sexta-feira, 23 de outubro de 2020

MEU PREFÁCIO DO LIVRO "TRIBUTO AO PROFESSOR ROQUE JOSÉ DE OLIVEIRA CAMÊLLO"


Por Francisco José dos Santos Braga



Tive a honra de conhecer Dr. Arnaldo de Souza Ribeiro, autor deste livro de discursos proferidos e ensaios, nos quais se faz menção a nosso amigo fraterno e mútuo, Dr. Roque José de Oliveira Camêllo, em 17/03/2018, véspera da fundação do Instituto Roque Camêllo, em Mariana, a que compareceu na condição de presidente da Academia Itaunense de Letras e teve a honra de ser um dos ilustres oradores no evento. 

Como se vê, a escolha do autor deste livro que recaiu sobre mim, para compor este prefácio, seu amigo mais novo e não sobre alguém mais merecedor desse mimo, algum amigo da primeira hora ou do seu círculo de amizades que é imenso deve-se ao motivo óbvio de que ele espera que eu revele ao público leitor particularidades da minha convivência com seu homenageado nos discursos que pronunciou. 

Conheci Dr. Roque Camêllo quando participei, como Secretário, da Chancelaria da Comenda da Liberdade e Cidadania em 2011 capitaneada pelo Chanceler da Comenda, Dr. Eugênio Ferraz, então Superintendente do Ministério da Fazenda em Minas Gerais. Trouxe este, para o lançamento da medalha da referida Comenda no Campo das Vertentes, a experiência de ter sido Chanceler e criador da primeira edição da Comenda Ambiental Estância Hidromineral de São Lourenço, criada um ano antes, em julho de 2010. Sobre a Comenda, vale ressaltar que ela nasceu através de um decreto conjunto dos Prefeitos de 3 Municipalidades: São João del-Rei, Tiradentes e Ritápolis. 

Meu primeiro contato com Dr. Roque, durante a realização da festa de entrega das Comendas na Fazenda do Pombal, berço do Tiradentes e do seu sonho de liberdade, foi, a um só tempo, um momento de congraçamento e de percepção de sua mineiridade contagiante. Mas não podia passar despercebido a qualquer observador mais atento, e este foi o meu caso, que sua atividade política lhe trouxera, por um lado, grandes alegrias, por outro, inevitáveis desilusões, “estas tanto mais amargas na medida em que agravadas pelos erros, pelas disfunções, pelas insuficiências da máquina judiciária eleitoral”, nas sábias palavras do ex-Ministro do STF, Dr. Francisco Rezek. (“Os sinos de Mariana”, in O Roque Camêllo que conheci, livro organizado por Mário de Lima Guerra, em 2019.) 

Outro momento inesquecível foi nosso reencontro no Seminário “Meandros da Inconfidência Mineira” patrocinado pelo IHG de São João del-Rei, em 12 de novembro de 2015, quando ele, com sua presença ilustre, prestigiou os confrades são-joanenses, sobretudo a mim que estava proferindo a palestra “Baptista Caetano de Almeida e seus projetos civilizatórios”. Só com o passar dos anos de nossa convivência, pude verificar que sua razão de ser eram seus projetos culturais para Minas grande, para os quais investia todo o seu prestígio pessoal e conhecimentos adquiridos ao longo da vida. Cabe relembrar aqui que um de seus últimos compromissos assumidos foi o de presidente da Comissão de Defesa do Patrimônio Histórico da OAB/MG. No dia da instalação da referida Comissão (21/10/2013), o Informativo “OAB-Minas Gerais”, de 22/10/2013 publicou a seguinte notícia: 

“Segundo Roque Camêllo, a Comissão já foi devidamente criada e instalada, sendo que será possível a posse dos membros assim que ela for completamente formada. Ele acrescentou que pretende convidar integrantes das seguintes subseções para fazer parte da Comissão: Mariana, Ouro Preto, Poços de Caldas, Governador Valadares, Congonhas, São João del-Rei, Tiradentes, Diamantina, Sabará, Serro, Paracatu, Minas Novas, Santa Bárbara, Barbacena, Montes Claros, Juiz de Fora, Uberlândia, Sete Lagoas, dentre outras. Roque Camêllo ainda salientou que o objetivo da Comissão é valorizar as raízes históricas do povo mineiro. ‘Preservar a história é não apenas reverenciar o passado, mas construir os caminhos que constroem o futuro. O povo que sabe de onde veio sabe traçar o seu próprio destino. Minas Gerais, não sendo o mais velho Estado da Federação, no entanto, é o Estado do equilíbrio nacional e representa os anseios de todo o povo brasileiro que prima por privilegiar o sentimento libertário a exemplo dos Inconfidentes’.” (texto transcrito no Informativo AVL nº 121, Ano XI, novembro de 2013) 
Da mesma forma, relembro aqui, com saudade, as palavras proféticas que Dr. Roque inseriu na seção de Agradecimentos do seu último livro “Mariana: Assim nasceram as Minas Gerais”, de 2016, lançado em homenagem aos 305 anos da elevação de Mariana à categoria de vila: 

O tempo foi exíguo para singrar as águas de Minas que não tem mar, mas é um oceano de Cultura e um continente de patriotismo.” 

