terça-feira, 29 de dezembro de 2015

CORAL DA UnB BRILHA NA GRÉCIA


Por Francisco José dos Santos Braga



Coral da UnB antes de sua tournée grega, na Catedral de Brasília


Antes do encerramento do ano de 2015, não queria deixar sem registro a notável participação do Coral da UnB em sua tournée grega, entre os dias 11 e 18 de outubro p.p., tanto no Parnassos Hall, uma das mais prestigiadas salas de concerto de Atenas, quanto no Concurso e Festival Internacional de Coros de Kalamata (First Kalamata International Choir Competition & Festival 2015), cidade onde representou o País, disputando nas seguintes categorias: Música Sacra, Coro Misto e Música Folclórica. Nesta cidade onde foram realizados o Concurso, promovido pela Interkultur, e o Festival, o Coral conquistou para orgulho dos brasileiros o Diploma de Prata, tendo feito diversas récitas com seu tradicional brilhantismo, que é marca característica deste conjunto coral. A premiação foi entregue ao Coral no encerramento do Concurso no dia 17 de outubro p.p.

AGENDA - O Coral ainda foi convidado a participar do Concerto de Abertura, do Concerto de Gala The Colorful World of Choral Music II e do Friendship Concert, onde o público pôde apreciar peças do folclore musical brasileiro, tais como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, e Qui nem jiló, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

Durante a viagem, antes de chegar ao seu destino que era Kalamata, o coral da UnB fez um concerto em conjunto com o RoseArt Children' s Choir no Parnassos Hall, em Atenas.

No concurso em Kalamata, o Coral disputou em três categorias, como vimos acima, apresentando-se com um repertório à altura do evento. Na primeira categoria (Música Sacra), o Coral interpretou Exultante Deo, de Palestrina, Judas mercator pessimus, de padre José Maurício Nunes Garcia, e Dona Nobis, de Carlos Alberto Pinto Fonseca. Na categoria Música Folclórica, apresentaram Ofulu Lorêrê, de Oswaldo Lacerda, Ponteio, de Edu Lobo e José Carlos Capinan, e Muié Rendeira. Na categoria de Coro Misto, levaram Ecco mormorar l'onde, de Cláudio Monteverdi, El guayaboso, de Guido Lopez Gavilan, e Sabiá, coração de uma viola, de Aylton Escobar. 

Atualmente, o coral é dirigido desde 2001 pelo maestro Éder Camúzis, pós-graduado em Regência Coral pela UnB, professor do CEP-Escola de Música de Brasília, onde rege o Madrigal de Brasília e o Coro Feminino Cantares.

De acordo com o jornal ARRUIA, a presidente do Coral da UnB, Karen Camargo, assim se expressou a respeito do trabalho desenvolvido pelo grupo visando ao Concurso: "Nós pretendemos colocar o mesmo empenho que colocamos na preparação para esse Concurso nos projetos que vamos desenvolver daqui para frente, procurando aperfeiçoar ainda mais o desempenho do Coro."

Também se manifestou a Diretora de Relações Institucionais do Coral, Eliane Timm, dizendo que a premiação conquistada vinha se somar às outras premiações obtidas pelo Coral em concursos internacionais realizados anteriormente, que mostram que o Coral sempre buscou a excelência em suas performances ao longo da história.

O maestro Éder Camúzis considerou muito bom o resultado. "Esta é uma premiação excelente em função das rigorosas exigências feitas pelos jurados e pelo alto nível dos concorrentes." Acrescentou antes do certame, de acordo com a SECOM-Secretaria da UnB, que "estaremos em contato com jurados renomados no ambiente do Canto Coral e em interação com maestros e corais de várias partes do mundo. Espero que possamos representar bem a cultura brasileira."

