Por Francisco José dos Santos Braga
Na
manhã do último domingo, 7 de maio de 2017, na Sala Fábio Nelson Guimarães,
verificou-se um fato da maior importância histórica para o Instituto
Histórico e Geográfico de São João del-Rei: o artista gráfico EDSON BRANDÃO veio acompanhado de ilustre comitiva da vizinha cidade de Barbacena para ser diplomado Sócio Correspondente deste Sodalício. Em 09/10/2016 teve seu nome aprovado por Comissão nomeada para análise de seu currículo, constituída pelo autor desta matéria e dois confrades (Messias Neves e José Domingos de Souza) sob a coordenação do primeiro, cujo parecer se manifestou favorável a que se acolhesse a solicitação de EDSON Carlo BRANDÃO Silva de pertencer ao Quadro de Sócios Correspondentes do IHG de São João del-Rei, diante de seus elevados predicados literários e profissionais comprovados através de seu currículo, deixando evidente ser um autêntico defensor dos valores históricos da Comarca do Rio das Mortes. Em seguida, seu nome foi submetido a escrutínio secreto dos
confrades do IHG são-joanense presentes àquela reunião, que aprovaram, por unanimidade, o seu
ingresso nos quadros do Sodalício, na
categoria de Sócio Correspondente, após ter preenchido todos os
requisitos para a sua admissão.
Aberta a sessão e lidas as duas últimas atas pela secretária Ana Maria Cintra, o presidente José Cláudio Henriques encarregou-me de saudar o novo sócio correspondente, dando-lhe as boas vindas à Casa de Cultura são-joanense, o que fiz conforme transcrevo abaixo:
DD. Presidente do IHG de São João del-Rei, José Cláudio Henriques,
Ilmos. Membros da Diretoria deste Sodalício,
DD. Presidente da Academia Barbacenense de Letras, Prof. Mário Celso Rios,
DD. Coordenador dos Encontros de Pesquisadores do Caminho Novo, Dr. Luiz Mauro Andrade da Fonseca,
Ilma. Profª Maria de Lourdes Resende, a "Cairu", de São Tiago, igualmente agraciada com o diploma de Sócio Correspondente nesta data,
Prezados visitantes das vizinhas cidades de Barbacena e São Tiago,
Prezados confrades e confreiras deste Sodalício,
Está presente em minha memória a realização do II Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo de Minas Gerais, no período de 19 a 21 de agosto de 2011, na Academia de Letras de São João del-Rei, quando era seu presidente o Sr. José Cláudio Henriques, e muitos foram os barbacenenses presentes àquele encontro.
É com alegria imensa que, novamente, sob a presidência do mesmo José Cláudio Henriques, só que agora de outra instituição guardiã da Cultura de São João del-Rei, nosso IHG, fui encarregado de saudar o novo confrade EDSON BRANDÃO, para essa plateia com a presença massiva de barbacenenses que prestigiam a posse de seu competente e amável conterrâneo.
Relembro com saudade dois nomes que integraram o quadro de Membros Correspondentes da Academia Barbacenense de Letras: o jornalista Ten Gentil Palhares, natural de Formiga mas são-joanense por opção, e Sebastião de Oliveira Cintra, historiador são-joanense. Seguindo a trilha desses dois expoentes máximos, honrou-me sobremodo também o convite do Prof. Mário Celso Rios para dar continuidade a essa aproximação das duas cidades coirmãs (Barbacena e São João del-Rei), vindo a ocupar, como Membro Correspondente, a Cadeira nº 2, que tem por patrono Omar Vianna e por fundador Gentil Palhares. A minha posse ocorreu na noite de 24/10/2013 em fulgurante solenidade em sala de reuniões do Hotel Grogotó, em Barbacena.
Isso para relembrar a importância de reforçar nossos laços históricos, contribuindo para que nossas instituições culturais mantenham um vínculo fraterno, se é que devemos preservar nossos valores sociais, históricos, religiosos e éticos que nos distinguem, privativos da Comarca do Rio das Mortes e da região do Campo das Vertentes.
É com esse sentimento de fraternidade regional que acolhemos com muita simpatia a presença de Edson Brandão entre nós, certos de que enriquecerá e enaltecerá esta Casa de Cultura, onde estiver, sabendo representá-la com galhardia em qualquer ocasião que eventualmente surja em seu caminho.
Isso para relembrar a importância de reforçar nossos laços históricos, contribuindo para que nossas instituições culturais mantenham um vínculo fraterno, se é que devemos preservar nossos valores sociais, históricos, religiosos e éticos que nos distinguem, privativos da Comarca do Rio das Mortes e da região do Campo das Vertentes.
É com esse sentimento de fraternidade regional que acolhemos com muita simpatia a presença de Edson Brandão entre nós, certos de que enriquecerá e enaltecerá esta Casa de Cultura, onde estiver, sabendo representá-la com galhardia em qualquer ocasião que eventualmente surja em seu caminho.