Por serem por demais conhecidos tais projetos do Dr. Roque Camêllo em prol de Mariana, Minas Gerais e o Brasil, acho que não devo me alongar apresentando a relação completa de suas benemerências. Mas devo confessar que foi tão grande a nossa identificação, minha com a do notável marianense, orador consagrado e mestre pela sua cultura literária, jurídica, religiosa, filosófica e histórica, de que deu provas suficientes por onde passava, eis que, desde 2012, Dr. Roque e sua esposa Merania participaram com sua rica presença de todos os eventos culturais que desenvolvi nas Academias, mormente defesa de meus patronos no IHG de São João del-Rei e nas Academias de Barbacena, Formiga e Divinópolis, esta última em 14 de dezembro de 2016, quando já se encontrava fisicamente debilitado. Também devo a Dr. Roque Camêllo o convite ao duo constituído por mim ao piano e minha esposa Rute Pardini, cantora lírica, para participar das comemorações dos 40 anos do Museu da Música de Mariana, ocorridas em 6 e 7 de julho de 2013, quando pudemos observar a alegria contagiante, o brilho e o esforço de todos os envolvidos nos festejos. Finalmente, cabe aqui mencionar minha gratidão por terem Dr. Roque e Merania prestigiado a apresentação do Coral Trovadores da Mantiqueira quando da segunda récita da cantata O Peregrino de Assis, da autoria do regente frei Joel Postma o.f.m. e em meu acompanhamento ao piano/órgão, em 30 de novembro de 2013. 

Entretanto, não posso me furtar a trazer ao conhecimento público que um de seus extremos atos de vontade, à véspera de seu óbito, em 17 de março de 2017, foi o de convidar-me para tomar parte do enriquecedor convívio com os Acadêmicos deste sodalício marianense, convite este que foi imediatamente aceito por mim, esperando trabalhar sob seu comando durante muitos anos vindouros. 

Quis o Criador que assim não fosse... Dr. Roque, no convite a mim endereçado, expressou o desejo de que eu tomasse posse na Cadeira nº 2, cujo patrono é Dr. Francisco de Paula Cândido, seu antepassado mais famoso, atribuindo a mim qualidades que não possuo: acreditava ele que apenas eu, pesquisador de História e Genealogia, seria capaz de fazer uma apologia à altura do grande mestre e médico do Império. 

Tenho ainda a dizer que, desde que foi informada desse desejo de Dr. Roque por intermédio dos amigos escultor Hélio Petrus e jornalista Merania de Oliveira, a nova Presidente eleita da Casa de Cultura e Academia Marianense de Letras Hebe Rôla manteve o desejo expresso de Dr. Roque de ter-me como membro desta Academia, honrando, com sua tradicional elegância e espírito acolhedor, o compromisso de Dr. Roque para comigo e, ao comunicar-me esse fato, ela informou-me que teria o prazer de dar-me posse na Academia Marianense como o último ato de sua gestão à frente desta excelsa e nobre Casa de Cultura. Que assim não seja e que possamos ser comandados por esta grande pedagoga e parceira fiel de Dr. Roque em todos os momentos. 

Portanto, à Profª Hebe, escritora, ensaísta, poetisa e folclorista, criadora e coordenadora da Academia Infanto-Juvenil de Letras de Mariana e criadora e promotora do “Cantando Alphonsus”, em parceria com o Museu casa Alphonsus de Guimaraens, sou eternamente grato pela amabilidade em me acolher em meio a esta plêiade de literatos reunidos na “Primaz de Minas”, Mariana, que acumula os títulos de primeira Vila, Cidade e Capital de Minas Gerais, tendo, além disso, sediado a primeira Diocese de Minas Gerais (ereta no dia 6 de dezembro de 1745). 

A seguir, passo a comentar todos os discursos que fazem parte deste livro. 

No seu primeiro discurso, proferido em 8 de abril de 2016, durante um jantar de confraternização oferecido no restaurante da Pousada Contos de Minas, o autor Dr. Arnaldo de Souza Ribeiro ressalta as festividades que presenciou na Casa de Cultura-Academia Marianense de Letras, em homenagem aos 305 anos da criação da Vila de Mariana, representadas por dois eventos principais: o lançamento do livro “Mariana: Assim nasceram as Minas Gerais”, da autoria de Dr. Roque Camêllo, qualificando-o de “um duplo e importante registro em palavras e imagens”, e a sua participação no descerramento de placa alusiva à comemoração da referida data histórica. Neste pronunciamento, que o autor fez, considerou que o episódio que acabara de presenciar lembrou-lhe outro de igual relevância e motivo de alegria: os festejos ocorridos em Mariana em novembro de 1748, registrados no livro “Aureo Throno Episcopal” e organizados para recepcionar o primeiro Bispo de Mariana, Dom Frei Manoel Ferreira Freire da Cruz, que chegou a Mariana em outubro vindo do Maranhão, depois de exaustiva e corajosa viagem que durara quatorze meses. Essa espetaculosa aventura pelos sertões foi relatada em pormenores no seu ensaio histórico Aureo Throno Episcopal, “escrito em homenagem ao professor, historiador e escritor marianense Roque Camêllo” e integrante do livro “Hipérboles” (Itaúna: Editora Ramos, 2017, p. 199-218). Às páginas 213-4 do referido ensaio consta a seguinte citação de Dr. Roque Camêllo que transcrevo:

“Durante o longo percurso de quatro mil quilômetros, sofreu enfermidades e quase morreu em travessia de rios caudalosos. O Bispo foi recebido pelas autoridades e pela população com grandes festejos por diversos dias. Em Portugal, por iniciativa do Cônego Francisco Ribeiro da Silva, aqueles famosos acontecimentos foram registrados no livro “Aureo Throno Episcopal”, publicado em 1749. Além do relato, trazia coletânea de peças literárias alusiva aos festejos com poesias e discursos. Falava-se numa Academia cultista de Letras ou Academia do Áureo Throno, um prenúncio das futuras Academias de Letras no Brasil. Embora Dom Frei Manoel da Cruz tentasse evitar que os diocesanos se excedessem, cumpriu-se em Mariana um variado programa de comemorações públicas.” (CAMÊLLO, Roque: Mariana: Assim nasceram as Minas Gerais. Belo Horizonte: Roma Editora, 2016, p. 72) 

O segundo discurso foi proferido em 26 de novembro de 2016, no restaurante do Grande Hotel de Ouro Preto, diante dos anfitriões Dom Francisco Barroso Filho, Dr. Roque Camêllo e jornalista Merania de Oliveira, que, naquele encontro, recepcionavam comitiva integrada pelas seguintes entidades de Itaúna e Cordisburgo, numa visita festiva e cultural a Mariana e Ouro Preto: Academia Itaunense de Letras – AILE, Academia Cordisburguense de Letras – Guimarães Rosa – ACLGR, Loja Maçônica Itaúna Livre – LMIL e Confraria dos Amigos do Vinho de Itaúna – CAVI. Os representantes dessas Instituições convidadas acordaram em conceder ao autor, na qualidade de membro efetivo de todas elas, o uso da palavra para bem representá-las naquela solenidade. 

O terceiro discurso foi proferido em 27 de novembro de 2016, após uma tournée pela cidade de Mariana, que foi coroada pela visita da comitiva de Itaúna e Cordisburgo ao Museu da Música de Mariana, não só “Casa de arquivos, estudos e pesquisas”, mas também de restauração e difusão de partituras, de preservação e audição de músicas inéditas, de memória, arte e educação, por fim, local de encontros temáticos na cidade de Mariana. 

O quarto discurso foi pronunciado, a convite dos familiares de Dr. Roque Camêllo, após a Missa de sétimo dia do passamento do seu parente, na igreja de Nossa Senhora do Carmo, no dia 24 de março de 2017. Dr. Arnaldo utilizou um trecho do Sermão da Sexagésima de Pe. António Vieira pregado na Capela Real no ano de 1655, em que o grande orador sacro português lembra a seus ouvintes a diferença entre ouvir palavras e ver obras, concluindo que “a nossa alma se rende muito mais pelos olhos que pelos ouvidos”. Em seguida, mostrou como Dr. Roque, seminarista que foi em Mariana, ouviu e recordava-se sempre dos ensinamentos de Vieira que lhe calaram fundo na alma e na memória. E, finalmente, reconheceu que Dr. Roque praticava com a maior discrição a caridade que todos conheciam, não através de sua boca, mas de suas obras, como ficou evidenciado nos muitos trabalhos em prol de Minas e de Mariana, da Catedral de Mariana e da igreja de Nossa Senhora do Carmo. 

No discurso seguinte, o quinto, Mário Mafra, diretor administrativo e financeiro da Editora do Brasil S/A, aparteou Dr. Arnaldo na igreja Nossa Senhora do Carmo na mesma data de 24 de março de 2017, após ouvir as corretas palavras do orador que o precedeu, reafirmando as grandes qualidades de Dr. Roque Camêllo: a de orador e incansável trabalhador. A seu ver, como bom discípulo de Padre António Vieira, Dr. Roque Camêllo aprendeu a importância de “falar bem, para que as palavras alcancem os ouvidos e trabalhar muito, para que entrem pelos olhos e alcancem a alma.” Permitiu-se, entretanto, acrescentar outra característica no modo de agir de Roque Camêllo, fruto de sua experiência, isto é, “o profundo respeito que ele nutria pelas opiniões contrárias às suas. Em outras palavras: longe de se insurgir contra elas, Roque Camêllo reverenciava a divergência. (...)” 

O sexto discurso foi pronunciado por Dr. Arnaldo, que fez parte de um elenco de brilhantes oradores que enalteceram a fundação do Instituto Roque Camêllo, sob a presidência do Desembargador Caetano Levi Lopes, solenidade realizada no Teatro do Hotel da Providência em Mariana, ocorrida um ano após o passamento do homenageado, ou seja, no dia 18 de março de 2018, ocasião em que foi dada posse à Diretoria da entidade e nomeados os Conselheiros Honorários, tendo como elemento norteador da ação do novo Instituto o sonho que inspirou toda a vida e obra de Dr. Roque, que ele, em vida, enunciou da seguinte forma: 