SOBRE O CORAL - O Coral da UnB foi criado em 1981 por membros do Departamento de Música e era então conduzido pelo maestro David Junker. Atualmente sob a regência do maestro Éder Camúzis, o grupo é formado por alunos, ex-alunos, professores e servidores da UnB, bem como por membros da comunidade, contando com o apoio da pianista co-repetidora Marília de Alexandria e do preparador vocal André Vidal. 
Desde sua formação, sob a regência de importantes maestros, o Coral homenageado vem destacando-se como vencedor em numerosos certames nacionais e internacionais. Seu repertório abrange peças da renascença europeia ao contemporâneo brasileiro. Já obteve premiações importantes, tendo sido bi-campeão de corais da cidade do Rio de Janeiro, promovido pela Rádio Nacional, ganhador de troféus na Espanha (1º lugar), Alemanha (3º lugar) e França (grupo finalista). Outro ponto alto do coral foi quando cantaram o medley de O Fantasma da Ópera.
Desde 2013, o grupo é considerado patrimônio imaterial do Distrito Federal e, apesar de ser um coro amador, destaca-se por ter cantores de nível profissional.


ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A CIDADE DE KALAMATA


É a segunda cidade mais populosa na península do Peloponeso, no sul da Grécia. Kalamata é a capital e o principal porto da província de Messênia (ou Messínia). Quanto à etimologia da palavra, há muita disputa. Alguns defendem a origem do nome à expressão "Kalá mátia" (bons olhos).
A história de Kalamata começa com Homero (Hom. II.5, 543; 9, 151; 293, como uma das sete cidades que Agamêmnon prometeu a Aquiles), que menciona Pharaí, uma antiga cidade construída mais ou menos onde se situa hoje o Castelo "Isabeau", no alto das montanhas, onde tem lugar o famoso Festival Internacional de Dança. Construído no século XIII por William Villehardouin, sofreu adições e mudanças posteriores pelos venezianos e turcos. Hoje é um espaço ideal para shows de teatro, música e dança ao ar livre.
Acredita-se que a área onde a atual cidade se encontra era coberta pelo mar.
Kalamata foi a primeira cidade a ser libertada do jugo turco, devido à Guerra da Independência grega. Em 23 de março de 1821 foi conquistada pelas forças revolucionárias gregas sob o comando dos generais Theodóros Kolokotrónis, Pétros Mavromichális e Papafléssas. Na Grécia independente, Kalamata foi reconstruída e tornou-se um dos mais importantes portos no mar Mediterrâneo.
As azeitonas de Kalamata são célebres: têm o formato de amêndoas, de cor plúmbea, roxa escuro. Elas, na União Europeia, têm status PDO (protected designation of origin).


BIBLIOGRAFIA  CONSULTADA


ASSOCIAÇÃO ARTÍSTICA CORAL JÚLIA PARDINI: jornal Arruia, Ano LVI, Belo Horizonte, novembro de 2015, nº 617, p. 3.






3 comentários:

Alaor Barbosa (advogado, jornalista, romancista, cronista e membro de diversas Academias de Letras) disse...

Caro Braga,
O Coral da UnB é ótimo. Eu já assisti a várias apresentações dele em Brasília. Ele costumava ir de lugar em lugar, nas duas Asas, e nos Lagos Norte e Sul. Faz tempo que isso não tem acontecido, salvo engano meu.
Obrigado por me comunicar.
Abraços fortes,
​Alaor Barbosa.

Prof. Fernando Teixeira (professor universitário, escritor e Secretário Geral da Academia Divinopolitana de Letras) disse...

Há sempre esperança, quando uma nação, embora machucada pela corrupção, ainda possui grupos ou entidades como este coral. A Arte não apenas ameniza dores, ela desperta um povo. Abraço do Fernando Teixeira

Dr. Mário Pellegrini Cupello (pesquisador, escritor e presidente do Instituto Cultural Visconde do Rio Preto, de Valença) disse...

Caro amigo Braga
Agradecemos pela gentileza do envio desta mensagem sobre a tournée grega do Coral da UnB, exaltando os valores musicais e a cultura brasileira. Parabéns a todos os componentes do Coral pela justa e merecida homenagem que receberam, através do Diploma de Prata.
Com um cordial e fraterno abraço,
Mario.