Apraz-me agora falar sobre o novo confrade deste IHG.
EDSON BRANDÃO é natural de Barbacena, onde nasceu a 12/01/1967 e onde reside atualmente e exerce o cargo de sub-editor de cultura do jornal Folha de Barbacena, após ter servido sua cidade no cargo de Subsecretário Municipal de Cultura. Edson Brandão é cartunista, artista gráfico e pesquisador de história regional. Cursou História na UNIPAC-Universidade Presidente Antônio Carlos e é graduando em Sociologia pela UEMG.
Dentre suas variadas atividades profissionais, destaco três indicativas de sua vasta experiência profissional.
Primeiro, a de ter assinado o projeto de modernização do "layout" do Museu da Loucura, criado em 16/08/1996. Os trabalhos tiveram início em junho de 2014, com ampla reestruturação do prédio, adequação de áreas físicas, restauração e ampliação do acervo. No dia 18/05/2016 o Museu da Loucura foi reinaugurado, tendo sido todo reformado, com revitalização da sua estrutura e do seu circuito expositivo. A nova exposição permanente é composta por objetos, fotografias, documentos, equipamentos e instrumentação cirúrgica que contam a história do antigo Hospital Colônia. Painéis audiovisuais informativos fazem referência a trechos de livros, músicas e passagens de jornais antigos. A interatividade é possível por monitores "touchscreen", que ampliam o conceito histórico e acrescem recursos tecnológicos ao museu.
Outra de suas atividades profissionais destacada foi ter sido um dos organizadores e autor do projeto gráfico do livro "Colônia, uma tragédia silenciosa", obra que deu origem ao best-seller "HOLOCAUSTO BRASILEIRO", da jornalista investigativa Daniela Arbex.
Também, em 2010, uniu-se à Profª Débora Bendocchi Alves, doutora em História pela USP e titular da cadeira de História Íbero-Americana da Universidade de Colônia, na Alemanha, na tarefa de conceber, formatar e publicar os diários e desenhos de Ernst Hasenclever e sua viagem a Minas Gerais no século XIX. Edson Brandão é autor do projeto gráfico da obra de 292 páginas e ricamente ilustrada com desenhos a lápis do viajante alemão e coautor de um estudo crítico da obra do viajante alemão. O livro que contou com a participação de Edson Brandão se chama "Ernst Hasenclever e sua viagem às províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais", organizado por Débora Bendocchi Alves e lançado em dezembro de 2015 em Belo Horizonte pela Fundação João Pinheiro; a obra integra a Coleção MINEIRIANA e é uma produção conjunta da Fundação João Pinheiro com a Imprensa Oficial de Minas Gerais.
Finalmente, como artista gráfico, é autor de dezenas de projetos para identidade visual de organizações públicas e privadas, capas de discos, livros e coletâneas. Também atuou como programador visual do grupo teatral "Ponto de Partida". Publicou desenhos nos extintos jornais Cidade de Barbacena e tablóide O Pasquim (que circulou de 1969 a 1991). A partir de 1985, em O Pasquim, venceu mais de 10 edições do Concurso Pasquim/Malt 90 de humor gráfico. Participou e foi premiado em diversos salões de humor no Brasil e no exterior.
Foi representante do Poder Executivo no Conselho Municipal de Cultura de Barbacena; é membro fundador da Associação dos Amigos dos Museus de Barbacena, sócio da AMEF-Academia Mantiqueira de Estudos Filosóficos e sócio do Rotary Club Barbacena.
Foi condecorado com as seguintes comendas:
— Ordem do Mérito Legislativo, concedida pela Câmara Municipal de Barbacena, em 1998;
— Medalha Santos Dumont (Grau Prata), concedida pelo Governo de Minas Gerais por sua contribuição para a cultura em seu Estado natal.
Edson Brandão acompanhado de sua comitiva barbacenense, excetuando-se José Cláudio Henriques, sua esposa Soraia e este autor. Crédito pela imagem: jornalista Idinando Borges. |
Da esq. p/ dir.: Dr. Luiz Mauro, Edson Brandão, Prof. Mário Celso Rios e este autor. |
Edson Brandão e Adriana |
♧ ♧ ♧
Após essas minhas palavras, Edson Brandão tomou da palavra para, com o auxílio do Power Point, expor sua participação no livro "Ernst Hasenclever e sua viagem às províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais" ¹, organizado por Dra. Débora Bendocchi Alves. A seguir, faço uma tentativa de reproduzir de forma sucinta o que ouvi do palestrante na ocasião em sua brilhante estreia como membro do nosso Sodalício.