As pessoas se distanciam, cada vez mais, de sua verdadeira função social e divina, que é a de doarem-se uns aos outros com aquilo que elas têm de melhor. Não é o que elas possuem, mas o que elas são. Gostaria de criar uma Instituição que tornasse isso possível, gerando o que chamaria de uma CORRENTE DO BEM. Desejo que esta entidade seja para ajudar o ser humano a SER e não a TER, além de ensinar as pessoas a preservarem o patrimônio histórico e a natureza. 
São esses os princípios norteadores do Instituto constituído com o nome do homenageado Dr. Roque Camêllo, criado pelo esforço gigantesco de sua esposa, a jornalista Merania Aparecida de Oliveira, com a finalidade de honrar a sua memória e materializar o seu credo. Encerrando seu discurso, Dr. Arnaldo declamou o poema, em homenagem a “Dr. Roque Camêllo”, do poeta divinopolitano João Carlos Ramos, o qual traduzi para as sonoras línguas inglesa e francesa, a pedido do autor deste livro. Abre o poema o verso “O vi apenas uma vez e não precisei vê-lo mais...”. Refere-se o poeta à ida do homenageado, acompanhado de sua esposa Merania de Oliveira, no dia 14 de dezembro de 2016 a Divinópolis, para prestigiar a posse deste prefaciador na Academia Divinopolitana de Letras, quando foi empossado membro efetivo ocupante da Cadeira nº 11 patroneada por Padre António Vieira. Ali o poeta divinopolitano se encontrou com o orador marianense a primeira vez, experiência marcante que não se repetiria mais. Infelizmente. 

O sétimo discurso foi proferido por Prof. Raimundo da Silva Rabello, membro do IHG-MG, da Academia Itaunense de Letras e autor do livro “O payz do Pitanguy (Séculos XVIII-XIX): ouro, rebeldia e expansão regional”, na noite do sexto dia, véspera do encerramento da Semana Guimarães Rosa, evento solene patrocinado pela Academia Itaunense de Letras - AILE (10 a 16 de setembro de 2018) em homenagem aos 110 anos de nascimento do grande escritor cordisburguense, João Guimarães Rosa (1908-2018). Em sua fala, aplaudiu, homenageou e celebrou o saudoso cultor das letras e das artes, o inolvidável professor e intelectual Dr. Roque Camêllo. 

Inicialmente, relembrou a agradável convivência deles durante o longo curso de Política e Estratégia pela doutrina da Escola Superior de Guerra (ESG), através de seu braço civil durante 1985. Ambos participaram da primeira turma de estagiários da Nova República que se intitulou “Turma Presidente Tancredo Neves” por ter escolhido para seu patrono o falecido Presidente mineiro que se destacou como um político conciliador, o que lhe valera em vida o epíteto de “linha auxiliar do governo”, quando a ESG trocou seu discurso da segurança nacional pela ênfase na conciliação política e no desenvolvimento social. 

Sobre sua convivência no IHG-MG citada no seu discurso, cabe ainda citar que Dr. Roque Camêllo tomou posse como sócio efetivo nesse sodalício em sessão solene do dia 20 de novembro de 2010, na Cadeira nº 66, patroneada pela Princesa Isabel, a Redentora. Seu discurso de posse foi uma apoteose para todos os que estavam presentes, daquela espécie que marca os anais de uma Casa de História, relembrada até hoje pela enorme comoção que provocou em todos os confrades. Aí estavam bem caracterizadas a oratória inconfundível do mestre e sua propensão a abordar os fatos à luz da História, que vão desabrochar, de forma plena e candente, na sua última obra “Mariana: Assim nasceram as Minas Gerais” (2016). A posse de Dr. Roque no IHG-MG foi lembrada pelo vice-presidente do IHG-MG, Prof. Raymundo Nonato Fernandes, em pronunciamento feito a posteriori, que a considerou a segunda grande manifestação de caloroso apoio que Dr. Roque recebeu e assim se expressou sobre a presença do novo confrade: 

“(...) Por tudo que fez, que faz e que é, o Doutor Roque José de Oliveira Camêllo, na sua terra, entre vultos históricos de grande notoriedade é hoje o maior homem vivo de Mariana. Por isto, a interrupção de seu mandato de prefeito na sua adorada Mariana causou perplexidade a toda a sociedade mineira. Numerosas foram as manifestações organizadas em sua solidariedade e apoio enquanto se aguardam as festas de seu retorno ao cumprimento do mandato interrompido, tantas eram as realizações esperadas de sua competência e brilho como grande benfeitor de sua querida terra. As duas últimas manifestações de apoio a Roque Camêllo se deram em maio e novembro deste ano. A primeira foi nos salões elegantes do Automóvel Clube de Belo Horizonte promovida pela Diretoria Regional da Associação Universitária Internacional – AUI/MG sob a direção do Meritíssimo Juiz Doutor José Adalberto Coelho (...) A outra grande manifestação de caloroso apoio se deu em 20 de novembro no centenário Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, na soleníssima sessão de sua posse como sócio efetivo da venerável Instituição. Não se tem notícia de uma solenidade tão grandiosa na memória recente desse renomado Instituto. As crianças de sua terra vieram cantando. Formavam o Coral “Tom Maior” de Mariana sob a presidência do Dr. Efraim Rocha. Presentes numerosas autoridades civis e religiosas, Bispo, Desembargadores, professores, escritores, advogados. Ouviram-se discursos de superior cultura jurídica e histórica. Foi um evento emocionante e emocionado para todos e inesquecível às crianças e inúmeros jovens estudantes da terra de Roque Camêllo que jamais esquecerão as emoções daquele dia. (...)” 
Ao concluir a exposição sobre a história de vida do homenageado, Prof. Raymundo Nonato Fernandes vale-se das palavras de Garcia Lorca para arrematar quando diz: 
“Roque José de Oliveira Camêllo, que se compõe ao lado de celebrados e ilustres filhos de Mariana, honra essa tradição de um berço nobre que representa, engrandece e nos faz lembrar aquele ser humano a que se referia Garcia Lorca ao dizer: vai demorar muito para nascer, se é que nasce, um homem como ele. ¹ 
O ensaio “Aureo Throno Episcopal”, de Dr. Arnaldo, que também consta deste livro de discursos, “escrito em 28 de agosto de 2017 em homenagem ao professor, empresário, intelectual, humanista, historiador e escritor marianense Roque Camêllo”, foi publicado no livro “Hipérboles”, organizado por Toni Ramos Gonçalves, Itaúna: Editora Ramos, 2017, p. 201-218 e descreve analisando o livro com idêntico título de 1749, onde são relatadas a suntuosa cerimônia barroca celebrada em novembro de 1748 para comemorar a criação do Bispado de Mariana e a viagem que o primeiro bispo fez do Maranhão até Mariana (que já tinha sido elevada a Cidade desde 1745) para assumir o seu posto. Depois de longa viagem iniciada em 3 de agosto de 1747, Dom Frei Manoel Ferreira Freire da Cruz chegou a Mariana a 15 de outubro de 1748, para ali iniciar seu pastoreio. Fazendo farta utilização de bibliografia historiográfica especializada, o autor revela que a opulenta festa barroca “Aureo Throno Episcopal” foi precedida por outra, “Triunfo Eucaristico”, celebrada em maio de 1733, e especula sobre as razões que levaram a Igreja e o Estado português a tomarem a decisão de transferência tão esdrúxula.

