitana de Letras, sócio correspondente da Academia de Letras e do IHG de São João del-Rei) disse...

FRANCISCO E RUTE

- POEMA INÉDITO EM HOMENAGEM AOS AMIGOS FRANCISCO E RUTE (presente de Natal) -

João Carlos Ramos

Francisco e Rute
passeiam em meio a notas de violinos e violões chorosos,
saudando o luar em meio a risos e flores,nunca vistas.
Pássaros cantam recompensados
ao constatarem que humanos
aceitaram o convite para transformarem a dor em melodia...
O tempo pára e o coração, quase...
Milhares poderiam aplaudir
e desconhecem o que vejo
no caminho da vida emprestada.
Francisco e Rute...
Um bom vinho do Porto
para comemorar o vosso amor!...


Dr. Aristides Junqueira Alvarenga (advogado, sócio do escritório Aristides Junqueira Advogados Associados, ex-Procurador Geral da República, natural de São João del-Rei) disse...

Caro Braga,
feliz Natal para toda sua família, também.
Abraço.
Aristides

João Carlos Ramos (poeta, presidente da ADL-Academia Divinopolitana de Letras, sócio correspondente da Academia de Letras e do IHG de São João del-Rei) disse...

Prezado Acadêmico Francisco Braga,
Saudações!
O Encontro de corais de Santos Dumont foi maravilhoso,principalmente com a maestria de Vossa Senhoria e esposa.
Boas festas!

Dr. Lúcio Flávio Baioneta (conferencista e proprietário da Análise Comercial Ltda) disse...

Meu prezado amigo FJSBraga,
achei maravilhoso o trabalho apresentado, permitindo-nos conhecer mais um pouco da vida de São Francisco .
Nenhum servo de Deus conseguiu ser mais simples e mais belo do que São Francisco.
Nosso Papa inspira-se diariamente nele.
Parabéns e meus cumprimentos à Da. Rute pelo recital.
Abs do Lucio Flavio

Suzana Vilela Pardini Alves (professora e estilista) disse...

Francisco,
desculpe não ter-me manifestado parabenizando -o pelo título recebido. É que fiquei com a internete ruim, sem acesso.
Que Deus o abençoe e a todos que fazem valer nossas boas lembranças.
Suzana

Prof. Mário Celso Rios (escritor, conferencista e presidente da ABL-Academia Barbacenense de Letras) disse...

A você e RUTE, nosso carinho e respeito permanentes!
Enquanto na Terra houver amigos da música e cultivadores dos dons e talentos que nos diferenciam dos massificados, dos semoventes e dos objetos inanimados, haverá a possibilidade de se viabilizar sonhos, esperanças e o ser do homem humanizado caminhar em direção ao mais elevado que o Logos et Verbum nos permitem vislumbrar!
Vocês estão nesta categoria !
Custe o que custar temos que nos opor ao rude, ao medíocre, ao intolerante e prosseguir!
M. CELSO

Profª Elza de Moraes Fernandes Costa (terapeuta holística, pianista e gerente do Portal Concertino) disse...

Prezado Braga,
Linda crônica, rica em detalhes muito interessantes – inclusive sobre São Francisco de Assis.
Gostaria de parabenizar, também, a Rute pelo trabalho.
Um abraço e Feliz 2016 para vocês dois!
Elza

Anizabel Nunes Rodrigues de Lucas (flautista, cantora e regente)a disse...

Francisco,
Somente hoje tive a oportunidade de ler seus comentários sobre o Encontro de Corais em Santos Dumont e também sobre as obras apresentadas. Muito bem! Parabéns.