Ernst Hasenclever (1814-1869) |
Depois de esclarecer sobre a gênese do trabalho, que teve a duração de dois anos, antes de o livro ir ao prelo, Edson Brandão explicou que a publicação só foi possível graças à coordenação técnica e editorial da historiadora da Fundação João Pinheiro, Maria Marta Martins de Araújo, além da parceria e participação técnica, na Alemanha, da historiadora e professora da Universidade de Colônia, Débora Bendocchi Alves (autora também do estudo técnico intitulado: "O jovem Ernst Hasenclever: negociante e viajante no Império do Brasil"), e dele próprio (produtor cultural e designer gráfico), ambos autorizados pela herdeira tetraneta de Ernst Hasenclever, Sra. Regina Harlfinger (cedente do acervo), para publicar a sua obra no Brasil.
Mencionou ainda que a tradução dos manuscritos só foi possível graças ao domínio da antiga escrita alemã pelo Prof. Friedrich Renger, da UFMG, que além da tradução assina o estudo técnico intitulado "As companhias inglesas de mineração de ouro no tempo de Ernst Hasenclever: 1825 a 1845". O texto original foi escrito com a antiga escrita à mão, conhecida como Kurrentschrift, de difícil leitura até mesmo na Alemanha, acessível apenas aos estudiosos ou a pessoas idosas.
Interessante observar um lindo poema na abertura do 1º caderno de Ernst Hasenclever, após o que surge o primeiro diário, datado de 31 de julho de 1839, na página 119 do livro, com a seguinte explicação para a existência daquele poema no proêmio do diário: "Ernst era afilhado do poeta Ernst Moriz Arndt (1769-1860), que lhe presenteou, um pouco antes de sua partida para o Brasil, com o primeiro caderno do seu futuro diário, no qual dedicou, na primeira página, um longo poema ao seu afilhado."(p. 37)
O poema, em alemão, de Ernst Moriz Arndt utilizado como proêmio do 1º caderno (p. 227 do livro) |
Final do proêmio com autógrafo e início do primeiro diário (tradução portuguesa na p. 119 do livro) |
Eis o poema que é tomado como preâmbulo da obra:
"Quão belo é este mundo em sua imensidão
Tanta coisa a se movimentar,
Tanto faz se me dirijo para o leste ou oeste,
Nunca paro de me maravilhar.
Assim naveguei encantado pelas ondas do mar.
Com que prazer pisei em terra estranha,
Percorri cheio de admiração um novo mundo,
Intocado ainda, tão diferente da Alemanha.
Nos prados extensos, na escuridão das florestas,
Em toda parte muita vida e alegria eu pude ver,
Cada lugar dá testemunho magnífico
Da bondade de Deus, de Seu poder." (p. 119)
Também ficamos sabendo que Ernst Hasenclever pertencia a uma família tradicional de comerciantes da cidadezinha de Remscheid-Ehringhausen, localizada no antigo centro industrial de produtos de cutelaria de Remscheid e Solingen, no Ducado de Berg (hoje Estado da Renânia do Norte Vestfália). Sua família era constituída de negociantes dinâmicos voltados para a exportação. Seu avô, Johann Bernhard Hasenclever (1731-1806), com seus três filhos Christian (1771-1830), David (1781-1850), pai de Ernst, e Josua (1783-1853) fundaram em 1786 a Joh. Bernhard Hasenclever & Söhne, que já em 1791 exportava produtos de ferro e aço para a França, Espanha, Portugal e Estados Unidos; a partir de 1819, já mantinha transações comerciais com Boston, New York, Baltimore, Philadelphia, Havana e Rio de Janeiro. Portanto, no início do século XIX já se observava um grande desenvolvimento dos negócios com a prosperidade familiar. Embora Ernst tenha deixado descrições e desenhos de suas viagens a São Paulo, Bahia e Pernambuco, e no Estado do Rio (visita iniciada em 18/08/1840 à colônia suíça de Nova Friburgo, à vila de Cantagalo e à Pavuna), o livro publicado em 2015 em português, – objeto da exposição de Edson Brandão, – retrata apenas a penosa viagem de Ernst empreendida ao "Hinterland" de Minas Gerais em 1839, quando contava com 25 anos.
Na sua palestra, Edson Brandão esclareceu que Ernst Hasenclever deixou sua cidade no dia 20/07/1837, viajando em uma diligência para Düsseldorf, para Münster, para Bremen e de lá para Hamburgo, onde embarcou, no dia 28/07, no brigue Boa Christina com destino ao Brasil. A viagem completa, terrestre e marítima, durou 79 dias.
"A impressão que senti é inenarrável. Só mesmo quem passa setenta e nove dias em plena imensidão do oceano, vendo somente céu e água, exposto a tormentas e amargando o horror da solidão, poderá compreender a emoção que empolga o navegante ao avistar terra firme. Nunca mais hei de esquecer o arrebatamento que senti." ²
Aos 23 anos, foi enviado para o Rio de Janeiro para ajudar um primo, Johann Gottfried Hasenclever, na filial da firma da família, a Casa Hasenclever, fundada em 1830 no Rio de Janeiro.