Outro ensaio interessante de Dr. Arnaldo se intitula “Bolsos cheios, barriga vazia: ouro e fome em Minas Gerais”, texto que serviu de base para proferir palestra no VII Congresso promovido pela Associazione Italiana di Storia Urbana-AISU, realizado de 2 a 5 de setembro de 2015, na Universidade de Pádua, na Itália. Foi publicado na coletânea “Olhares Múltiplos”, organizada por Toni Ramos Gonçalves, Itaúna: Gráfica Daniela, 2016, p. 61. Através de farta bibliografia sobre culinária mineira, o autor descobriu que nossos antepassados fizeram uso de seus saberes e o que a natureza podia oferecer-lhes para buscar na colheita, na caça e na pesca os ingredientes necessários à sua sobrevivência. Dessa forma, legaram um cardápio variado que materializa suas tradições e cultura. Souberam transmutar saberes em sabores que nos cabe degustar e divulgar a Minas Gerais, ao nosso País e ao mundo. 

Consta também do presente livro o pronunciamento do Prof. Raimundo da Silva Rabello, datado de 17 de dezembro de 2014, diante de luzidia plateia no distrito de Leandro Ferreira, sua terra natal, à qual compareceu para o lançamento de seu livro “O Payz do Pitanguy” coeditado pela Universidade de Itaúna-UIT. Em sua fala, Prof. Rabello esclareceu que seu livro se compunha de três partes: Pitangui, Leandro Ferreira e Conceição do Pará. 

Deu relevo aos seguintes pontos ocorridos em Pitangui: a Rebelião de Domingos Rodrigues do Prado, a Devassa da Inconfidência Mineira, Padre Belchior e D. Pedro I e, por fim, Gustavo Capanema, ministro da Educação de Getúlio Vargas e deputado e senador. En passant, tratou também de duas famigeradas “heroínas”: Joaquina de Pompéu e Maria Tangará, personagens de acirradas disputas entre admiradores e detratores, quase 100 anos depois de falecidas, o que evidencia a importância que representaram enquanto vivas. 

De sua terra natal, o autor acentua em sua fala as presenças do fundador Leandro Ferreira (de Siqueira), da Baronesa Isabel de Sam Payo e do Santo das Terras do Poente (ou Padre Libério). 

De Conceição do Pará, mereceram especial destaque do orador: o Santuário Nossa Senhora da Conceição, as trilhas de bandeirantes e estradas reais (dentre as quais mencionou a Picada de Goiás, que, passando por Pitangui, encurtou a distância Pitangui-São Paulo). 

Embora o livro “O Payz do Pitanguy” documente de forma abrangente dois séculos de história, em seu pronunciamento, em respeito às pessoas e ao tempo, o autor elegeu os pontos mais relevantes e o fez com invulgar maestria, merecendo o aplauso geral. 

Para encerrar o livro com chave de ouro, Dr. Arnaldo achou por bem transcrever um ensaio de Dr. Roque Camêllo que foi publicado originalmente na revista Justiça e Cidadania, edição 133, setembro de 2011, p. 48-50, intitulado “Inconfidente Cláudio Manoel da Costa: primeiro advogado assassinado em Minas”. ²

Começa seu artigo informando sobre a naturalidade marianense do poeta, já que nasceu em Mariana em 5 de junho de 1729. ³ Como, com a descoberta do ouro em Minas Gerais, dois séculos após o descobrimento do Brasil, houve intenso fluxo migratório, houve muitos conflitos na região mineradora, podendo essa época ser resumida como um tempo em que o direito da força se sobrepunha à força do direito. Ao constatar esse fato, citou muitas refregas como a Guerra dos Emboabas, que resultou na expulsão dos paulistas (bandeirantes) da região de conflito, ali se estabelecendo os “forasteiros”, estes representados por hordas de portugueses, nordestinos, mineradores clandestinos (sem a titularidade das jazidas descobertas) e até figuras do clero. 