Em 1830, Josua enviou seu sobrinho Johann Gottfried Hasenclever para abrir na rua do Sabão (hoje rua General Câmara) uma filial (Casa Hasenclever) que deveria importar e revender as mercadorias produzidas pela firma da família, bem como as produzidas por outros industriais do Ducado de Berg. Sua permanência no Rio deveria ser curta, mas Josua acabou ficando no Rio durante 22 anos, só retornando para sua cidade natal em 1852.
Tendo permanecido no Brasil durante quase sete anos, Ernst fez algumas viagem pelo país. O acervo da Sra. Regina Harlfinger, deixado por Ernst, é composto de dez pequenos cadernos com seus diários relatando suas viagens pelo Brasil, além de um bloco de vários desenhos a lápis pelos locais por onde passou. Além disso, confeccionou dois mapas com o trajeto que percorreu do Rio a Minas Gerais.
Edson Brandão esclareceu ainda que, além do acervo de Ernst, teve acesso ao relato da viagem de Ernst, de Hamburgo ao Rio, a seu pai, uma vez que foi traduzido e publicado, em 1930, no livro comemorativo do primeiro centenário da Casa Hasenclever no Rio. Além disso, "segundo o livro comemorativo dos 100 anos da Casa Hasenclever no Rio de Janeiro, o trabalho de Ernst no Brasil foi produtivo, pois não ficou restrito ao âmbito do município da Corte, expandindo-se por outras províncias do império. Consta que as províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo foram percorridas em viagens demoradas para os produtos alemães exportados pela matriz, o que trouxe projeção para a Casa no Rio de Janeiro. Entendemos assim que as viagens não foram somente "turísticas", apesar de Ernst não se deter nos seus diários nos assuntos comerciais." (p. 38 do livro)
Ernst deixou ainda um relicário com objetos e amostras geológicas recolhidas por ele durante a sua viagem pelo Brasil.
Em 1830, Josua enviou seu sobrinho Johann Gottfried Hasenclever para abrir na rua do Sabão (hoje rua General Câmara) uma filial (Casa Hasenclever) que deveria importar e revender as mercadorias produzidas pela firma da família, bem como as produzidas por outros industriais do Ducado de Berg. Sua permanência no Rio deveria ser curta, mas Josua acabou ficando no Rio durante 22 anos, só retornando para sua cidade natal em 1852.
Johann Gottfried Hasenclever |
A Casa Hasenclever no Rio de Janeiro. Ilustração extraída do livro "Impressões do Brazil no Século XX", 1913. Acervo do Arquivo Histórico de Cubatão-SP. |
Tendo permanecido no Brasil durante quase sete anos, Ernst fez algumas viagem pelo país. O acervo da Sra. Regina Harlfinger, deixado por Ernst, é composto de dez pequenos cadernos com seus diários relatando suas viagens pelo Brasil, além de um bloco de vários desenhos a lápis pelos locais por onde passou. Além disso, confeccionou dois mapas com o trajeto que percorreu do Rio a Minas Gerais.
"(...) Minha bagagem era simples: três sacos de viagem e um capote no animal de carga. Na minha mula, além da minha sela, somente uma pistola, um guarda-chuva e uma pasta ao ombro com mapas, um caderno de desenho, lupa ³, charutos e um punhal. Aliás, minha aparência era bastante pitoresca, devido à minha jaqueta verde, calças brancas, botas amarelas com ornamentos de couro vermelho que me chegavam até os quadris, um chapéu de palha enorme na cabeça, guarda-chuva embaixo do braço e a pasta preta de couro no ombro. (...)
E.H., 31 de julho de 1839" (p. 120 do livro)
Edson Brandão esclareceu ainda que, além do acervo de Ernst, teve acesso ao relato da viagem de Ernst, de Hamburgo ao Rio, a seu pai, uma vez que foi traduzido e publicado, em 1930, no livro comemorativo do primeiro centenário da Casa Hasenclever no Rio. Além disso, "segundo o livro comemorativo dos 100 anos da Casa Hasenclever no Rio de Janeiro, o trabalho de Ernst no Brasil foi produtivo, pois não ficou restrito ao âmbito do município da Corte, expandindo-se por outras províncias do império. Consta que as províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo foram percorridas em viagens demoradas para os produtos alemães exportados pela matriz, o que trouxe projeção para a Casa no Rio de Janeiro. Entendemos assim que as viagens não foram somente "turísticas", apesar de Ernst não se deter nos seus diários nos assuntos comerciais." (p. 38 do livro)
Ernst deixou ainda um relicário com objetos e amostras geológicas recolhidas por ele durante a sua viagem pelo Brasil.
Objetos e amostras geológicas recolhidas por Ernst Hasenclever durante sua viagem pelo Brasil. Acervo de Regina Harlfinger |
"Voltei rico com os tesouros acumulados. Várias amostras de ouro e alguns minerais provavam o que eu havia visto, sendo que uma amostra de ouro eu mesmo havia conseguido tirar da terra. Meu caderno de desenhos ajudou minha memória a visualizar os pontos mais bonitos e o meu diário me permitiu reviver os caminhos percorridos. Mas voltei rico, principalmente, em experiências e em impressões desse maravilhoso país, no qual todas as regiões foram providas rica e prodigiosamente pela natureza, que, para encantar o viajante, esconde em seu seio tanta beleza e maravilhas. Agora posso dizer: não sei quanto vale um reino, mas não quero trocar qualquer um dos muitos tesouros que adquiri como resultado da minha viagem." (pp. 218-9 do livro)
Ernst se insere na tradição dos viajantes europeus, sobretudo alemães, como Johann Wolfgang von Goethe e Alexander von Humboldt, escrevendo um diário de viagem e fazendo esboços (Skitzen) das localidades por onde passava, no que se refere à representação da natureza, num esforço de esboçar a "fisionomia" dos vilarejos, das cidades e da paisagem mineira.
A Dra. Débora Bendocchi Alves considera que Ernst pertencia à chamada vanguarda capitalista, bem caracterizada por Mary Louise Pratt. Embora o viajante alemão estivesse tomado pelo encantamento e surpresa com a exuberância da paisagem, não foi a flora nem a fauna (motivação científica dos naturalistas von Martius e von Spix) que despertaram seu interesse, e sim as riquezas do país e os possíveis mercados consumidores para os produtos da Casa Hasenclever. Daí o seu extenso relato sobre as minas de ouro de Morro Velho, Morro das Almas e Cata Branca, entusiasmando-se mais com a mina de Gongo Soco ⁴, que descreveu minuciosamente exaltando o desenvolvimento tecnológico desenvolvido pelos empreendedores britânicos e pela enorme quantidade de ouro extraído. Verificou na região visitada em Minas Gerais as possibilidades extrativistas e admirou a energia dos europeus.
Assim descreve Ernst, em 31/07/1839, seu companheiro de viagem:
"Em poucas palavras, descrevo meu companheiro de viagem, o Sr. Gustav Adolf Reye. Ele é de Hamburgo e viveu até agora do baixo rendimento que recebe de seus projetos, como empresário. Sua família, constituída de uma brasileira, sua esposa, e quatro meninos, dos quais dois estão na Europa, vive em Prados: um povoado na província de Minas Gerais para onde nos dirigiremos primeiro. Lá, o Sr. Reye queria construir uma mina com capital inglês, plano que não se concretizou por vários motivos, e agora ele pretende descansar junto à sua família. Sr. Reye é um gigante e serviria bem como cabo no regimento da guarda prussiana. (...)" (pp. 120-1 do livro)
Em sua casa em Prados Ernst ficará hospedado, base a partir da qual faria viagens a outras cidades mineiras: Ouro Preto, Barbacena, Barroso, São José del-Rei (hoje Tiradentes), São João del-Rei e outras povoações mineiras retratadas pelo viajante.
Ernst Hasenclever cartógrafo
No livro também se lê, a respeito dos mapas de Ernst:
"Ernst Hasenclever teve uma estadia não programada de quase três semanas na casa do Dr. Lund, em Lagoa Santa, pois tinha machucado o tornozelo quando bateu numa pedra na visita ao subsolo da minha de Gongo Soco. Achava a ferida insignificante. O ferimento, porém, piorava muito com o uso das botas de montaria e com o caminhar, o que forçou um repouso mais demorado e impediu a continuação da viagem conforme programado. Um revés semelhante ao de Hasenclever viveu o naturalista alemão Hermann Burmeister ⁵ em 1851: durante uma pequena excursão nos arredores de Lagoa Santa caiu do cavalo e quebrou a perna. Ficou seis semanas de cama sob os cuidados do Dr. Lund antes de continuar a viagem. (...) Hasenclever se restringiu a mostrar somente as principais estradas. Na ida usou a chamada Estrada do Comércio, assim chamada porque foi aberta pela Real Junta do Comércio do Rio de Janeiro para facilitar o transporte de gêneros alimentícios da Comarca do Rio das Mortes para a capital, especialmente para a condução de bois e porcos." (pp. 109-10 do livro)
Importante realçar a presença de Bento Rodrigues no mapa de Ernst Hasenclever:
Ernst Hasenclever desenhista
Ernst viveu seis anos e três meses no Rio trabalhando nesta filial com seu primo. Ernst deixou "com o coração partido" o Rio no dia 24/01/1844, "dando início a sua longa viagem de volta a Remscheid. Sua viagem de regresso incluía visitas aos consignatários e revendores dos produtos da firma Joh. Bernhard Hasenclever & Söhne na Bahia e em Pernambuco, nos Estados Unidos e em Cuba. Viajou quase seis meses, de navio e por terra, passando por Salvador, Recife, Filadélfia, Nova York e Havana. Era uma viagem de negócios, mas na cidade de Filadélfia teve, como escreveu aos seus pais, a felicidade de conhecer a filha de Charles Vezin, um negociante amigo. Escreveu que a aproximação com a família foi facilitada em virtude de serem alemães e dominarem o idioma perfeitamente. Após o conhecimento dessa "mulher admirável", Louise Vezin (1823-1899), Ernst encerrou todos os registros nos seus diários. Suas preocupações eram agora outras.(...)" (p. 40)
Resumidamente, portanto, temos:
20 de julho de 1837: viagem de diligência, Düsseldorf-Münster-Bremen-Hamburgo
28 de julho de 1837: embarque no brigue Boa Christina com destino ao Brasil
Outubro de 1837: aos 23 anos, chega ao Rio de Janeiro para ajudar o seu primo
Julho a outubro de 1839: viaja do Rio de Janeiro a Minas Gerais
24 de janeiro de 1844: deixa o Rio de Janeiro, vai a Nova Friburgo e, depois, segue para a Bahia e Pernambuco
Junho de 1844: parte para os Estados Unidos (Filadélfia, onde fica noivo), Cuba e retorna à Alemanha
1869: até seu falecimento neste ano aos 55 anos de idade, permanece cuidando dos negócios da família.