Como o pai do poeta, João Gonçalves da Costa, era português, portanto emboaba, se fixou no sítio da Vargem no território da Vila do Carmo que, junto da vizinha Vila Rica, se constituía no mais significativo e importante centro urbano e aurífero da Capitania. Embora fosse de família modesta em Portugal, João Gonçalves conseguiu amealhar um razoável patrimônio, suficiente para dar aos filhos certo grau de instrução, inclusive mantendo-os em Coimbra, oportunidade de que Cláudio usufruiu. Após preparar-se no Colégio Jesuíta do Rio de Janeiro, foi admitido, em 1º de outubro de 1749, na Universidade de Coimbra, cursando Cânones, pois, pensava em ordenar-se sacerdote, desejo não realizado. 

Voltando a Minas, em 1754 é nomeado almotacé junto à Câmara de Mariana. Em 1758 toma posse como terceiro vereador da Câmara de Vila Rica. Desde 1759, o poeta manteve uma relação permanente com Francisca Arcângela de Souza, nascida escrava e alforriada quando deu à luz o primeiro filho de Cláudio, com a qual teve cinco filhos. A seguir, teve uma carreira brilhante para a época: diz Dr. Roque que 

“sua vida é um rosário de títulos e funções públicas de alta relevância, chegando a juiz das demarcações de sesmarias. O rei lhe concedeu pátria comum e o Hábito de Cristo, premiando-o pelos relevantes serviços prestados ao Reino. (...) Cláudio foi um dos profissionais do Direito mais requisitados nas Câmaras de Mariana e Vila Rica, havendo, ainda hoje, registro de sua atuação em dezenas de processos.” 
Consta ainda que 
“advogava para os contratadores. Tais funções lhe rendiam ótimos honorários. Com tanta renda, proveniente de sua profissão e da atividade mineradora, tornou-se credor de extraordinária clientela de cujo rol fazia parte o Visconde de Barbacena.” 
Como era figura respeitada e reverenciada no século XVIII, natural seria se fosse procurado para integrar o grupo discordante dos métodos abusivos na cobrança dos tributos, em um momento em que as minas se esgotavam visivelmente. Em sua companhia havia jovens bacharéis como Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, que já participavam da conspiração. Sem entrar no assunto da Inconfidência Mineira, Dr. Roque, entretanto, entende que ele, o mais velho e ilustrado de todos, foi o único que morreu antes de ser sentenciado, com evidências irrefutáveis de assassinato, e o único inconfidente que não foi levado preso para o Rio de Janeiro. Os Autos de Devassa deram-lhe o fim por suicídio, mas pesquisadores sérios como Tarquínio José Barbosa de Oliveira e Ivo Porto de Menezes convergem pelo assassinato. Dr. Roque conclui que 
“há indagações que se respondem por si próprias. Por que o aprisionaram em Vila Rica e não o conduziram para o Rio de Janeiro como os demais? Barbacena o queria por perto para controlar-lhe a fala perigosa quanto a seu governo e à sua simpatia pelo movimento?” 
Não se pode esquecer que 
“o Visconde de Barbacena é o mesmo que Cláudio tinha no rol de seus devedores e que interceptara uma valiosa peça, um cacho de bananas em ouro maciço, enviado por Hipólita Jacinta Teixeira de Mello a D. Maria I, pedindo clemência a favor de si e de seu marido, o inconfidente Francisco Antônio de Oliveira Lopes.” 
Dr. Roque toma a autoridade do historiador Porto de Menezes, analisando os termos da perícia feita no cadáver de Cláudio Manoel, o qual destrói a possibilidade de suicídio com algumas arguições e a evidência, deixando clara a tese do assassinato, de ter compulsado o livro de assentos dos Irmãos da Irmandade de São Miguel e Almas, aberto em 1741, na Matriz de Nossa Senhora do Pilar. Às fls. 23, consta a inscrição de Cláudio na Irmandade e, à margem do assentamento, “sufragado com 30 Missas e pago tudo à Fazenda Real ao tesoureiro Faustino Vieira de Souza”. Ora, como seria isso possível se ao suicida eram negados os sufrágios bem como a sepultura eclesiástica? Dr. Roque então conclui: 
“A celebração dos sufrágios é a prova inconteste de que Cláudio Manoel da Costa fora assassinado. Além do mais, há o reconhecimento oficial pelo poder civil quando se vê documentado que a Fazenda Real arcou com as despesas dos ditos sufrágios.” 

Deste modo, com sete discursos e quatro ensaios, de sua lavra e convidados, o Dr. Arnaldo de Souza Ribeiro sintetiza o trabalho e presta relevante tributo ao grande marianense Dr. Roque José de Oliveira Camêllo. 

Francisco José dos Santos Braga
São João del-Rei, 21 de abril de 2019, no 227º aniversário da morte do são-joanense Joaquim José da Silva Xavier, Herói Cívico da Nação Brasileira.