Por fim, o palestrante Edson Brandão apresentou uma homenagem poética de Ernst Hasenclever às minas que visitou no Estado de Minas Gerais, que foi a forma que encontrou de manifestar sua gratidão ao País e ao Estado que o acolheu tão bem. Suas mais vibrantes palavras vão para a mina de Gongo Soco. A imagem abaixo e a tradução se encontram respectivamente às pp. 256 e 257 do livro.
AS MINAS GERAIS
É uma coisa linda, o ouro.
(Beeethoven: Fidélio)
Santana
Antes estavas tão silencioso, agora escancaras
a boca,
Queres pechinchar no mercado?
É por isso que gritas tão alto?
Morro Velho
Orgulho é nosso lema! O que os outros
desprezam com arrogância,
É a única meta que almejamos há tanto
tempo.
Morro das Almas
Que o céu se compadeça logo!
Tudo depende do ouro,
Todos perseguem o ouro,
Ai, coitados de nós!
Gongo Soco
Esta é a primeira de todas!
Afirmam todos que te visitaram.
Quem não teria gostado do seu vale risonho
Com casas rodeando a igreja?
E, enquanto te encontras na Casa Grande,
Tu viajante, te vês transportado de repente!
Podes sonhar com a Europa, podes sonhar com a Ásia
Mas é no Brasil que pensarás por último.
E se teu olhar só avistar a mina,
E tu te perguntares, o que significa toda essa animação?
É só preciso descer à profundeza da terra
Que teu olho, admirado, dará a resposta.
Taquaril
Solitário e tranquilo, trabalhe sossegado
em pequena escala,
Pois o ouro é puro e o lucro certo.
Cocais
Não se ouvem elogios, nem lamentações,
Por isso que não sei dizer nada sobre ti.
Cata Branca
Vivemos alegre e morremos felizes
Pois conquistamos a fama
de sermos os mais divertidos de todos.
Porém — não podemos pagar juros.
Em 18 de outubro de 1839
Ernst Hasenclever cartógrafo
No livro também se lê, a respeito dos mapas de Ernst:
"Ernst Hasenclever teve uma estadia não programada de quase três semanas na casa do Dr. Lund, em Lagoa Santa, pois tinha machucado o tornozelo quando bateu numa pedra na visita ao subsolo da minha de Gongo Soco. Achava a ferida insignificante. O ferimento, porém, piorava muito com o uso das botas de montaria e com o caminhar, o que forçou um repouso mais demorado e impediu a continuação da viagem conforme programado. Um revés semelhante ao de Hasenclever viveu o naturalista alemão Hermann Burmeister ⁵ em 1851: durante uma pequena excursão nos arredores de Lagoa Santa caiu do cavalo e quebrou a perna. Ficou seis semanas de cama sob os cuidados do Dr. Lund antes de continuar a viagem. (...) Hasenclever se restringiu a mostrar somente as principais estradas. Na ida usou a chamada Estrada do Comércio, assim chamada porque foi aberta pela Real Junta do Comércio do Rio de Janeiro para facilitar o transporte de gêneros alimentícios da Comarca do Rio das Mortes para a capital, especialmente para a condução de bois e porcos." (pp. 109-10 do livro)
Mapa das Estradas do Rio de Janeiro para São João del-Rei, Ouro Preto e Sabará, 1839 |
Detalhe do lado direito inferior do mapa acima: Mapa da estrada de Ouro Preto para Sabará via Mariana, Gongo Soco e Caeté, com destaque para Bento Rodrigues |
Arraial de Ibertioga. Desenho a lápis. 10 de agosto de 1839 |
Barbacena. Desenho a lápis. 10 de outubro de 1839. |
Região da Mantiqueira, ou Pinho Novo. Desenho a lápis. 10-11 de outubro de 1839 |
Ernst viveu seis anos e três meses no Rio trabalhando nesta filial com seu primo. Ernst deixou "com o coração partido" o Rio no dia 24/01/1844, "dando início a sua longa viagem de volta a Remscheid. Sua viagem de regresso incluía visitas aos consignatários e revendores dos produtos da firma Joh. Bernhard Hasenclever & Söhne na Bahia e em Pernambuco, nos Estados Unidos e em Cuba. Viajou quase seis meses, de navio e por terra, passando por Salvador, Recife, Filadélfia, Nova York e Havana. Era uma viagem de negócios, mas na cidade de Filadélfia teve, como escreveu aos seus pais, a felicidade de conhecer a filha de Charles Vezin, um negociante amigo. Escreveu que a aproximação com a família foi facilitada em virtude de serem alemães e dominarem o idioma perfeitamente. Após o conhecimento dessa "mulher admirável", Louise Vezin (1823-1899), Ernst encerrou todos os registros nos seus diários. Suas preocupações eram agora outras.(...)" (p. 40)
Louise Hasenclever (1823-1899) e Ernst Hasenclever (1814-1869) |
Resumidamente, portanto, temos:
20 de julho de 1837: viagem de diligência, Düsseldorf-Münster-Bremen-Hamburgo
28 de julho de 1837: embarque no brigue Boa Christina com destino ao Brasil
Outubro de 1837: aos 23 anos, chega ao Rio de Janeiro para ajudar o seu primo
Julho a outubro de 1839: viaja do Rio de Janeiro a Minas Gerais
24 de janeiro de 1844: deixa o Rio de Janeiro, vai a Nova Friburgo e, depois, segue para a Bahia e Pernambuco
Junho de 1844: parte para os Estados Unidos (Filadélfia, onde fica noivo), Cuba e retorna à Alemanha
1869: até seu falecimento neste ano aos 55 anos de idade, permanece cuidando dos negócios da família.
Por fim, o palestrante Edson Brandão apresentou uma homenagem poética de Ernst Hasenclever às minas que visitou no Estado de Minas Gerais, que foi a forma que encontrou de manifestar sua gratidão ao País e ao Estado que o acolheu tão bem. Suas mais vibrantes palavras vão para a mina de Gongo Soco. A imagem abaixo e a tradução se encontram respectivamente às pp. 256 e 257 do livro.
AS MINAS GERAIS
É uma coisa linda, o ouro.
(Beeethoven: Fidélio)
Santana
Antes estavas tão silencioso, agora escancaras
a boca,
Queres pechinchar no mercado?
É por isso que gritas tão alto?
Morro Velho
Orgulho é nosso lema! O que os outros
desprezam com arrogância,
É a única meta que almejamos há tanto
tempo.
Morro das Almas
Que o céu se compadeça logo!
Tudo depende do ouro,
Todos perseguem o ouro,
Ai, coitados de nós!
Gongo Soco
Esta é a primeira de todas!
Afirmam todos que te visitaram.
Quem não teria gostado do seu vale risonho
Com casas rodeando a igreja?
E, enquanto te encontras na Casa Grande,
Tu viajante, te vês transportado de repente!
Podes sonhar com a Europa, podes sonhar com a Ásia
Mas é no Brasil que pensarás por último.
E se teu olhar só avistar a mina,
E tu te perguntares, o que significa toda essa animação?
É só preciso descer à profundeza da terra
Que teu olho, admirado, dará a resposta.
Taquaril
Solitário e tranquilo, trabalhe sossegado
em pequena escala,
Pois o ouro é puro e o lucro certo.
Cocais
Não se ouvem elogios, nem lamentações,
Por isso que não sei dizer nada sobre ti.
Cata Branca
Vivemos alegre e morremos felizes
Pois conquistamos a fama
de sermos os mais divertidos de todos.
Porém — não podemos pagar juros.
Em 18 de outubro de 1839
NOTAS EXPLICATIVAS
¹ A Internet disponibiliza a cópia virtual do livro "Ernst Hasenclever e sua viagem às províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais" in Os
Caminhos de Ernst Hasenclever em Minas Gerais - Comunicação de Edson
Brandão no VII Encontro de Pesquisadores do Caminho Novo, dia 17 de
junho de 2016, em Santos Dumont-MG.
² Ernst Hasenclever, in Hasenclever & Cia. Rio de Janeiro 1830-1930 (Edição comemorativa. Não constam nomes do autor e da editora), p. 36.
³ Era costume usar a lupa para acender charutos com os raios solares.
⁴ "Seu relato é rico em detalhes organizacionais e técnicos e o jovem Ernst teve coragem de descer, acompanhado de dois capitães, até o ponto mais profundo da mina. Sua emoção com a própria proeza foi enorme..." (p. 43 do livro)
⁵ BURMEISTER, Hermann: Viagem ao Brasil, através das províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. São Paulo: Martins, 1952.
https://issuu.com/edsonbrandao/docs/hasenclever_29_de_out/9
Fonte das imagens exibidas no presente trabalho: http://novocaminhonovo.blogspot.com.br/
Fonte das imagens exibidas no presente trabalho: http://novocaminhonovo.blogspot.com.br/
² Ernst Hasenclever, in Hasenclever & Cia. Rio de Janeiro 1830-1930 (Edição comemorativa. Não constam nomes do autor e da editora), p. 36.