I.  NOTAS EXPLICATIVAS



³  É fato certo ter Cláudio Manoel da Costa sido batizado a 29 de junho de 1729, conforme consta de registro a folhas 110-verso e 111 do 2º livro de assentos dos batizados da freguezia do Ribeirão do Carmo, onde se lê: 
 
Crédito pelas imagens: genealogista José Passos de Carvalho
 
"A vinte e nove de Junho de mil e sete centos e vinte e nove, na Capella de Nossa Senhora da Conceição do Sitio da Varge do Itacolomy desta fregª de N. Snrª da Conceição, Matriz da Villa do Carmo, de licença minha bautizou o Padre Manoel da Sylva Lemos, Capellão da Capella do Morro de Matacavallos desta fregª, a Claudio, filho legítimo de João Gonçalves da Costa e de sua mulher Tereza Ribrª desta fregª. Forão padrinhos: João Francisco de Oliveyra e Anna Ribrª da Luz, mulher de Victorino de Barros, da freguesia de Guarapiranga, de que fiz este assento. (Assignados): O Vigrº Joseph Simões - Manoel da Sylva Lemos". 
Para habilitar-se mais tarde à carreira sacerdotal (projeto que abandonou), Cláudio redigiu textualmente, no requerimento inicial:  "Diz Claudio Manoel da Costa filho legitimo de João Gonçalves da Costa e de Theresa Ribeyra de Alvarenga da Vargem do Itacolomi freguezia de Sª de Marianna e do mesmo Bispado..." 
Com base nessas evidências, portanto, não há qualquer fundamento para Ouro Preto (então Vila Rica) reivindicar a glória de ter dado o berço ao seu inesquecível cantor.

20 comentários:

Francisco José dos Santos Braga (compositor, pianista, escritor, tradutor, gerente do Blog do Braga e do Blog de São João del-Rei) disse...

Foi com grande alegria que recebi convite do Dr. Arnaldo de Souza Ribeiro, presidente da Academia Itaunense de Letras, para redigir o prefácio de seu livro "Tributo ao Professor Roque José de Oliveira Camêllo", Divinópolis: Adelante (Gulliver Editora), 126 p., lançado em 2019.  
Fui convidado pelo autor para conhecer sua obra em primeira versão, antes de ganhar o grande público. Fiz a leitura cuidadosa de sete discursos e quatro ensaios de sua lavra e de convidados, sobressaindo entre estes um ensaio do próprio homenageado, Dr. Roque Camêllo, que foi publicado originalmente na revista Justiça e Cidadania, edição 133, intitulado "Inconfidente Cláudio Manoel da Costa: primeiro advogado assassinado em Minas". Formei imediatamente a convicção de que se tratava de obra imprescindível ao conhecimento público das realizações do homenageado, por tudo o que ele representa para Mariana e para Minas Gerais, "um ser humano iluminado, uma pessoa diferenciada", nas palavras de sua esposa Dra. Merania de Oliveira.
Assim, pus mãos à obra e o resultado final foi o prefácio que ora lhe apresento, em que descrevo de forma sucinta o objetivo da obra, sua estrutura e conteúdos, discorrendo na abertura sobre o autor.
Num reconhecimento do protagonismo da Academia Marianense de Letras-AML e de Mariana como focos irradiadores de cultura para Minas e todos os Estados brasileiros, com a minha presença, o livro foi lançado naquela Casa de Cultura no dia 1º de junho de 2019, data coincidente com a minha posse na Cadeira nº 23, cujo patrono é exatamente Dr. Roque Camêllo, o homenageado pelo livro.

https://bragamusician.blogspot.com/2020/10/meu-prefacio-do-livro-tributo-ao.html

Cordial abraço,
Francisco Braga

Lu Dias (gerente do site VÍRUS DA ARTE & CIA.) disse...

Braga,
Belíssimo trabalho! Parabéns, Lu Dias!

Heitor Garcia de Carvalho (graduado em Pedagogia pela Faculdade Dom Bosco (1968), mestre em Educação UFMG (1982), Ph.D em Educational Technology - Concordia University (1987 Montreal, Canada); MBA Gestão Tecnologia da Informação, Fundação Getúlio Vargas (2004); pós-doutorado em Políticas de Ensino Superior na Faculdade de Psciologia e Ciências da Informação na Universidade do Porto, Portugal (2008); professor associado do CEFET-MG) disse...

Obrigado,
Heitor

Luiz Solano (jornalista, membro da Academia de Letras e Artes do Planalto e do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito federal) disse...

Recebi a postagem. Grato pela atenção.
Luiz Solano.

José Geraldo Heleno (escritor, possui mestrado em Letras-UFRJ e doutorado em Letras Clássicas-USP, autor de Presença de Horácio na obra de Correia de Almeida, entre outros livros) disse...

Obrigado.

Belo trabalho.

Abraço.

Prof. Cupertino Santos (professor aposentado da rede paulistana de ensino fundamental) disse...

Caro professor Braga,
Parabéns pelo excelente acréscimo introdutório que suscita o interesse pela figura do professor Roque e pela sua obra dedicada à gloriosa e exemplar Memória regional mineira.
Grato.
Cupertino

João Carlos Ramos (poeta, escritor, membro e ex-presidente da Academia Divinopolitana de Letras e sócio correspondente da Academia de Letras de São João del-Rei e da Academia Lavrense de Letras) disse...

Parabenizo ao mestre Braga por reconhecer o talento e o imensurável valor que ainda tem o professor Roque Camêllo. Dificilmente teremos um homem que fez história como o referido. Ele fez correr seu sangue na escrita, algo incomum em nossos dias. Quem o conheceu de perto deve ter se assombrado com o gigantesco patrimônio cultural em carne humana.
Minhas lágrimas aos familiares enlutados que ainda choram!

Prof. José Lourenço Parreira (capitão do Exército, professor de música, violinista, maestro, historiador e escritor, além de redator do "Evangelho Quotidiano") disse...