³ Era costume usar a lupa para acender charutos com os raios solares.
⁴ "Seu relato é rico em detalhes organizacionais e técnicos e o jovem Ernst teve coragem de descer, acompanhado de dois capitães, até o ponto mais profundo da mina. Sua emoção com a própria proeza foi enorme..." (p. 43 do livro)
⁵ BURMEISTER, Hermann: Viagem ao Brasil, através das províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. São Paulo: Martins, 1952.
BIBLIOGRAFIA
ALVES, Débora Bendocchi (org.): Ernst Hasenclever e sua viagem às províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais, Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 2015.
9 comentários:
Na manhã do último domingo, 7 de maio de 2017, na Sala Fábio Nelson Guimarães, verificou-se um fato da maior importância histórica para o Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei: o artista gráfico EDSON BRANDÃO veio acompanhado de ilustre comitiva da vizinha cidade de Barbacena para ser diplomado Sócio Correspondente deste Sodalício.
Edson Brandão é cartunista, artista gráfico e pesquisador de história regional. Cursou História na UNIPAC-Universidade Presidente Antônio Carlos e é graduando em Sociologia pela UEMG. Cabe aqui destacar suas variadas atividades e sua vasta experiência profissional.
Fui convocado para saudá-lo em nome do IHG e, em seguida, ele brindou os confrades e demais pessoas presentes com belíssima palestra com segurança e profundidade.
Excelente trabalho confrade Francisco Braga. Mais uma vez parabéns. Fico lisonjeado em saber que pela 2ª vez tivemos a honra de receber a tão nobre comitiva da co-irmã Barbacena. Primeiro como presidente da Academia de Letras e, segundo, como presidente do nosso IHG. Sugiro-lhe incluir seu trabalho que relata a brilhante palestra do prof. Edson Brandão também no site ihgsaojoaodelrei.org.br
Att. José Cláudio Henriques - presidente do IHG de SJDR.
Obrigado, confrade, pelo texto. Realmente valioso.
Não sabia do lançamento deste livro em 2015. Seu artigo no blog aguçou minha curiosidade e já tomei as providências para adiquirí-lo. Belo artigo. Parabéns!
Francisco José dos Santos Braga expõe com vigor, e rigor, a obra e o homem Ernest Hansecler, a partir da exposição do historiador barbacenense Edson Brandão. A exposição de Francisco Braga é digna de figurar, com destaque antológico, na historiografia sobre o desbravamento das Minas Gerais e da norma culta do idioma pátrio, o que confirma que ele é um dos maiores eruditos do Brasil. E o Gongo Soco, será o mesmo que conheço e que se situa entre Barão de Cocais e Caeté? Será o que conheço? Parabéns
Caro confrade Braga: mais uma vez, você se superou! Agradeço profundamente pela oportunidade que nos dá de deixar para a posteridade (e para aqueles que não tiveram a oportunidade de lá comparecer), tantas e tão belas observações sobre a apresentação histórica de nosso confrade correspondente Edson Brandão. Abraço fraterno!
Caro Edson,
Importante acontecimento para a cultura mineira é o seu ingresso no IHG de São João del Rei, do qual também tenho a honra de ser sócio-correspondente.
Trata-se de uma instituição notável, com relevantes contribuições aos estudos históricos sobre a cidade dos sinos, a Comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais e o Brasil.
Por todas as suas qualidades, e por pertencer à nascente do legendário rio emboaba, Você tinha que entrar nessa grande casa da cultura.
Felicitações a Você, ao Francisco Braga e ao nosso Instituto.
Caro Maestro,
ainda tocado pela carinhosa acolhida de todos do IHGSJ, envio meu abraço cordial e agradecido, e reproduzo as palavras do nosso confrade e amigo, Secretário de Cultura de Minas Gerais,Jornalista Ângelo Oswaldo:
Caro Edson,
Importante acontecimento para a cultura mineira é o seu ingresso no IHG de São João del Rei, do qual também tenho a honra de ser sócio-correspondente.
Trata-se de uma instituição notável, com relevantes contribuições aos estudos históricos sobre a cidade dos sinos, a Comarca do Rio das Mortes, Minas Gerais e o Brasil.
Por todas as suas qualidades, e por pertencer à nascente do legendário rio emboaba, Você tinha que entrar nessa grande casa da cultura.
Felicitações a Você, ao Francisco Braga e ao nosso Instituto.
Angelo Oswaldo
Muito obrigado.
Fico feliz com o reconhecimento dos méritos do amigo Edson Brandão.
Ele tem muito a oferecer além do que já ofereceu em termos culturais a Barbacena e região.
Abraço.
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