Caríssimo amigo BRAGA, paz!
Aqui, são duas horas da manhã quando consegui tempo para ler mais um valioso trabalho literário do amigo.
Sempre que o leio, caríssimo, tenho a sensação de estar não lendo, mas ouvindo-lhe a voz a dizer-me o que os olhos contemplam.
Tocou-me, especialmente, a expressão do Dr. Roque ao afirmar:"...Minas que não tem mar, mas que é um oceano de cultura e um continente de patriotismo..."
Afirmação que se me revela viva, verdadeira e irretocável, quando me lembro de um dos maiores baluartes da cultura e do amor à Pátria em São João del-Rei, em Minas Gerais: FRANCISCO JOSÉ DOS SANTOS BRAGA!
Muito grato!
José Lourenço Parreira

Andreia Donadon Leal (membro efetivo da Academia Marianense de Letras) disse...

Prezad@
Boa noite! Aplausos efusivos à relevante obra para a humanidade!
Atenciosamente/ Andreia

Prof. Fernando de Oliveira Teixeira (professor universitário, escritor, poeta e membro da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

Prezado Braga, bom dia. Agradeço o envio do texto numa homenagem a quem Minas Gerais tanto deve. Abraço confraterno para você e Rute. Pax et bonum.

Dr. Mário Pellegrini Cupello (escritor, pesquisador, presidente do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto de Valença-RJ, e sócio correspondente do IHG e Academia de Letras de São João del-Rei) disse...

Caro amigo Braga

Acabamos de ler o seu prefácio do Livro “Tributo ao Professor Roque José de Oliveira Camêllo”: um saudoso amigo que sempre nos homenageou com a sua amizade e delicadas atenções.

Abraços, de Mario e Beth.

Frei Joel Postma o.f.m. (compositor sacro, autor de 5 hinários, cantatas, missas e peças avulsas) disse...

Olá, Francisco! Quanta gente deu a vida pela grande causa da liberdade. Não nos esqueçamos desses mártires! Continuemos lutando pela grande causa de um mundo novo, onde haja justiça e paz para cada ser humano. Paz e Bem, irmão! f. Joel.

Anizabel Nunes Rodrigues de Lucas (flautista, professora de música e regente são-joanense) disse...

Parabéns pelo rico texto. Faço minhas as palavras do nosso amigo Parreirinha quando elogia a comparação do ilustre escritor sobre.. a cultura de Minas à grandeza de um oceano.

Bernardo Diniz (professor da rede de ensino fundamental do Governo do Distrito Federal) disse...

Sinto-me lisonjeado por ter um amigo assim tão culto merecedor de tão importante homenagem.
Saiba que esse lugar é consequência do seus serviços prestados á sociedade são-joanense e outras adjacências que, pela sua imagem de homem culto e valoroso, defensor da moral, dos bons costumes e da memória histórica do seu povo, sempre nos elucida com belíssimos escritos que nos faz viajar no tempo fomentando em nós a importância de sabermos do nosso passado para assim linkando com o presente construirmos um futuro mais humano.
Fica aqui a minha impressão que tenho do amigo Braga.
Um grande abraço a vc e a Rute e que Deus na sua infinita graça os abençoe sempre.

Marcus Dores disse...

Caro Dr. Francisco, que belo texto! Não tive ainda a oportunidade de ler o livro "Tributo ao Professor Roque José de Oliveira Camêllo", mas, só pelo prefácio de sua autoria, julgo que deve ser uma obra singular em homenagem ao Prof. Roque. Como marianense que sou, comungo da sua percepção bastante feliz e elogiosa desse grande mecenas da cultura e da educação, que nos deixou muitos bons exemplos e muita saudade.
No mais, muito obrigado por palavras tão belas e certeiras!

Merania de Oliveira (jornalista e viúva do ex-presidente da Academia Marianense de Letras, Dr. Roque Camêllo, e fundadora do Instituto Roque Camêllo) disse...

Dr. Francisco,
Paz, saúde e alegria!

Estou muito agradecida ao senhor por tanta delicadeza e atenção para nosso saudoso e querido Roque.
Merania

Pe. Sílvio Firmo do Nascimento (professor e editor da Revista Saberes Interdisciplinares da UNIPTAN e membro da Academia de Letras de SJDR) disse...

Gratidão pela remessa do link anexo
Pe. Sílvio

Antonello Faria disse...

Prezado Doutor

É sempre com manifesta atenção e prazer que leio seus trechos, apreciando o quanto de intlectual eles aparecem no conteúdo e no rigor.
Apresento os meus cordiais cumprimentos.
Respeitosamente
A J Couto Faria

Paulo Roberto Sousa Lima (escritor, gestor cultural e presidente eleito do IHG de São João del-Rei para o triênio 2018-2020) disse...

Parabéns, confrade Francisco Braga, por ter sido convidado, por ter aceito o convite e por ter produzido essa bela peça de elogio ao fraternal colega auiense, nossa liderança estadual, Dr. Roque Camêllo.
Abraços fraternos,
Paulo Roberto de Sousa Lima
Presidente

Profª Dra. Patrícia Ferreira dos Santos Silveira (pesquisadora, escritora, professora da rede pública municipal de Mariana, doutora em História Social-USP e pós-doutora em História Social da Cultura-UFMG) disse...

Prezado amigo e confrade, Dr. Braga.

Bom dia.
Sou fã do vosso trabalho e prolífica produção literária e intelectual.
Estou acompanhando atenta e encantada!
Meus melhores cumprimentos!
Um grande abraço, desde a nossa Sede Acadêmica, Mariana.